João Paulo II e Nossa Senhora de
Fátima / Foto: Vatican Media
REDAÇÃO CENTRAL, 13 Mai. 20 / 07:00
am (ACI).- No dia 13 de maio de 1981, São João
Paulo II percorria a Praça de São Pedro em seu papamóvel, saudando e abençoando
os fiéis, quando de repente o turco Alí Agca disparou contra o Papa peregrino,
que caiu gravemente ferido.
Esta tentativa de assassinato só não
acabou com sua vida porque uma “mão materna” interveio.
Enquanto São João Paulo II se recuperava
no hospital, pediu toda a informação sobre a Virgem da Fátima. Depois, o
Pontífice começou a trabalhar para cumprir o segundo segredo de Fátima, no qual
a Mãe de Deus pedia que se consagrasse a Rússia ao seu Imaculado Coração.
Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima
foi levada ao Santo Padre em Castel Gandolfo e ele pediu à Virgem que fosse
construída uma pequena igreja na
fronteira entre a Polônia e a então União Soviética, onde foi colocada a imagem
olhando para a Rússia.
Um ano depois do atentado, no dia 13
de maio de 1982, João Paulo II viajou pela primeira vez a Fátima: “Quero
agradecer à Virgem pela sua intercessão, por salvar a minha vida e pela
recuperação da minha saúde”.
Um ano mais tarde, João Paulo II
expressou sua devoção e agradecimento à Virgem doando ao Santuário de Nossa
Senhora de Fátima a bala que retiraram do seu corpo, a mesma que está na coroa
da imagem mariana no santuário.
No dia 8 de dezembro de 1983, São
João Paulo II enviou uma carta aos bispos do
mundo inteiro, incluindo ortodoxos, expressando suas intenções de consagrar a
Rússia ao Coração de Maria e acrescentou a oração especial para que eles a
fizessem em suas diferentes
dioceses.
Dias depois, o Santo Padre visitou o
turco Alí Agca no presídio e lá ouviu de Agca seus comentários sobre o
episódio: “Por que não morreu? Eu sei que apontei a arma como devia e sei que o
tiro devia ter sido devastador e mortal. Então, por que não morreu? Por que
todos falam de Fátima?”.
No dia 25 de março de 1984, Festa da
Anunciação, o Pontífice consagrou todos os homens e povos, incluindo a Rússia,
à Maria Santíssima em comunhão espiritual com os bispos do mundo. Em seguida, a
Irmã Lúcia, a terceira vidente, confirmou: “Esta consagração foi realizada da
maneira que Nossa Senhora tinha pedido”.
No ano 2000, São João Paulo II viajou
a Fátima e, em 13 de maio, beatificou os outros dois videntes da Virgem, Francisco
e Jacinta Marto. Logo depois, anunciaram a publicação da “terceira parte” do
segredo de Fátima, realizado no dia 26 de junho daquele ano.
O então Prefeito da Congregação para
a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph
Ratzinger, fez um comentário teológico a respeito deste segredo
revelado, que falava sobre um Bispo vestido de branco que morreria diante de
uma cruz.
“Não podia o Santo Padre, quando
depois do atentado de 13 de maio de 1981 texto da terceira parte do ‘segredo’,
reconhecer nele seu próprio destino? Esteve muito perto das portas da morte e
ele mesmo explicou o fato de ser salvo com as seguintes palavras: “...uma mão
materna guiou a trajetória da bala e o Papa agonizante esteve à beira da morte’
(13 de maio de 1994)”, destacou o Cardeal.
“Que uma ‘mão materna’ tenha desviado
a bala mortal demonstra, uma vez mais que não existe um destino imutável, que a
fé e a oração são poderosas, que podem influir na história e que, finalmente a
oração é mais forte do que as balas, a fé mais forte que as divisões”,
enfatizou.
Fonte: ACI Digital
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