O
Papa Francisco presidiu à missa na Basílica Vaticana na tarde do III Domingo do
Advento para a comunidade filipina de Roma. “Sejam fermento nas comunidades
paroquiais às quais pertencem", encorajou o Pontífice.
Cidade do Vaticano
O
Papa Francisco se reuniu com a comunidade filipina de Roma para celebrar o
primeiro dia do “Simbang Gabi” (Missa da noite), a novena em preparação ao
Natal da tradição religiosa das Filipinas.
O
Pontífice presidiu à missa na Basílica Vaticana na tarde de domingo e em sua
homilia comentou as leituras deste III Domingo do Advento.
Em Jesus Cristo, afirmou, o amor salvífico de Deus se faz
tangível: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os surdos ouvem e
os pobres são evangelizados.
Estes são os sinais que acompanham a realização do Reino de Deus
e não triunfos militares e toques de trombeta, mas a libertação do mal e o
anúncio de misericórdia e de paz. E o Papa acrescentou:
“E
já que os habitantes das periferias existenciais continuam numerosos, devemos
pedir ao Senhor que renove o milagre do Natal todos os anos, oferecendo nós
mesmos como instrumentos do seu amor misericordioso pelos últimos.”
Ternura
de Deus pelos últimos
Em seguida, Francisco falou das diversas tradições que as
Igrejas particulares introduziram para viver o período do Advento.
Uma delas é a secular novena Simbang Gabi, durante a qual os
fiéis filipinos se reúnem no alvorecer em suas paróquias para uma celebração
eucarística especial - tradição que se espalhou para os países que receberam
migração filipina.
Através desta celebração, disse Francisco, queremos nos preparar
para o Natal comprometendo-nos a manifestar o amor e a ternura de Deus por
todos, especialmente pelos últimos.
“Somos
chamados a ser fermento numa sociedade que muitas vezes não consegue mais
saborear a beleza de Deus e a experimentar a graça da sua presença.”
Ser
fermento e praticar a caridade
E os filipinos que deixaram a sua terra em busca de um futuro
melhor têm uma missão especial, encorajou Francisco:
“Sejam fermento nas comunidades paroquiais às quais pertencem.
Eu os encorajo a multiplicar as oportunidades de encontro para compartilhar a
sua riqueza cultural e espiritual, deixando-se ao mesmo tempo enriquecer pelas
experiências dos outros.”
O Papa recordou ainda que todos somos chamados a praticar juntos
a caridade pelos habitantes das periferias existenciais para renovar os sinais
da presença do Reino.
“Que o Santo Menino que nos preparamos para adorar, envolvido em
pobres faixas e depositado numa manjedoura, os abençoe e lhes dê a força para
levar avante com alegria o seu testemunho.”
"Contrabandistas
da fé"
Continuem a ser "contrabandistas da fé". Foi o que
disse o Papa Francisco à comunidade católica filipina em Roma, na conclusão da
missa. O Papa, usando o termo espanhol "contrabandistas", repetiu
assim uma de suas frases que, pouco antes, no discurso de saudação no final do
liturgia, tinha sido lembrada pelo padre scalabriniano Ricky Gente, capelão da
Missão da Comunidade católica de Roma.
"Como receptores da fé, os filipinos são hoje, também como
migrantes, verdadeiros discípulos missionários, disse o capelão. Antes da
celebração do último Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados, o senhor, Santo
Padre, - recordou o padre Ricky na sua saudação ao Papa – compartilhou comigo
que as mulheres filipinas são 'contrabandistas da fé”. Sim, é verdade, levamos conosco,
em todos os lugares onde andamos, a tocha da fé e do Evangelho no mundo, a
mesma fé e Evangelho que nos foram transmitidos".
Fonte:
Vatican News

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