quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

O PAPA NÃO PRESIDE OS RITOS DE FIM E INÍCIO DE ANO POR CAUSA DE UMA CIATALGIA




Neste ano o Te Deum será presidio pelo cardeal decano Giovanni Battista Re que lerá a homilia do Papa Francisco ausente devido a uma dolorosa ciatalgia. A cerimônia das Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, será realizada na tarde desta quinta-feira e se concluirá com o hino cristão pelo ano transcorrido marcado pela Covid.

Vatican News

Devido a uma dolorosa ciatalgia, as celebrações desta noite e da manhã do dia 1º de janeiro no altar da Cátedra na Basílica do Vaticano não serão presididas pelo Papa Francisco. As Primeiras Vésperas e Te Deum desta noite, 31 de dezembro de 2020, serão presididas por Sua Eminência Card. Giovanni Battista Re, Decano do Colégio dos Cardeais, enquanto a Santa Missa amanhã, 1º de janeiro de 2021, será presidida por Sua Eminência o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado.  Amanhã, 1º de janeiro de 2021, o Papa Francisco ainda fará a oração do Angelus na Biblioteca do Palácio Apostólico, conforme previsto.

Um ano que se encerra com a incerteza global e os medos com os quais iniciara, no sofrimento produzido nestes últimos meses, e portanto com uma necessidade ainda mais aguda de confiar tudo ao céu. De certa forma, os gestos e as notas da tradição e a solenidade simples do Te Deum na tarde desta quinta-feira 17 horas, hora de Roma (13 horas de Brasília) na Basílica de São Pedro resumem todos os Te Deum que serão cantados nas igrejas do mundo inteiro, no final de doze meses duramente condicionados pela pandemia.

 

Te Deum 2020

O hino de ação de graças que neste 31 de dezembro é cantado durante as Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Mãe de Deus, mas que acompanha a vida da Igreja também noutras ocasiões importantes - na Capela Sistina, após a eleição de um novo Pontífice, antes da dissolução do Conclave ou na conclusão de um Concílio - presidido pelo cardeal decano será um ato de veneração ao Menino Jesus no início e no fim do rito. No final das Vésperas haverá a exposição do Santíssimo Sacramento e alguns minutos de silêncio para adoração. Depois, o Te Deum será cantado e o cardeal Giovanni Battista Re concederá a Bênção com o Santíssimo Sacramento.

Uma breve história de um cântico antigo

Hoje os especialistas atribuem a redação final do Te Deum a Niceta, bispo de Remesiana, no final do século IV, quando anteriormente o autor era considerado São Cipriano de Cartago. Não existe, contudo, qualquer base histórica para a tese – que remonta a uma crônica de Milão do século XI falsamente atribuída ao bispo Dacio - de que o Te Deum foi cantado por Santo Ambrósio e Santo Agostinho no dia do batismo deste último, que teve lugar em Milão em 386.

Rádio Vaticano – Vatican News irá transmitir a celebração com comentários em português a partir das 12h55, hora de Brasília.

Fonte: Vatican News

O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja López

EVANGELHO DO DIA

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18


1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus;
e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus.
3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade,
que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu,
e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos que a receberam,
deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue
nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça
e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.
Palavra da Salvação.

 

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

31 DE DEZEMBRO DE 2020

 

5ª. FEIRA – 7º DIA NA OITAVA

 

DO NATAL

 

Cor Branco

1ª. Leitura -

 

Leitura da Primeira Carta de São João 2,18-21


18Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles saíram do nosso meio,
mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos,
teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro
que nem todos são dos nossos. 20Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. 21Se eu vos escrevi,
não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis,
e porque nenhuma mentira provém da verdade. 
Palavra do Senhor.

 

Reflexão - “a última hora é agora”

