Sete
anos atrás tinha início a viagem do Papa Francisco ao Rio de Janeiro por
ocasião da JMJ. O Pontífice falou do "jeitinho brasileiro" na hora do
acolhimento, sempre disposto a colocar "mais água no feijão".
"Não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário!
Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no
mundo!”
Vatican News
A viagem do Papa Francisco ao Rio de
Janeiro ficou marcada por inúmeros momentos: foi a primeira visita
internacional do seu pontificado, a imagem do Pontífice preso no trânsito, as
horas transcorridas no Santuário nacional em Aparecida, a multidão de jovens na
orla de Copacabana.
No dia 22 de julho, na cerimônia de
boas-vindas no Palácio Guanabara, assim Francisco se apresentou à população:
“Aprendi que para ter acesso ao Povo
Brasileiro é preciso ingressar pelo portal do seu imenso coração; por isso
permitam-me que nesta hora eu possa bater delicadamente a esta porta. Peço
licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem
prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo! Venho em seu
Nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração; e
desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: ‘A paz de Cristo
esteja com vocês!’”
“Nesta hora, os braços do Papa se
alargam para abraçar a inteira nação brasileira, na sua complexa riqueza
humana, cultural e religiosa. Desde a Amazônia até os pampas, dos sertões até o
Pantanal, dos vilarejos até as metrópoles, ninguém se sinta excluído do afeto
do Papa. Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a
Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e
famílias. Desde já a todos abençôo. Obrigado pelo acolhimento!”
Mais água no feijão
Na programação, estava prevista
também a visita à comunidade de Varginha, “que hoje representa todos os bairros
do Brasil”.
Com os moradores, o Papa refletiu
sobre a importância da cultura do acolhimento:
“Sei bem que quando alguém que
precisa comer bate na sua porta, vocês sempre dão um jeito de compartilhar a
comida: como diz o ditado, sempre se pode “colocar mais água no feijão”! Se
pode colocar mais água no feijão? … Sempre? ... E vocês fazem isto com amor,
mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração!”
Para Francisco, o povo brasileiro
pode dar para o mundo uma grande “lição de solidariedade”.
“Queria
lançar um apelo a todos os que possuem mais recursos, às autoridades públicas e
a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: Não se
cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário! Ninguém pode
permanecer insensível às desigualdades que ainda existem no mundo!”
Fonte: Vatican News
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