Com
a presença do Papa Francisco, foi realizada na manhã desta segunda-feira, 21 de
outubro, a 14ª Congregação Geral do Sínodo Especial dos Bispos para a Região
Pan-Amazônica, que se realiza no Vaticano até o dia 27 de outubro. Estavam
presentes 184 Padres Sinodais
Vatican News – Cidade do Vaticano
Foi
o Relator Geral, Cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e
presidente da Rede Eclesial Pan-amazônica (Repam) a apresentar na Sala do
Sínodo o projeto do documento final da Assembleia especial para a Região
Pan-Amazônica. O texto, que reúne os frutos dos pronunciamentos apresentados
durante os trabalhos, passará agora aos Círculos Menores para a elaboração de
um documento geral.
Programa para os próximos dias
No
decorrer dos trabalhos de quarta e quinta-feira, tais emendamentos serão
colocados no Documento Final pelo Relator Geral e pelos Secretários Especiais,
com a ajuda dos Peritos. Portanto o texto será revisto pela Comissão para a
redação para depois ser lido na Sala sinodal na sexta-feira a tarde, no
decorrer da 15ª Congregação Geral. Sábado a tarde, por fim, na 16ª Congregação
Geral será feita a votação do Documento Final.
Reflexões de Dom Héctor Cabrejos Vidarte
Na
abertura da Congregação de hoje, foi realizada a oração da Hora Média. A
reflexão proposta foi feita por Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, arcebispo
de Trujillo, Peru e presidente do CELAM, que convidou a olhar o exemplo de São
Francisco e ao “Cântico das Criaturas”. “Para Francisco – evidenciou o bispo –
a beleza não é uma questão estética, mas de amor, de fraternidade a todo custo,
de graça a todo custo”. O Santo de Assis – falou ainda – “abraça todas as
criaturas com um amor e uma devoção nunca vista, falando-lhes do Senhor e
convidando-as a louvá-lo. Neste sentido, Francisco chega a ser o inventor do
sentimento medieval pela natureza”.
Conhecer, reconhecer e restituir
Conhecer,
reconhecer e restituir – disse ainda o presidente do CELAM – são os verbos que
marcam “o ritmo” do caminho espiritual de São Francisco de Assis, ou seja
conhecer o Sumo Bem, reconhecer os seus benefícios e restituir-Lhe os louvores.
De fato, se para São Francisco o pecado é apropriação “não só da vontade, mas
também dos bens” que o Senhor opera no ser humano, o louvor, ao contrário,
significa restituição. “O ser humano – reforçou ainda Dom Héctor Vidarte – não
pode louvar a Deus como convém, pois o pecado feriu a sua filiação” com o
Senhor.
Deus, Pai de todos e de todas as coisas
Portanto
serão as criaturas, como afirma São Francisco no “Cântico”, a cumprir a obra de
mediação para levar o louvor a Deus. Com efeito, elas preenchem o vazio do ser
humano, desprovido, por causa do pecado, de uma voz digna de louvar o Criador.
“São Francisco descobre em Deus o lugar da Criação – concluiu o bispo – devolve
a Criação a Deus, porque vê em Deus não só o Pai de todos, mas o Pai de todas
as coisas”.
Os
trabalhos desta manhã foram concluídos pelo pronunciamento de um convidado
especial que falou sobre o tema da ecologia integral em relação à mudança
climática.
Fonte: Vatican News
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