A última hora é sempre aquela em que estamos vivendo! É o momento atual da na nossa vida. É o tempo em que estamos tendo oportunidade de tomar decisões, de voltar atrás nas nossas más inclinações e de tentar caminhar conforme o desígnio que o Senhor pensou para nós. Desígnio de felicidade, de justiça, de busca da santidade, por isso, estamos sempre vivendo esta última hora. Na medida em que alcançamos o entendimento da Palavra de Deus nós percebemos que a nossa mentalidade se distancia do que é normal no pensamento do mundo e, mesmo aquelas pessoas que recebem conosco a mensagem do Evangelho, não tem entendimento da verdade. Não têm profundidade e podem se afastar tornando-se contra testemunho para o reino de Deus. Por isso, São João nesta leitura nos adverte sobre o anticristo e nos dá o entendimento de que todos os que fazem oposição ao projeto de amor de Deus são também considerados anticristo. Fazemos oposição ao projeto de amor de Deus quando vivemos desassociados (as) da Sua Palavra e seguimos as sugestões do nosso próprio querer. Temos o nosso “Deus particular” e, com as nossas ações, nós nos tornamos alguém completamente fora dos padrões de Jesus Cristo.  Nem todos são dos nossos”, diz São João.  Uns ficam, outros se afastam, mas os que permanecem recebem a unção de Deus e conhecem a Sua verdade. É fato que nós nos entristecemos com isto, mas a palavra é clara quando nos afirma que se fossem realmente dos nossos teriam permanecido conosco. Quando nós temos o entendimento da verdade, quando realmente experimentamos a unção do Santo, nós permanecemos firmes e nada nos afastará do nosso posto de espera. Aproveitemos, pois, o momento atual da nossa vida para cada dia mais nos firmar na verdade de Cristo cultivando a esperança de que o Senhor virá e não tardará!  - Você tem refletido sobre o seu momento presente? – Você pretende ficar firme no posto em que está hoje? – O que você espera do amanhã? – você é a favor do projeto de amor de Deus ou às vezes lhe faz oposição?

 

Salmo  95 (96), 1-2. 11-12. 13 (R. 11a)

 

R. O céu se rejubile e exulte a terra!

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
2Cantai e bendizei seu santo nome!*
Dia após dia anunciai sua salvação.R.

11O céu se rejubile e exulte a terra, *
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
12os campos com seus frutos rejubilem *
e exultem as florestas e as matasR.

13na presença do Senhor, pois ele vem, *
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça, *
e os povos julgará com lealdade.R.

 

Reflexão - Somos filhos de Deus e herdeiros do céu, portanto, temos em nós a semente da eternidade. Deus nos criou para que sejamos habitantes do céu e, desde já, Ele nos prepara para que possamos nos aclimatar na nossa futura morada. Cantamos o canto novo do amor que deixa o nosso coração expectante com a chegada do Senhor que vem. Ele sempre está vindo embora que às vezes não O reconheçamos. Mesmo assim, pela Fé, nós podemos anunciar já a salvação que Ele nos trouxe e cantar hinos de louvor.

 

Evangelho – Jo 1, 1-18

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18


1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus;
e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus.
3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade,
que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu,
e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos que a receberam,
deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue
nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça
e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.
Palavra da Salvação.

 

Reflexão – “A Palavra de Deus”

No princípio a Palavra se manifestou e todas as coisas, inclusive o homem e a mulher foram criados. O poder da Palavra de Deus fez prodígios e deu vida aos animais, aos vegetais e tudo que no mundo existe. A Palavra era Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo que de maneira extraordinária fez surgir um mundo maravilhoso para que fosse usufruído pelos homens.  Depois, Deus falou pelos profetas até João Batista o qual veio dar testemunho da Luz e abrir o caminho para a Palavra de Deus se fazer carne e habitar no meio dos homens. O Plano maravilhoso de Deus foi confirmado pela Encarnação de Jesus Cristo, o Verbo Divino que ilumina todo ser humano. Portanto, a Palavra que hoje ouvimos, acolhemos e vivemos é a Luz do próprio Deus orientando na nossa vida.  Hoje, no último dia do Ano, nós podemos comprovar a eficácia da Palavra de Deus que nos sustenta, nos forma e orienta para que atravessemos os momentos difíceis desta Pandemia. Quem se apoia nos ensinamentos de Jesus, mesmo que passe pelas sombras da morte, tem o coração consolado e cultiva a esperança de dias melhores. Que possamos fazer um propósito firme de também no Ano que se aproxima, ter a Palavra de Deus gravada na nossa mente no nosso coração e nas nossas mãos, levando ao mundo a Luz que tira a escuridão da nossa existência. 

– Como foi a sua intimidade com a Palavra de Deus no ano que se finda? 

– Você notou a sua manifestação na sua vida? 

– Relembre os momentos vividos neste ano e perceba em que a Palavra de Deus o ajudou. Faça um propósito firme de continuar saboreando o amor de Deus meditando a Sua Palavra todos os dias.


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

 

SANTO DO DIA - SÃO SILVESTRE

 São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.

E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.

E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.

Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.

Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.

Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.

Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.

Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.

Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.

Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

São Silvestre, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

OS BISPOS REITERAM: VIDA É INVIOLÁVEL DESDE A CONCEPÇÃO

 


A lei, que já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados há duas semanas, prevê que as gestantes tenham acesso ao aborto legal até a 14ª semana após a assinatura do consentimento por escrito. "Essa lei que foi votada aprofundará ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o distanciamento de parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou de diversas maneiras a favor da vida em todo o nosso país", diz uma nota da Conferência Episcopal, divulgada nesta quarta-feira.

