Contemplemos, apaixonados, a verdadeira árvore a produzir flores graciosas, associadas às que surgem no final das chuvas tão salutares. Elas, no contexto da obra criadora e redentora, exprimem ternuras e produzem doçuras, com toda a sua fascinante e benfazeja simbologia, a denotar encantamento por uma agricultura genuína, sem poluição ou qualquer sujeira química, totalmente desintoxicada.
Agradeçamos o dom da vida, e que tenhamos saúde, alimento, água, roupa, trabalho, férias, música e alegrias mais diversas. Agradeçamos também a evolução e o progresso da ciência e da tecnologia, sem esquecer da novidade social da internet – as redes sociais –, com atividades humanas que deixam o mundo informado em tempo real. Pensemos na Igreja do Papa Francisco, que “abraça todos, não como casa de poucos, mas de todos, onde todos podem ser transformados e santificados pelo amor: os mais fortes e os mais fracos, os pecadores, os indiferentes, os que se sentem desanimados e perdidos”.
Cada pessoa pode encontrar seus motivos ou pequenos milagres da vida. No seu dia a dia, agradeça a Deus, numa destemida resposta de fé, na clareza de que ela seja fundamentada na luz da esperança. Leve em conta os dias de exultação e também os dias sombrios, na convicção de que amar de verdade é não se afastar da luta pela solidária justiça como condição de paz. Essa luta é que dá sentido ao viver humano, tal como revelou Jesus de Nazaré, no mistério de sua encarnação, morte e ressurreição. Ele aqui é o Senhor que quer agir em todas as circunstâncias e acontecimentos. É por isso mesmo que se deve agradecer o dom da própria existência, colocando-a na presença de Deus.
Em face do acima citado, que fique sempre patente nosso agradecimento, que seja frequente, numa renovada vontade de reconstrução, mas dentro dum paradoxo de corajosa e irrefutável entrega. É na benevolente esperança que devemos entrar com uma ajuizada oração, mesmo quando o Sol demonstra não iluminar e o amor parece ficar longe de se experimentar e vivenciar, na evidência de que este aparenta não ser visto. Sejamos ânimo, conforto e encorajamento, base e fundamento de fé. Assim seja!
*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza (AMLEF).
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