No
contexto da crise entre os Estados Unidos e o Irã, o Patriarca da Igreja
Católica Caldeia faz um forte apelo para que as partes dialoguem para evitar
novos derramamentos de sangue a uma população já exausta.
Silvonei José - Cidade do Vaticano
Não diminui a tensão entre os Estados
Unidos e o Irã após o assassinato, decidido por Trump, do general iraniano
Soleimani em Bagdá. Neste sábado, dezenas de milhares de pessoas participaram
na capital iraquiana do cortejo fúnebre do militar, gritando slogans contra os
EUA. Teerã ameaça vingança. Mísseis e morteiros foram lançados neste sábado na
área verde de Bagdá, onde se encontra a embaixada dos EUA, e contra uma base
militar mais ao norte, onde estão destacados soldados estadunidenses, sem
causar vítimas. Os Estados Unidos selecionaram 52 locais no Irã que serão
atacados "de modo rápido e duramente" - disse Trump -, se a República
Islâmica atacar pessoal ou locais estadunidenses.
Neste contexto, o Patriarca da Igreja
Católica Caldeia, Louis Raphael Sako, fez um forte apelo: "Os iraquianos –
disse -, ainda estão chocados com o que aconteceu na semana passada. Eles temem
que o Iraque se torne um campo de batalha, em vez de ser uma nação soberana
capaz de proteger seus cidadãos e suas riquezas. Em circunstâncias tão críticas
e tensas, é sábio realizar um encontro em que todas as partes envolvidas se
sentem em torno de uma mesa para um diálogo sensato e civilizado que poupará
consequências inesperadas para o Iraque. Nós imploramos a Deus Todo-Poderoso -
concluiu Sako -, que garanta ao Iraque e à região uma "vida normal,
pacífica, estável e segura, à qual aspiramos”.
Neste
sábado o Papa, em um tuíter, invocou a paz: "Devemos acreditar que o outro
tem a nossa mesma necessidade de paz. Não se obtém a paz se não se espera por
ela. Peçamos ao Senhor o dom da paz!". Aos nossos microfones,
dom Shlemon Warduni, bispo auxiliar de Bagdá, disse que uma nova guerra no
Iraque seria terrível para a população e para a comunidade cristã. Quem pagam
as consequências dos conflitos são sempre os mais fracos.
Fonte:
Vatican News
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