Isabella Piro – Vatican News

Com 38 votos a favor e 29 contra, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quarta-feira, 30, a lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. Assim, o aborto torna-se legal no país.

A medida, previamente aprovada pela Câmara dos Deputados, foi autorizada após doze horas de debate. Não ouvida, portanto, a voz dos bispos que em várias ocasiões, por longos meses, reiteraram a importância de proteger a vida desde a concepção.

Comunicado da Conferência Episcopal

 

Nesta quarta-feira, a Conferência Episcopal da Argentina divulgou a seguinte nota à imprensa:

Com 38 votos a favor e 29 contra, o Senado da Argentina aprovou na madrugada desta quarta-feira, 30, a lei sobre a interrupção voluntária da gravidez. Assim, o aborto torna-se legal no país.

A medida, previamente aprovada pela Câmara dos Deputados, foi autorizada após doze horas de debate. Não ouvida, portanto, a voz dos bispos que em várias ocasiões, por longos meses, reiteraram a importância de proteger a vida desde a concepção.

Comunicado da Conferência Episcopal

 

Nesta quarta-feira, a Conferência Episcopal da Argentina divulgou a seguinte nota à imprensa:

A Igreja na Argentina quer ratificar conjuntamente com irmãos e irmãs de diferentes credos e também muitos não crentes, que continuará a trabalhar com firmeza e paixão no cuidado e serviço à vida. Essa lei que foi votada aprofundará ainda mais as divisões em nosso país. Lamentamos profundamente o distanciamento de parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou de diversas maneiras a favor da vida em todo o nosso país.

Temos a certeza de que nosso povo continuará sempre a escolher toda a vida e todas as vidas. E junto com ele continuaremos trabalhando pelas prioridades autênticas que requerem atenção urgente em nosso país: crianças que vivem na pobreza em número cada vez mais alarmante, o abandono da escolaridade por muitos deles, a premente pandemia de fome e desemprego que afeta numerosas famílias, bem como a dramática situação dos aposentados, que veem seus direitos mais uma vez violados.

Abraçamos cada argentina e cada argentino; também os deputados e senadores que corajosamente se manifestaram a favor do cuidado de toda a vida. Defendê-la sempre, sem esmorecer, nos permitirá construir uma nação justa e solidária, onde ninguém é descartado e na qual seja possível viver uma verdadeira cultura do encontro.

Manifestações em defesa da sacralidade da vida

 

Enquanto se aguardava o resultado da votação, era realizada uma manifestação em frente ao Senado, na presença de milhares de católicos, evangélicos e membros de organizações que trabalham pela proteção da vida, reunidos sob o lema “Por um #Natal sem aborto: façamos história de novo”. Outras mobilizações e momentos de oração foram realizados em várias províncias do país, também em adesão ao "Dia de jejum e oração" promovido pela Conferência Episcopal Argentina para o dia 28 de dezembro, memória litúrgica dos Santos Inocentes mártires.

Nas homilias das Missas daquele dia, vários prelados reafirmaram a sacralidade da vida e a necessidade de protegê-la, instando os legisladores a suspender o projeto de lei em debate. O arcebispo de Corrientes, Dom Andrés Stanovnik, por exemplo, reiterou que “a vida é sempre um dom de Deus e como tal é sempre bem-vinda”. “Verdade, liberdade, justiça e amor andam de mãos dadas - acrescentou - porque são valores inerentes à dignidade da pessoa, desde a concepção até a morte natural”.

O TEMPO DE DEUS

Pe. Johnja López

 

EVANGELHO DO DIA

Evangelho - Lc 2,36-40

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,36-40

Naquele tempo: 36Havia também uma profetisa, chamada Ana,
filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada;
quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade.
40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria;
e a graça de Deus estava com ele. Palavra da Salvação.

 

 

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 30 DE DEZEMBRO DE 2020

4ª. FEIRA - 6º DIA NA OITAVA

 

DO NATAL

Cor Branco

 

 

1ª Leitura - 1Jo 2,12-17

 

Leitura da Primeira Carta de São João 2,12-17

12Eu vos escrevo, filhinhos: os vossos pecados foram perdoados
por meio do seu nome. 13Eu vos escrevo, pais: vós conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevo, jovens: vós vencestes o Maligno. 14Já vos escrevi, filhinhos: vós conheceis o Pai. Já vos escrevi, jovens: vós sois fortes, a Palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno. 15Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. 16Porque tudo o que há no mundo - as paixões da natureza, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza - não vem do Pai, mas do mundo. 17Ora, o mundo passa, e também a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. Palavra do Senhor. 

