Os
trabalhos desta terça-feira (08/10) tiveram início, na presença do Santo Padre,
com a oração da Hora Média. A reflexão foi proposta pelo arcebispo de Belém do
Pará, Dom Alberto Taveira.
Silvonei José - Cidade do Vaticano
Os trabalhos desta terça-feira
(08/10) tiveram início, na presença do Santo Padre, com a oração da Hora Média.
A reflexão foi proposta pelo arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira.
Nas suas palavras recordando que o
Salmo do Dia reconhece que a plenitude da lei é o amor, Dom Alberto Taveira
disse “que somos convidados a proclamar que a Palavra do Senhor é mais doce do
que o mel silvestre abundante em nossas terras, e afirmamos a certeza de que da
lei de Deus recebemos a inteligência necessária para os trabalhos a serem
empreendidos, comprometendo-nos a rejeitar todos os caminhos da mentira” (cf.Sl
118(119)).
De forma gratuita, vindo a convite da
bondade de Deus, cruzamos as portas para entrar nesta casa – continuou Dom
Alberto -, convocados para o compromisso exclusivo com o Senhor e sua Palavra
de Vida e Salvação. Em nós também o Povo de Deus na Grande Amazônia adentra por
estas portas.
O arcebispo de Belém destaca que
“trazemos conosco a responsabilidade descrita na ‘Gaudium et Spes’: “As
alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje,
sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as
esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há
realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração”.
Porque a sua comunidade é formada por homens que, reunidos em Cristo, são
guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e
receberam a mensagem da salvação para comunicá-la a todos. Por este motivo, a
Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua históra (GS
1). Não podemos defraudar estas esperanças!”
Para os participantes desta
Assembleia Sinodal, cruzar estas portas significa o exercício da autoridade e a
dignidade - afirma DomAlberto -, para responder aos anseios de nosso povo por
seus direitos e dignidade, já que, pastores escolhidos pela misericórdia de
Deus, somos guardiões do bem e sentinelas da verdade.
Vivendo num mundo pluralista e diversificado,
chamados a conviver com tantas diferenças e respeitá-las, desejamos tomar posse
de valores cujas bandeiras pertencem ao Senhor e nos cabe defraudá-las com
vigor. De fato, o Senhor ama a justiça e odeia a iniquidade, e de modo especial
quem recebeu a unção para o ministério episcopal há de revestir-se dela.
“Ressoe em nossos ouvidos -
finalizou o arcebispo de Belém -, em nossos corações o clamor de oprimidos,
migrantes, orfãos e viúvas e o sangue de tantos inocentes derramado durante a
nossa história, dos quais os bispos são chamados a ser defensores, como nos foi
pedido no Rito de Ordenação”.
Neste
segundo dia de trabalhos do Sínodo para a Região Amazônica alguns participantes
do #SinodoAmazonico têm a oportunidade de se
manifestarem sobre a realidade local. Cada interessado em usar a palavra tem 4
minutos para defender o seu ponto de vista, depois de 4 manifestações tem uma
pausa para meditação. A #sinodalidade da Igreja é marcada pelo
seu significado semântico: caminhar juntos. Que o Espírito Santo ilumine os
padres sinodais neste momento importante e rico da nossa Igreja.
Fonte: Vatican News
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