"E
agora posso confiar-vos um desejo? Que as vossas portas que se abriram para mim
com amor e confiança, permaneçam largamente abertas para Cristo. Será minha
alegria plena", assim se despediu o Papa polonês ao visitar pela primeira
vez o Brasil em 1980. João Paulo II percorreu quase 15 mil quilômetros e
conheceu 13 cidades em 13 dias.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do
Vaticano
No dia 30 de junho de 40 anos atrás,
em 1980, o solo de Brasília foi beijado por São João Paulo II, para a primeira
das quatro visitas que o Papa polonês realizou ao Brasil no decorrer do seu
pontificado.
“Abraço
neste momento – ao menos em espírito – cada pessoa que vive nesta pátria
brasileira. O Papa pensa em cada um. Ele ama a todos e a todos envia um
cumprimento bem brasileiro: “um abraço!”.Com este gesto de amizade, recebei os
meus votos de felicidades: Deus abençoe o vosso Brasil. Deus abençoe a todos
vós, brasileiros, com a paz e a prosperidade, a serena concórdia na compreensão
e na fraternidade. Sob o olhar materno e a proteção de Nossa Senhora Aparecida,
Padroeira do Brasil!”
Brasil de ponta a ponta
Estas
foram as suas palavras no discurso de boas-vindas – o primeiro de 48
pronunciamentos.
Aliás, os
números e o fôlego de Karol Wojtyla impressionam. Em 13 dias (a viagem se
concluiu em 12 de julho), ele cruzou o Brasil de norte a sul, percorrendo quase
15 mil quilômetros. Além de Brasília, esteve em Belo Horizonte, Rio de Janeiro,
São Paulo, Aparecida, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Teresina,
Belém, Fortaleza e Manaus, de onde se despediu do país.
Ninguém
ficou de fora: o Papa se reuniu com autoridades - o presidente na época era
João Figueiredo -, corpo diplomático, seminaristas, religiosas, religiosos,
sacerdotes, bispos. Visitou pontos turísticos, como o Corcovado,
penitenciárias, leprosários, favelas. Manteve encontros com a comunidade
judaica, polonesa, com ortodoxos, homens da cultura, operários, estudantes,
líderes das Comunidades Eclesiais de Base e indígenas.
Abrir as portas a Cristo
Mas mais
do que os números, ficaram indeléveis as palavras e, sobretudo, os gestos de
afeto para com o brasileiro.
“Aprendi,
por exemplo, que “quem parte leva saudades”. Devo confessar que já estou
sentindo o que significa este ditado. Mas, com a saudade do Brasil, levo também
no coração uma imensa alegria e a mais grata satisfação, por tudo aquilo que me
foi dado ver, comungar e viver convosco, nestes dias da minha permanência entre
vós.”
“E
agora posso confiar-vos um desejo? Que as vossas portas que se abriram para mim
com amor e confiança, permaneçam largamente abertas para Cristo. Será minha
alegria plena.”
Fonte: Vatican News
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