Em
audiência privada na manhã desta sexta-feira (17), o Pontífice recebeu o
presidente da República Democrática do Congo, Félix Antoine Tshilombo
Tshisekedi. Antes da troca de presentes, o encontro serviu para enaltecer a
contribuição da Igreja católica no país africano e a ratificação do
Acordo-Quadro assinado em 2016, além de abordar os conflitos armados
persistentes no Congo e a grave emergência humanitária vivida no país.
Andressa
Collet – Cidade do Vaticano
O
Papa Francisco recebeu em audiência privada na manhã desta sexta-feira (17), no
Vaticano, o presidente da República Democrática do Congo, Félix Antoine
Tshilombo Tshisekedi. Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o
encontro enalteceu as boas relações bilaterais, inclusive pela ratificação de
um acordo de comum interesse.
A
paz no Congo
Durante a audiência também foi destacada a contribuição da
Igreja católica no processo democrático e em favor do bem comum e do
desenvolvimento integral da nação, especialmente no âmbito educativo e sanitário.
A situação vivida atualmente no Congo, com relação “ao sofrimento da população
nas províncias orientais por causa dos persistentes conflitos armados e da
difusão do vírus Ebola”, também foi colocada em pauta.
A grave emergência humanitária do país africano também foi
salientada, ao ser enaltecida “a urgência de coordenação e cooperação, em nível
nacional e internacional, para proteger a dignidade humana e promover a
convivência civil a partir dos numerosos refugiados e deslocados”.
Acordo-Quadro
entre Santa Sé e República Democrática do Congo
Na delegação de mais de 10 pessoas provenientes do Congo, que
participaram da audiência com o Papa, estava presente a ministra das Relações
Exteriores. Tanto a representante do governo como o presidente do país participaram
de outro encontro no Vaticano para finalizar o procedimento de troca dos
Instrumentos de Ratificação do Acordo-Quadro entre a Santa Sé e a República
Democrática do Congo sobre matérias de interesse comum, assinado no Vaticano em
20 de maio de 2016.
Com o procedimento, segundo comunicado da Sala de Imprensa da
Santa Sé, entra em vigor o acordo que estabelece o quadro jurídico das relações
recíprocas, tomando em consideração a respectiva independência e autonomia da
Igreja e do Estado. O documento, em particular, garante à Igreja a
possibilidade de desempenhar a sua missão naquele país e em diferentes âmbitos,
entre os quais, “nas instituições católicas de educação, com o ensino da
religião nas escolas; a atividade assistencial e de caridade da Igreja; o
cuidado pastoral nas Forças Armadas, hospitais e instituições penitenciárias; o
regime patrimonial fiscal; a obtenção dos vistos de ingresso e das autorizações
de residência para a equipe religiosa”. O Acordo ainda prevê medidas de
aplicação entre a Conferência Episcopal e o Estado sobre matérias de interesse
comum.
Fonte:
Vatican News
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