27
de outubro de 2019
XXX
DOMINGO DO
TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª Leitura - Eclo 35,15b-17.20-22a (gr. 12-14.16-18)
Leitura do Livro do Eclesiástico 35,15b-17.20-22a
(gr. 12-14.16-18)
15bO Senhor é um juiz que não faz
discriminação de pessoas. 16Ele não é parcial em
prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas
dos oprimidos; 17jamais despreza a súplica do órfão,
nem da viúva, quando desabafa suas mágoas. 20Quem serve a Deus como ele o quer, será bem acolhido e suas súplicas subirão até as nuvens.21A prece do humilde atravessa as nuvens: enquanto não chegar não terá repouso; e não descansará até que o Altíssimo intervenha, 22afaça justiça aos justos e execute o julgamento.
Palavra do Senhor.
nem da viúva, quando desabafa suas mágoas. 20Quem serve a Deus como ele o quer, será bem acolhido e suas súplicas subirão até as nuvens.21A prece do humilde atravessa as nuvens: enquanto não chegar não terá repouso; e não descansará até que o Altíssimo intervenha, 22afaça justiça aos justos e execute o julgamento.
Palavra do Senhor.
Reflexão - " O Senhor
é um justo juiz
"
Ao contrário do que o mundo prega o Senhor não faz discriminação de pessoas
seja ela quem for pobre ou rica, branca ou preta, feia ou bonita, o que importa
é um coração humilde e confiante na justiça de Deus. Nesta leitura o autor do
Livro do Eclesiástico se refere ao pobre, ao órfão e à viúva, como símbolo da
figura da pessoa que não tem ninguém por ela. No entanto, mesmo aqueles que têm
muitas posses agradam ao Senhor, quando, passando por situação de
"miséria" espiritual, existencial ou outro qualquer tipo de
dificuldade, se mantêm humildes e dependentes do Seu amparo. O justo juiz
jamais despreza a súplica daquele (a) que é o (a) mais desprezado (a) no mundo.
Qualquer um de nós será bem acolhido e nossas súplicas serão atendidas, desde
que sirvamos a Deus como Ele o quer. Como justo juiz o Senhor não dispensará o
orgulho, a soberba, a vaidade, a autolatria, isto é, idolatria a si própria e
julgará os nossos atos, pensamentos e sentimentos na medida adequada.
Precisamos, então, fazer uma avaliação das nossas atitudes e intenções quando
quisermos ser "mais" que o outro, quando reclamarmos para nós
privilégios e honras. O Senhor, justo juiz, há de nos julgar também por essas
obras. - De que
maneira você se relaciona com uma pessoa simples que não tem grandes atrativos?
- Você sabia que Deus é justo juiz e conhece todas as suas intenções e
sentimentos? - Como você acha que será julgado (a) no final de tudo, em relação
a isso? - Você se sente superior a alguém? - Como você trata as pessoas
humildes que trabalham na sua casa? Você se interessa por elas?
Salmo - Sl 33,2-3.17-18.19.23 (R.7a.23a)
R.O pobre clama a Deus e ele escuta:
o Senhor liberta a vida dos seus servos.
o Senhor liberta a vida dos seus servos.
2Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,*
seu louvor estará sempre em minha boca.
3Minha alma se gloria no Senhor;*
que ouçam os humildes e se alegrem! R.
17mas ele volta a sua face contra os maus,*
para da terra apagar sua lembrança.
18Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta*
e de todas as angústias os liberta. R.
19Do coração atribulado ele está perto*
e conforta os de espírito abatido.
23Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,*
e castigado não será quem nele espera.R.
Reflexão - Você já teve a experiência de
clamar a Deus em momentos de angústia e tribulação? O Senhor atende ao clamor
do nosso coração em qualquer situação, porém o que mais agrada a nossa alma é o
louvor que nós exercitarmos continuamente. O próprio salmo nos direciona:
"Bendirei o
Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. E
depois, acrescenta: "Minha
alma se gloria no Senhor." Portanto, sejamos fiéis ao que a
nossa alma espera e louvemos o Senhor, de coração, na alegria ou na tristeza.
2ª
Leitura - 2Tm 4,6-8.16-18
Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo
4,6-8.16
-18Caríssimo: 6Quanto a
mim, eu já estou para ser oferecido em sacrifício; aproxima-se o
momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora
está reservada para mim a coroa da justiça, que o
Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a
todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 16Na minha primeira defesa, ninguém me assistiu; todos me abandonaram. Oxalá que não lhes seja levado em conta. 17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim
integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do
leão. 18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos
séculos dos séculos! Amém. Palavra do Senhor.
