Do dia 28 a 31 de outubro, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cumpriu a missão anual de visitar diferentes Dicastérios da Cúria Romana, no Vaticano. A visita culminou com uma audiência com o Papa Francisco, às 10h30 (horário de Roma), do dia 31 de outubro. Esta é a primeira vez que a atual presidência participa desta agenda.
Participaram da comitiva, o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveria de Azevedo, presidente da CNBB, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, segundo vice-presidente, o bispo de Roraima (RR), dom Mário Antônio da Silva, segundo vice-presidente e o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Joel Portella Amado, secretário-geral da entidade.
No áudio abaixo, o presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira conta como foi a experiência de encontro com o Santo Padre. Para ele, tratou-se de uma experiência singular encontrar-se com o sucessor de Pedro. “A figura paterna, acolhedora, humilde, simples e verdadeira do Papa Francisco. Com ele compartilhamos muitas experiências: a beleza do caminho missionário de nossa Igreja, com seus muitos desafios. Particularmente, na Amazônia pensando o Sínodo que aconteceu pelo dom de Deus para toda Igreja”, disse.
A presidência da CNBB aproveitou o fato que dois de seus membros já estavam no Vaticano participando do Sínodo para agendar as visitas neste período. Dom Jaime e dom Joel se somaram ao grupo e fizeram questão de participar da celebração eucarística de encerramento do Sínodo, dia 27 de outubro, para manifestar a unidade de toda a CNBB com o Santo Padre e com o trabalho sinodal.
Já no dia seguinte, segunda-feira, dia 28, iniciaram-se as visitas aos Dicastérios romanos. O primeiro deles foi o que trata da Vida Consagrada, cujo prefeito é o cardeal brasileiro dom João Braz de Avis. No mesmo dia, a presidência da CNBB visitou a Secretaria de Estado, tendo sido recebida pelo cardeal Piero Parolin, Secretário de Estado. As reuniões do primeiro dia terminaram no Dicastério para o Desenvolvimento Humano integral, onde o grupo brasileiro foi recebido pelo cardeal Peter Turkson e pelo secretário bispo Bruno-Marie Duffé.
Na terça-feira, dia 29 de outubro, as reuniões começaram pela Congregação para a Doutrina da Fé, onde o grupo foi recebido pelo cardeal Luís Ladária e um grande grupo de assessores dos diversos departamentos daquele dicastério. Na sequência, o grupo se dirigiu à Congregação para o clero, onde foi recebido pelo prefeito cardeal Beniamino Stella. A última reunião do dia ocorreu na Congregação para os Bispos, onde o grupo foi recebido pelo cardeal prefeito Marc Ouellet e pelo secretário, arcebispo brasileiro Ilson Montanari.
No dia 30, a presidência da CNBB se reuniu com o cardeal prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cujo prefeito é o cardeal Kevin Farrell e com o secretário, o padre brasileiro Alexandre Awi. Segundo dom Joel Portella Amado foram conversas longas, nunca menos de uma hora cada uma, todas versando sobre a ação evangelizadora da Igreja no Brasil de nossos dias. Em cada dicastério, o enfoque disse respeito ao que era específico.
“Em todas as conversas, alguns assuntos se reiteraram. Em primeiro lugar, muito se falou a respeito das atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora para a Igreja no Brasil. A proposta das comunidades eclesiais missionárias foi tema desde o envolvimento da vida consagrada, primeira das reuniões até a última, no Dicastério para os Leigos”, disse dom Joel.
O secretário geral afirmou que outro tema que bastante destacado, em especial pela preocupação do presidente da CNBB, foi a importância da Palavra de Deus em todo o processo evangelizador de todos os tempos e mais ainda em nossos dias. “Muito se falou de que a Palavra de Deus precisa ser mais acolhida e transmitida por todos os católicos. É a partir dela que as comunidades eclesiais missionárias podem e devem se alicerçar e se desenvolver”.
O secretário geral afirmou que outro tema que bastante destacado, em especial pela preocupação do presidente da CNBB, foi a importância da Palavra de Deus em todo o processo evangelizador de todos os tempos e mais ainda em nossos dias. “Muito se falou de que a Palavra de Deus precisa ser mais acolhida e transmitida por todos os católicos. É a partir dela que as comunidades eclesiais missionárias podem e devem se alicerçar e se desenvolver”.
Na próxima reunião do Conselho Permanente, em novembro, será estudado o tema da Palavra de Deus e sua relação com as atuais Diretrizes da Açao Evangelizadora da Igreja no Brasil tendo em vista o tema central da 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil a se realizar em abril de 2020.
Outra tema que foi bastante conversado foi sobre o Sínodo da Amazônia, recém terminado. Dois dos membros da presidência da CNBB estiveram no Sínodo e relataram que a experiência sinodal é de fato muito rica. “A comunhão que se cria entre os participantes ao longo das três semanas é um fator a se destacar. Todos aguardam a exortação apostólica que o Papa Francisco indicou apresentar, se possível, até o período do Natal desse ano”, reforçou dom Joel
As visitas foram coroadas com o encontro com o Santo Padre, na manhã do dia 31, quinta-feira, às 10h30. Dom Joel destacou que o Papa Francisco contagia com sua força e fortaleza, sua paz interior, que transborda por meio de sua alegria. “Ouviu-nos atentamente, sempre procurando dar orientações para os aspectos que iam surgindo”.
Após o encontro com o Santo Padre, a presidência visitou ainda o Dicastério para a Comunicação, onde foi feita uma entrevista com o jornalista da Rádio Vaticana, Silvonei José. Durante toda a semana, a presidência ficou hospedada no Pontifício Colégio Pio Brasileiro, que pertence à CNBB, lugar onde estudam os padres brasileiros que fazem pós-graduação nas diversas universidades de Roma. A presidência da CNBB manteve contato com a comunidade formadora e com os estudantes. “Um contato litúrgico, através da presidência das missas, um contato informal, no convívio da casa e nas refeições e na visita oficial, que também faz parte do roteiro de atividades anuais da presidência”, contou dom Joel.
Fonte: CNBB
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