Hoje, segunda-feira, 18 de
maio, o Papa João Paulo II completaria 100 anos. Um pontificado inesquecível
não só na memória dos cristãos
Cidade do Vaticano
Era a missa do início do pontificado, em 22 de outubro de 1978.
Hoje João Paulo II completaria 100 anos de idade. Atravessou o século
perseguido pelas duas piores ditaduras, marcado por graves dores familiares,
pelas dificuldades da guerra, compartilhando o árduo trabalho dos operários,
estudando como seminarista clandestino, acompanhando jovens universitários com
mil problemas, vendo bispos e sacerdotes de seu país perseguidos, mas sempre
confiando-se à mesma pessoa...
“Irmãos e Irmãs: não tenhais
medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! E ajudai o Papa e todos
aqueles que querem servir a Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a
humanidade inteira! Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor,
escancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos
Estados, os sistemas econômicos assim como os políticos, os vastos campos de
cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem ‘o
que é que está dentro do homem’. Somente Ele o sabe!”
25 de março de 1984.
Nossa Senhora de Fátima
Na Basílica Vaticana, João Paulo II despedia-se da imagem de
Nossa Senhora de Fátima, transferida para o Vaticano no Ano Santo da Redenção.
Gigante da fé, ele também tinha o olhar do profeta, juntamente com o prudente
realismo político, e a vontade de olhar para o futuro. Como Papa, continuou o
novo humanismo do seu predecessor Paulo VI: nada mais importante do que a
dignidade do homem, começando de seu trabalho.
“Confiando-Vos, ó Mãe, o
mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamos também a própria
consagração do mundo, depositando-a no Vosso Coração materno. De modo especial
Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações, que desta entrega
e desta consagração têm particularmente necessidade”
Trabalho e dignidade
Em 1983, em um Congresso da Conferência dos Bispos Italianos
sobre o tema do trabalho disse palavras que poderiam ser destinadas ao mundo
atual.
“Os problemas relativos à
crise quantitativa do trabalho estão à vista de todos: o drama do desemprego, a
difícil situação dos que se encontram em ‘desemprego temporário’, os jovens que
não conseguem obter um lugar de trabalho; e depois, também os emigrantes e os
estrangeiros, os deficientes e os anciãos, sem esquecer os problemas relativos
ao duplo emprego, à mobilidade profissional, à casa, aos transportes, ao
próprio uso do desemprego temporário, bem como ao abuso que se faz por vezes do
direito à greve”
Completando:
“É necessária uma renovada e
precisa atenção, bem como um claro testemunho no mundo do trabalho, porque
surgem sempre nele novas interrogações e novos problemas, nascem novas
esperanças, como também motivos de temor e ameaças, ligados a esta dimensão
fundamental da existência humana”
O atentado de 13 de
maio de 1981
A veste branca manchada de sangue. Alguns dias depois, dia 17 de
maio, no leito hospitalar recitava o Regina Coeli pronunciando estas palavras:
“Sei que nestes dias, e de
modo especial nesta hora do Regina Caeli estais unidos a mim. Agradeço-vos
comovido as vossas orações e abençoo-vos a todos. Estou particularmente próximo
das duas pessoas atingidas como eu. Peço pelo irmão que me feriu, a quem
perdoei sinceramente. Unido a Cristo, Sacerdote e vítima, ofereço os meus
sofrimentos pela Igreja e pelo mundo. A Ti, Maria, repito: Totus tuus eco sum.”
Terceiro Milênio
No Ano Santo que nos levou ao Terceiro Milênio João Paulo II
afirmava:
“Nesta Noite Santa, o Anjo
nos repete, homens e mulheres do final do milênio: "Não temais, eis que
vos anuncio uma grande alegria... Hoje nasceu para o mundo, na cidade de David,
um salvador"(Lc 2, 10-11). Nós nos preparamos para acolher estas palavras
consoladoras durante o tempo do Advento: nelas se atualiza o "hoje"
de nossa redenção. A esta hora, o "hoje" ressoa com um timbre
singular: não é apenas a memória do nascimento do Redentor, é o início solene
do Grande Jubileu. […] Aos pés do Verbo Encarnado depositamos alegria e
apreensões, lágrimas e esperanças. Somente em Cristo, o homem novo, o mistério
do ser humano encontra a verdadeira luz.”
Fonte: Vatican News
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