 

Reflexão - “aos pais e aos filhos”      

Dirigindo palavras de esperança aos pais e aos filhos, São João  os encoraja a permanecerem firmes no conhecimento de Deus a fim de vencer o Maligno. Conhecer a Deus e à Sua Palavra é o segredo para que nós possamos nos livrar das investidas do Príncipe das Trevas que é o inspirador da mentalidade do “mundo”. “Não ameis o mundo nem as coisas do mundo”, nos diz São João!  As coisas do mundo significam tudo o que nos afasta da vivência dos mandamentos da Lei de Deus e desvirtuam a nossa alma que se apega ao que oferece prazer apenas ao nosso sensualismo.  São as concupiscências, isto é, os desejos da carne, dos olhos e a soberba da vida. São práticas que nos trazem alegria passageira e que deixam um vazio imenso no nosso coração. Por isso, quando nos dedicamos exageradamente ao exercício de comprar demais, beber e comer em demasia, ou quando destinamos muito tempo cuidando do nosso corpo, da beleza física, quando passamos horas em jogatinas e diversões abusivas, ou quando recebemos muitos elogios e vivemos cercados (as) de pessoas que nos enaltecem demais, nós percebemos que o nosso interior fica empobrecido e nos sentimos entediados (as). Muitas pessoas, porque não têm conhecimento de Deus, vivem nessa busca desenfreada e nada lhes preenche a alma. Quando nós caímos na tentação das concupiscências nós pecamos. O pecado é uma carga pesada que nos deixa com sentimento de culpa e de infortúnio, por isso é que o apóstolo João nos apresenta a misericórdia e o amor do Pai como uma força poderosa para a nossa restauração. Na medida em que nós nos aprofundamos na ciência de Deus e descobrimos a Sua mensagem de amor manifestada na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo nós vamo-nos libertando dos atrativos do mundo e começamos a ser saciados (as) com o alimento do céu tornando-nos pessoas vitoriosas a qualquer momento e em todas as circunstâncias. – Você é uma pessoa muito dedicada às “coisas do mundo”? – Você dedica mais tempo a malhação e esquece a oração? – Qual o tempo que você tem dispensado à reflexão com a Palavra de Deus? – Você tem crescido no conhecimento do Pai? – Pense nisso e faça os seus propósitos para o próximo ano.

 

Salmo - Sl 95 (96), 7-8a. 8b-9. 10 (R. 11a)

 

R. O céu se rejubile e exulte a terra!


7Ó família das nações, dai ao Senhor,+
ó nações, dai ao Senhor poder e glória,*
8adai-lhe a glória que é devida ao seu nome!R.

8bOferecei um sacrifício nos seus átrios,+
9adorai-o no esplendor da santidade,*
terra inteira, estremecei diante dele!R.

10Publicai entre as nações: 'Reina o Senhor!' +
Ele firmou o universo inabalável, *
e os povos ele julga com justiça.R.

 

Reflexão - O salmista nos convoca a praticar o que Deus deseja para nós; entrar em unidade com o céu para entoarmos o mesmo louvor e sermos participantes da alegria que reina lá. Por isso, ele convoca todas as famílias das nações, isto é, a família da terra a dar ao Senhor o poder e a glória que são devidas ao Seu nome. Quando nós oferecemos sacrifício de louvor, quando adoramos a Deus na Sua santidade nós nos tornamos pessoas que têm a marca da família do céu e conseguimos refletir a Sua glória no nosso rosto alegre.

 

Evangelho - Lc 2,36-40

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,36-40

Naquele tempo: 36Havia também uma profetisa, chamada Ana,
filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada;
quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.
37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade.
40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria;
e a graça de Deus estava com ele. Palavra da Salvação.

