Também
neste Domingo, o Angelus foi rezado da Biblioteca do Palácio Apostólico. O Papa
começou sua alocução agradecendo a todos os sacerdotes com zelo apostólico que
entenderam bem as exigências que esta pandemia acarreta, recordando que o
arcebispo de Milão naquele momento concluía no Policlínico uma Celebração
Eucarística para os doentes, os médicos, os enfermeiros e os voluntários.
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
“Quem
quer que encontre Jesus vivo sente a necessidade de contar aos outros, para que
todos confessem que Jesus ‘é verdadeiramente o Salvador do mundo’, e quem tem
sede de salvação, pode obtê-la gratuitamente de Jesus”, e “o Espírito Santo se
tornará nele ou nela uma fonte de vida plena e eterna.”
Agradecimento
aos sacerdotes
O Papa Francisco inspirou sua alocução que precedeu a oração do Angelus neste
III Domingo da Quaresma, na passagem de João que narra o encontro de Jesus com
a samaritana. Mas antes da reflexão, ele iniciou agradecendo a todos os
sacerdotes com zelo apostólico, que entenderam bem as exigências que esta
pandemia acarreta, recordando o arcebispo de Milão [Dom Mario Delpini] que
naquele momento concluía no Policlínico, uma Celebração Eucarística para os
doentes, os médicos, os enfermeiros, os voluntários:
“O
senhor arcebispo está próximo de seu povo e também próximo a Deus na oração. Me
vem em mente a fotografia da semana passada, na cúpula da catedral, rezando a
Nossa Senhora. Gostaria também de agradecer a todos os sacerdotes, à
criatividade dos sacerdotes. Chegam tantas notícias da Lombardia sobre essa
criatividade, é verdade, a Lombardia foi muito atingida. Sacerdotes que pensam
mil maneiras de estar próximos do povo, para que o povo não se sinta abandonado”.
Deus,
fonte de água viva
Também neste domingo, o Papa rezou o Angelus da Biblioteca
do Palácio Apostólico. A Praça São Pedro continua fechada, assim os fiéis
puderam acompanhar somente pelos meios de comunicação.
A passagem do Evangelho deste domingo – começou explicando
Francisco - apresenta o encontro de Jesus com uma mulher samaritana. Ele está a
caminho com seus discípulos e fazem uma parada junto a um poço, em Samaria. Os
samaritanos eram considerados heréticos pelos judeus, e muito desprezados, como
cidadãos de segunda categoria. Jesus está cansado, tem sede. Chega uma mulher
para tirar água e ele pede: "Dá-me de beber." Assim, rompendo toda
barreira, começa um diálogo em que revela a essa mulher o mistério da água
viva, isto é, do Espírito Santo, dom de Deus:
No
centro deste diálogo está a água. Por um lado, a água como elemento essencial
para viver, que sacia a sede do corpo e sustenta a vida. Por outro, a água como
símbolo da graça divina, que dá a vida eterna. Na tradição bíblica, Deus é a
fonte da água viva - assim se fala nos salmos, nos profetas: afastar-se de
Deus, fonte de água viva, e de sua lei, comporta a pior seca. É a experiência do
povo de Israel no deserto.
Cristo
junto com o povo de Deus que caminha
E no longo caminho para a liberdade, sedento – “o povo protesta
contra Moisés e contra Deus porque não há água”, recordou o Papa. Então, por
desejo de Deus, Moisés faz brotar água de uma rocha, como sinal da Providência
de Deus que acompanha seu povo e lhe dá a vida:
E o
apóstolo Paulo interpreta essa rocha como um símbolo de Cristo, dirá assim:
"E a rocha é Cristo". É a misteriosa figura de sua presença no meio
do povo de Deus que caminha. Cristo, de fato, é o Templo do qual, segundo a
visão dos profetas, jorra o Espírito Santo, isto é, a água viva que purifica e
dá vida. Quem têm sede de salvação pode obtê-la gratuitamente de Jesus, e o
Espírito Santo se tornará nele ou nela uma fonte de vida plena e eterna.
Chamados
a testemunhar a vida e a esperança que há em nós
A promessa da água viva que Jesus fez à mulher samaritana -
continuou Francisco - tornou-se realidade em sua Páscoa: "do lado
transpassado, saiu sangue e água". Cristo, o Cordeiro imolado e
ressuscitado, é a fonte da qual brota o Espírito Santo, que perdoa os pecados e
regenera para uma nova vida:
Este
dom também é a fonte do testemunho. Como a samaritana, quem quer que encontre
Jesus vivo sente a necessidade de contar aos outros, para que todos confessem
que Jesus "é verdadeiramente o Salvador do mundo", como disseram
depois os conterrâneos dessa mulher. Também nós, nascidos para uma vida nova
mediante o Batismo, somos chamados a testemunhar a vida e a esperança que há em
nós. Se nossa busca e nossa sede encontram plena satisfação em Cristo,
mostraremos que a salvação não está nas "coisas" deste mundo, que no
final produzem seca, mas naquele que nos amou e sempre nos ama: Jesus, nosso
Salvador, na água viva que Ele nos oferece.
Ao concluir, o Papa pediu a Maria Santíssima a nos ajudar “a
cultivar o desejo de Cristo, a fonte de água viva, o único que pode saciar a
sede de vida e de amor que carregamos no coração”.
Fonte:
Vatican News

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