Depois de 2016, Francisco
volta a Greccio para visitar e rezar na Gruta do Presépio onde, pela primeira
vez, o Santo de Assis quis reproduzir o evento da Natividade. Daqui também a
assinatura e o envio a todos os fiéis da Carta Apostólica Admirabile signum.
Cecilia Seppia, Andressa Collet - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco chegou em Greccio, na Província de Rieti, a
cerca de 60 Km de Roma com um helicóptero e alguns minutos de antecedência do
previsto. Ele saudou alguns doentes com o esperam com os familiares para depois
ir até o Santuário Francisco de carro, onde foi recebido com um clima de
alegria e maravilha que só o Natal pode presentear.
A assinatura da Carta
sobre o Presépio
Na Gruta do Santuário o Papa permaneceu em silêncio e
contemplação para rezar sozinho. Em seguida, sobre o altar Francisco assinaou a
Carta Admirabile signum, um "presente" a todo o povo de Deus para
enaltecer o sentido e o valor do Presépio.
Já na Igreja do Santuário, durante a Liturgia da Palavra, é
feita a leitura dos dez parágrafos da Carta sobre o Presépio. Na reflexão final
do Papa, o pedido para redescobrir a autenticidade e da simplicidade.
A íntegra da reflexão
do Papa
"Quantos pensamentos chegam à mente neste lugar santo! No
entanto, diante da rocha destes montes tão queridos a São Francisco, o que
somos chamados a fazer é, antes de tudo, redescobrir a simplicidade.
O presépio, que pela primeira vez São Francisco fez neste
pequeno espaço, imitando a gruta estreita de Belém, fala por si mesmo. Aqui não
há necessidade de multiplicar palavras, porque a cena diante dos nossos olhos
exprime a sabedoria de que precisamos para compreender o essencial.
Diante do presépio, descobrimos como é importante para a nossa vida, tantas vezes agitada, encontrar momentos de silêncio e oração. O silêncio, para contemplar a beleza do rosto de Jesus Menino, o Filho de Deus nascido na pobreza de um estábulo. A oração, para exprimir o "obrigado" maravilhado diante deste imenso dom de amor que nos é dado.
Neste simples e maravilhoso sinal do presépio, que a piedade
popular acolheu e transmitiu de geração em geração, manifesta-se o grande
mistério da nossa fé: Deus nos ama até ao ponto de partilhar a nossa humanidade
e a nossa vida. Nunca nos deixa sozinhos; acompanha-nos com a sua presença
escondida, mas não invisível. Em todas as circunstâncias, na alegria como na
dor, Ele é o Emanuel, Deus conosco.
Como os pastores de Belém, acolhamos o convite para ir à
caverna, ver e reconhecer o sinal que Deus nos deu. Então o nosso coração
estará cheio de alegria, e poderemos levá-lo para onde há tristeza; estará
cheio de esperança, a ser partilhada com aqueles que a perderam.
Vamos nos identificar com Maria, que colocou seu Filho na
manjedoura, porque não havia lugar em uma casa. Com ela e com São José, seu
esposo, olhemos para o Menino Jesus. Que o seu sorriso, desabrochado na noite,
dissipe a indiferença e abra os corações à alegria daqueles que se sentem
amados pelo Pai que está nos céus."
Fonte: Vatican News
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