"Jesus
hoje nos pede para progredir no caminho do amor que Ele nos indicou e que parte
do coração. Este é o caminho a seguir para viver como cristãos", afirmou o
Pontífice ao rezar o Angelus dominical.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do
Vaticano
Sob um sol quase primaveril, o Papa
Francisco rezou o Angelus com milhares de fiéis e peregrinos na Praça São
Pedro.
Em
sua alocução, comentou o Evangelho deste VI Domingo do Tempo Comum (Mt 5,17-37),
extraído do “sermão da montanha” e que toca o argumento da aplicação da Lei.
Francisco
explicou que a intenção de Jesus é ajudar os seus ouvintes a ter uma abordagem
justa com as prescrições dos mandamentos dados a Moisés. Trata-se de viver a
Lei como um instrumento de liberdade, que nos ajuda a não sermos escravos das
paixões e do pecado.
“Pensemos
nas guerras, em suas consequências, pensemos naquela menina que morreu de frio
na Síria outro dia. Tantas calamidades, tantas. Isso é fruto das paixões e as
pessoas que fazem a guerra não sabem dominar as próprias paixões. Falta
obedecer à Lei.”
Quando se cede às tentações e às paixões, acrescentou, não se é
senhor e protagonista da própria vida, mas se torna incapaz de administrá-la
com vontade e responsabilidade.
Obediência
formal e obediência substancial
O sermão de Jesus, prosseguiu o Papa, é estruturado em quatro
antíteses, expressas com a fórmula «Ouvistes o que foi dito... porém vos digo».
Essas antíteses fazem referência a situações da vida cotidiana: o homicídio, o
adultério, o divórcio, os juramentos.
A
língua mata
Acolhendo a Lei de Deus no coração, se compreende que, quando
não se ama o próximo, se mata de algum modo a si mesmo e aos outros, porque o
ódio, a rivalidade e a divisão matam a caridade fraterna, que está na base das
relações interpessoais. "Vale o que disse antes sobre as guerras e também
das fofocas, porque a língua mata."
Acolhendo a Lei de Deus no coração, se compreende que os desejos
devem ser guiados, porque nem tudo o que se deseja é possível obter, e não é
bom ceder a sentimentos egoístas e possessivos.
Progredir
no caminho do amor
Todavia, acrescentou o Papa, Jesus está consciente de que não é
fácil viver os mandamentos deste modo assim tão profundo. Por isso, nos oferece
o socorro do seu amor: Ele veio ao mundo não só para realizar a Lei, mas também
para nos doar a sua Graça, de modo que possamos fazer a vontade de Deus, amando
Ele e os irmãos.
“Podemos
fazer tudo com a Graça de Deus. A santidade nada mais é que custodiar esta
gratuidade que Deus nos deu, esta Graça.”
Trata-se de se entregar e confiar Nele, acolhendo a mão que Ele
nos estende constantemente.
Jesus hoje nos pede para progredir no caminho do amor que Ele
nos indicou e que parte do coração. Este é o caminho a seguir para viver como
cristãos.
“Que a Virgem Maria nos ajude a seguir o caminho traçado pelo
seu Filho, para alcançar a verdadeira alegria e difundir em todo o mundo a
justiça e a paz.”
Fonte:
Vatican News
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