O
anúncio foi dado pelo próprio Pontífice em uma carta aos vênetos. “Escolhi este
cárcere para fazer com que, também desta vez, fossem os últimos a nos ditarem o
passo”, explica Francisco.
Cidade do Vaticano
As
meditações da Via-Sacra deste ano serão escritas pelos reclusos da “Casa de
Detenção ‘Due Palazzi’ de Pádua. A tradicional Via-Sacra da Sexta-feira Santa é
realizada no Coliseu de Roma e é presidida pelo Pontífice. O anúncio foi dado
pelo próprio Papa em uma carta aos vênetos publicada no jornal “Il mattino di
Padova”. “Escolhi este cárcere – escreve o Papa – para fazer com que, também
desta vez, fossem os últimos a nos ditarem o passo”.
As
meditações – pela primeira vez confiadas aos encarcerados – são “uma obra
coletiva” que une “as várias faces” do mundo carcerário: “a vítima, a pessoa
detenta, a polícia penitenciária, o voluntariado, a família dos presos, o juiz
responsável, o funcionário pedagogo, a Igreja, a pessoa inocente às vezes
injustamente acusada”. Um verdadeiro “calidoscópio de situações”, escreve ainda
o Pontífice, que se declara “comovido” pelos textos das meditações, “sinto-me
partícipe desta história, irmão dos que erraram e dos que aceitam estar ao lado
deles para retomar a subida”.
Carícia ao
sofrimento
Francisco explica também a escolha de dar este anúncio através
das páginas do jornal “Il mattino”: “É uma carícia ao sofrimento destes dias”.
Mas os votos do Papa é que de Pádua esta carícia possa se estender a todas as
outras cidades. De fato, a Itália está vivendo “o sofrimento e a morte” por
causa do vírus Covid-19, recorda o Papa, e é por isso que ele deseja manifestar
“proximidade humana” e “oração” a toda a população, no espírito da “esperança
cristã”.
Pádua:
“Capital europeia do voluntariado 2020”
Considerando que Pádua é a “Capital europeia do voluntariado
2020”, o Papa exorta: “a boa vontade unida a um grande sentimento de
responsabilidade e de colaboração” com as autoridades competentes, “torna-se um
valor a mais do qual o mundo tem extrema necessidade”. Na carta também recorda
a todos para não descartar as pessoas, “principalmente as mais indefesas”,
porque “não deveria ser recusado a ninguém um olhar de atenção carinhosa e um
gesto de bondade”. E sublinha: “O outro, independente da situação de vida na
qual se encontra, é importante”. Não é um caso que o lema de Pádua como
“Capital europeia do voluntariado 2020” seja “Consertar juntos a Itália” em
contraste com a tentação contemporânea de "jogar fora ao invés de reparar,
abandonar ao invés de consertar”.
"Covid-19"
Por fim Francisco agradece a todos que estão trabalhando
arduamente nestes dias para combater o “Covid-19”, principalmente “os médicos e
paramédicos” e abençoa em particular os que, neste período, tiveram lutos
familiares, os idosos, os doentes e os detentos, impossibilitados neste período
“de receber uma simples visita de conforto”.
Fonte:
Vatican News
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