Reflexão – “missão cumprida”
Nos últimos momentos da sua
vida São Paulo dá um verdadeiro depoimento de confiança na justiça de Deus.
Sabedor de que se aproximava a hora em que seria sacrificado e que partiria
para junto de Deus, com convicção, ele já antevia e anunciava que receberia a
coroa da justiça que lhe seria concedida em vista da sua entrega a Cristo. Não
se subestimava nem tampouco usava de falsa humildade para reconhecer que havia
sido fiel ao chamado que Jesus lhe fizera. Precisamos também ter consciência do
valor que temos diante de Deus quando servimos fielmente à causa que nos foi
confiada. Cada um de nós tem uma história e um chamado para edificar o reino de
Deus. Ninguém substitui a outrem nem pode ocupar o lugar que o Senhor lhe
reservou. Dependendo da nossa fidelidade e do nosso desejo sincero de servir ao
Senhor, nós também podemos fazer uma reflexão sobre a nossa atuação para poder
dizer como São Paulo: “combati o bom
combate, completei a corrida, guardei a fé ” Para isso, no entanto, não precisamos esperar
a hora da nossa partida, mas ao término de cada dia, podemos parar e avaliar
qual a esperança que cultivamos por causa da nossa perseverança e fidelidade a
Deus. O Senhor também já nos reservou a coroa da justiça, cabe a cada um de nós
cultivar no coração o desejo de conquistá-la a cada dia, na medida da nossa
vivencia, dando passos firmes e coerentes com a vontade de Deus. – Você tem
confiança de que já pode receber a coroa da justiça que lhe foi reservada pelo
justo juiz? – Você tem combatido o bom combate? – Você tem guardado a fé e a
confiança em Deus? – Em que você acha que pode melhorar?
Evangelho - Lc 18,9-14
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas 18,9-14
Naquele tempo: 9Jesus
contou esta parábola para alguns que confiavam na
sua própria justiça e desprezavam os outros:
10'Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: 'Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda'. 13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu;
mas batia no peito, dizendo: `Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!' 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado,
e quem se humilha será elevado.' Palavra da Salvação.
10'Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: 'Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda'. 13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu;
mas batia no peito, dizendo: `Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!' 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado,
e quem se humilha será elevado.' Palavra da Salvação.
Reflexão - "quem será justificado"
A verdade
brilha como o sol do meio dia: "quem
se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado". Ao
contar a parábola do fariseu e do cobrador de impostos Jesus nos dá a
noção exata do que seja uma pessoa humilde. Humildade é o reconhecimento
da nossa limitação e da medida da nossa capacidade. A nossa
competência para as coisas espirituais é restrita, e, por nós mesmos (as),
nunca seremos justificados (as). O fariseu que abriu a boca diante do altar do
templo do Senhor, se justificou, achando que todas as suas "boas
obras" eram méritos seus e, ainda mais, apontava para o cobrador de
impostos, desprezando-o e se auto elogiando. A sua oração de autopromoção
não agradou a Deus. O cobrador de impostos deu o exemplo de humildade reconhecendo
o seu pecado, e, não se achando digno de nem mesmo olhar para o
Senhor, clamou por misericórdia: "Meu
Deus, tem piedade de mim que sou pecador!" A sua oração
agradou a Deus e ele voltou para casa justificado, como disse Jesus. O que nós
poderemos apreender dessa mensagem? Não são as nossas palavras bonitas, nem as
orações longas que agradam ao Senhor. O nosso espírito contrito, humilhado
por causa das nossas transgressões e o reconhecimento da nossa miséria é que
nos farão alcançar a misericórdia de Deus. Às vezes não precisamos nem dizer
alguma coisa, porém, o nosso pensamento sugere o que se passa no nosso coração
e o Senhor que nos sonda sabe se estamos nos elevando ou nos humilhando. Mesmo
que não digamos nada, o Senhor conhece tudo. Portanto, não nos adiantará fugir
ou camuflar.
- E você? Tem voltado para a
casa justificado (a), ou não?
- Como tem sido feito o exame da sua consciência
diante do Senhor?
- Você costuma se auto
elogiar?
- Você reconhece a medida da sua capacidade e da sua incapacidade?
- Você costuma julgar alguém pela sua
aparência?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo
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