O
Papa Francisco falou dos direitos dos prisioneiros de guerra e recordou os
civis vítimas de conflitos, entre os quais inúmeros religiosos e religiosas.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco recebeu em sua série
de audiências esta quinta-feira (31/10), no Vaticano, os participantes do 5º
Curso de formação dos capelães militares católicos ao Direito humanitário
internacional, promovido pela Congregação para os Bispos.
O discurso do Santo Padre foi
dedicado ao tema do Curso: “A privação da liberdade pessoal no contexto dos
conflitos armados. A missão do capelão militar”.
Vulnerabilidade
O Pontífice recordou que a pessoa
detida está ainda mais vulnerável quando se trata de um conflito, pois o
prisioneiro está nas mãos de forças adversárias. Portanto, não é raro que seja
vítima de violações de seus direitos fundamentais, entre os quais abusos,
violências e diversas formas de tortura e tratamentos cruéis, desumanos e
degradantes.
Quando se trata de civis, as vítimas
podem ter sido sujeitas a sequestros, desaparecimentos forçados e homicídios.
“Entre eles, se contam também inúmeros religiosos e religiosas, dos quais não
se têm mais notícias ou que pagaram com a vida a sua consagração a Deus e a
serviço das pessoas”, afirmou o Papa, garantindo a sua oração a todas essas
pessoas e suas famílias, para que possam sempre ter a coragem de ir avante e de
não perder a esperança.
Proteção garantida
Em seu discurso, Francisco lembrou
ainda a proteção da dignidade dos detentos está prevista no Direito humanitário
internacional e convidou os ordinários e os capelães militares a não poupar
esforços para que as normas sejam acolhidas “no coração” das pessoas que são
confiadas a seu cuidado pastoral.
“
Os ministros de Cristo no mundo militar são também os primeiros ministros do
homem e dos seus direitos fundamentais. ”
O Papa mencionou ainda outra dimensão
que é complementar ao trabalho dos capelães, que é o trabalho de prevenção e de
educação das famílias e das comunidades cristãs.
Tolerância e respeito
Trata-se de formar personalidades
abertas à tolerância e ao respeito de todos, “jovens atentos ao conhecimento do
patrimônio cultural dos povos”, afirmou o Pontífice, recordando que o Concílio
Vaticano II chama os militares de “ministros da segurança e da liberdade dos
povos”, palavras que a guerra ofende e anula.
Por
fim, Francisco citou os 70 anos da Convenção de Genebra para a proteção das
vítimas de guerra: “Desejo reafirmar a importância que a Santa Sé dispensa ao
Direito humanitário internacional e formular os votos de que as regras que
contempla sejam respeitadas em todas as circunstâncias”.
Fonte: Vatican News
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