 

Reflexão - “perseverança no serviço ao Senhor”

De idade já avançada e profetisa Ana esperava com confiança o Salvador que fora prometido por Deus nas escrituras. “Não saia do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações” Por sua perseverança e confiança na Palavra de Deus Ana foi agraciada quando reconheceu em Jesus o Filho de Deus. Por isso, ela não se cansava de falar a todos sobre o menino com palavras de esperança e louvor a Deus. Se nós também permanecermos firmes no “templo”, isto é, na oração, no serviço a Deus, na adoração, com a nossa mente e o nosso coração voltados para as revelações do céu, com certeza, nós enxergaremos a chegada de Jesus como uma criança pequeninha que vem de mansinho e nos torna pessoas serenas, amáveis e de palavras que expressam a nossa alegria interior. Jesus Cristo que nasce no nosso coração vem como criança, mas também cresce em nós em sabedoria e graça na medida em que perseveramos no Seu conhecimento e na Sua intimidade. Desse modo, a perseverança da profetisa Ana é para nós um exemplo a ser seguido, mesmo que já tenhamos esperado muito e nada ainda tenha acontecido. – Você também tem esperado a libertação do seu coração? – O que ainda o (a) tem deixado preso (a) ao mundo? – Você frequenta o “templo” com assiduidade? – Você é perseverante nas coisas de Deus ou desiste com facilidade?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

 

 


SANTO DO DIA - SAGRADA FAMILIA DE NAZARé

 Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:

O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.

Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!

Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.

Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.

Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.

Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do “evangelho da família”, mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja…

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja López

MÃE DO BEATO CARLO ACUTIS E ENVIA MENSAGEM PRÓ-VIDA AOS SENADORES ARGENTINOS

 





Antonia Salzano com Carlo Acutis. Crédito: Associação de Amigos de Carlo Acutis.

 

Buenos Aires, 29 dez. 20 / 02:00 pm (ACI).- Por ocasião da votação do projeto de legalização do aborto na Argentina, a mãe do beato Carlo Acutis, Antonia Salzano, afirmou que seu filho era contra essa prática e destacou que impedir o nascimento dos bebês é impedir o progresso do mundo, segundo o Projeto de Deus.

O Senado iniciará o debate sobre a legalização do aborto às 16h de hoje, 29 de dezembro, dia seguinte ao que a Igreja recordou os Santos Inocentes, as crianças assassinadas pelo rei Herodes.

A Associação “Amigos de Carlo Acutis” publicou no dia 28 de dezembro a mensagem de vídeo na qual Antonia Salzano expressa que “cada um de nós tem um projeto único e irrepetível, um projeto especial que o Senhor pensou desde a eternidade”.

“Cada um de nós tem o poder, digamos, com suas ações com a graça que recebe de Deus, tem a missão de mudar o mundo de uma forma positiva, de levar luz ao mundo”.

“Claro que impedir uma vida é impedir que o mundo progrida, cada vida é um progresso do mundo, se for vivida em união com Deus segundo o que seja o projeto que Deus pensou desde a eternidade para cada um de nós”, manifestou.

Antonia explicou que Carlo "era contra o aborto" e que apoiava a alternativa da adoção.

Da mesma forma, especificou que o jovem beato também questionava a técnica de congelamento de embriões, pois de "todas essas crianças fertilizadas artificialmente, sobra um grande número de embriões que estão congelados e permanecem lá por décadas, ou nunca terão a possibilidade de poder viver, de realizar o projeto que Deus desde a eternidade pensou para esses embriões”.

“É triste saber que tantas almas não têm permissão para viver, são impedidas de expressar a sua particularidade, o talento que certamente Deus lhes concedeu”, acrescentou.

“Pensemos em tantas figuras que no mundo ajudaram a humanidade” como Madre Teresa de Calcutá, Irmã Lúcia de Fátima, Santa Bernadete, São João Bosco, Papa São João Paulo II, entre outros.

“Se seus pais tivessem pensado em não dar à luz, eles não teriam” vivido, disse a mãe do Beato Carlo Acutis.

“Muitas vezes acontece que quem tem talento não os pode expressar, inclusive nascendo, porque, como dizia Carlo, ‘todos nascemos originais, mas muitos morrem como fotocópias’”, lembrou.

Nesse sentido, Antonia Salzano manifestou a sua esperança para que “Deus permita a muitos viver e poder realizar este projeto especial que Deus, desde a eternidade, pensou, sobretudo o colocar a Deus sobre todas as coisas, o de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.

“O projeto para o qual Deus nos chama, o projeto de amor, o projeto de poder já nesta vida amar a Deus e sobretudo amar o próximo e crescer na virtude da caridade que será nossa herança por toda a eternidade”, refletiu Salzano.

Nesse sentido, “o grau de caridade que atingiremos nesta vida, será o grau de caridade que desfrutaremos por toda a eternidade”, insistiu.

"E como Deus escreve direito nas linhas tortas dos homens, esperamos que também esses momentos de sofrimento nos ajudem a tornar este mundo um mundo melhor, onde verdadeiramente o homem se lembre de que sem Deus não podemos fazer nada".

“Feliz Natal e peço-lhes uma oração para a canonização de Carlo”, concluiu Antonia Salzano.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Fonte: ACI Digitakl