A arquidiocese de Campo Grande (MS) enviou missionários à prelazia de Borba, no Amazonas, com o objetivo de visitar e evangelizar as comunidades locais. Mais de trinta pessoas, entre bispos, missionários, leigos e seminaristas permanecerão no local para a “Missão Abadia” até o dia 29 de janeiro. Durante o período, os missionários irão participar de formação sobre a realidade da Amazônia e o sentido profético de ser missionário além das necessidades pastorais e específicas daquela região. Na ocasião, materiais formativos para a evangelização também serão entregues às lideranças comunitárias.
Em entrevista ao portal da Conferência, o arcebispo de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, explicou que a Prelazia de Borba e a arquidiocese de Campo Grande fazem parte do Projeto Igrejas-irmãs. Criado em 1972 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o projeto tem como foco partilhar a fé, os dons da graça, as experiências cristãs, pessoas e recursos financeiros como gestos de caridade cristã para com as Igrejas da Amazônia e outras também necessitadas.
Para fortalecer a comunhão eclesial com a igreja-irmã de Borba, dom Dimas explicou que desde o começo do ano passado, em 2019, a arquidiocese vem cooperando com a Prelazia, exemplo disso foi o envio do padre Laércio da Paz como missionário da Paróquia Cristo Rei, em Borba. “Naquela ocasião nós viemos para a posse do padre Laércio e então surgiu a ideia de fazermos algo mais. Várias propostas foram colocadas em pauta desde a possibilidade de a diocese assumir permanentemente uma paróquia até a realização das Santas Missões que fazem parte do processo formativo dos nossos seminaristas”, conta.
Na arquidiocese, dom Dimas afirma que as Santas Missões são realizadas duas vezes por ano: sempre nas férias de Julho e em Dezembro; uma vez na área rural outra na área urbana. “Aqui em Campo Grande tem muito assentamento, então se faz missões também nesses assentamentos e aí tomamos a decisão de fazer Santas Missões em Borba”, contou. Dom Dimas fez a proposta ao Seminário Menor de Campo Grande e vários seminaristas acataram a ideia, surgindo então a “Missão Abadia”, na qual também participam as dioceses de Dourados, Coxim e Três Lagoas.
“A dimensão missionária é fundamental no processo formativo e eu espero (é o meu sonho) transformar Campo Grande em uma cidade missionária. Para a Amazônia é a primeira experiência e com a graça de Deus, outras virão. Como diz o papa Francisco está passando da hora de sermos uma Igreja em Saída não só saindo do nosso quintal, mas também indo além”, finalizou dom Dimas.
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