29 DE SETEMBRO DE 2019
XVI DOMINGO DO
TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª Leitura - Am 6,1a.4-7
Leitura da
Profecia de Amós 6,1a.4-7
Assim
diz o Senhor todo-poderoso: 1aAi dos que vivem
despreocupadamente em Sião, os que se sentem
seguros nas alturas de Samaria! 4Os que dormem em
camas de marfim,
deitam-se em almofadas, comendo cordeiros do rebanho e novilhos do seu gado; 5os que cantam ao som das harpas,
ou, como Davi, dedilham instrumentos musicais; 6os que bebem vinho em taças, e se perfumam com os mais finos unguentos
e não se preocupam com a ruína de José. 7Por isso, eles irão agora
para o desterro, na primeira fila, e o bando dos gozadores será desfeito. Palavra do Senhor.
deitam-se em almofadas, comendo cordeiros do rebanho e novilhos do seu gado; 5os que cantam ao som das harpas,
ou, como Davi, dedilham instrumentos musicais; 6os que bebem vinho em taças, e se perfumam com os mais finos unguentos
e não se preocupam com a ruína de José. 7Por isso, eles irão agora
para o desterro, na primeira fila, e o bando dos gozadores será desfeito. Palavra do Senhor.
Reflexão -
“mensagem de solidariedade”
As palavras do profeta Amós
precisam cair na terra do nosso coração como uma semente que deve florescer e
frutificar a fim de que possamos mudar a nossa mentalidade, hábitos e costumes,
na medida em que ela se adéqua à realidade da nossa vida. Ele prognostica
contra os ricos “despreocupados”, ou seja, aqueles que se sentem seguros nas
suas riquezas materiais, que usufruem de muitos bens, se divertem, bebem e
comem do bom e do melhor, se perfumam, cantam, brincam, e não se preocupam com
a ruína dos “José” que existem perto deles. Podemos até imaginar que a mensagem
desta leitura não nos atinge, pois, não temos muitos bens, não nos excedemos
visto que não estamos nas mesmas condições.
No entanto, a principal mensagem dessa exortação, é referente à nossa
despreocupação em relação ao nosso próximo a quem desconhecemos, por isso, o
ignoramos, tão preocupados que estamos com a nossa vidinha sacrificada e já tão
cheia de atropelos. Assim sendo, mesmo
que tenhamos pouco, necessitamos nos conscientizar de que poderá haver ao nosso
lado ou muito perto de nós alguém que possui menos ainda e que vive na
indigência e na miséria. De qualquer
maneira, tendo muito ou pouco, o que importa é o nosso reconhecimento de que o
que possuímos está nas mãos de Deus que nos concedeu a vida e os bens a fim de
que sejamos solidários uns com os outros. Deus nos colocou no mundo, nos deu
oportunidades de prosperar, determinou-nos uma época e um número de dias,
deu-nos domínio sobre tudo o que está na terra, mas impôs a cada um de nós, deveres
para com o nosso próximo. Por isso, não fujamos da nossa responsabilidade e
acolhamos a Palavra de hoje como semente fértil na terra do nosso coração. – Como você tem vivido com os bens que Deus
lhe concedeu: saúde, trabalho, inteligência, dinheiro? - Existe alguém perto de você a quem faltam
essas coisas? – Como você tem olhado para essas pessoas? -
Salmo - Sl 145,7.8-9a.9bc-10 (R.1)
R.
Bendize, minh' alma, bendize ao Senhor!
Ou R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
7O Senhor é fiel para sempre,*
faz justiça aos que são oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,*
é o Senhor quem liberta os cativos.R.
8O Senhor abre os olhos aos cegos*
o Senhor faz erguer-se o caído;
o Senhor ama aquele que é justo*
9aÉ o Senhor quem protege o estrangeiro.R.
9bcEle ampara a viúva e o órfão*
mas confunde os caminhos dos maus.
10O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará*
para sempre e por todos os séculos!R.
Ou R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
7O Senhor é fiel para sempre,*
faz justiça aos que são oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,*
é o Senhor quem liberta os cativos.R.
8O Senhor abre os olhos aos cegos*
o Senhor faz erguer-se o caído;
o Senhor ama aquele que é justo*
9aÉ o Senhor quem protege o estrangeiro.R.
9bcEle ampara a viúva e o órfão*
mas confunde os caminhos dos maus.
10O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará*
para sempre e por todos os séculos!R.
Reflexão - O salmista
também nos direciona a percebermos que Deus fará justiça àqueles que vivem
oprimidos, aos que hoje estão famintos e cativos das situações do mundo. Na Sua
justiça, porém o Senhor confundirá o caminho dos que são maus, isto é, os que
desconhecem àqueles que são provados pela vida. Por isso, ele se refere à viúva
e ao órfão como símbolo dos que são desamparados aqui na terra. Para que nós
possamos bendizer ao Senhor, portanto, nós precisamos repensar a nossa vida e
os nossos critérios em relação aos nossos irmãos mais carentes e nos tornarmos
justos aos olhos de Deus.
2ª Leitura - 1Tm 6,11-16
Leitura da
Primeira Carta de São Paulo a Timóteo 6,11-16
11Tu que és um homem de Deus, foge das
coisas perversas,
procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão.
12Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé
diante de muitas testemunhas. 13Diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu o bom testemunho da verdade perante Pôncio Pilatos, eu te ordeno: 14guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até à manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. 15Esta manifestação será feita no tempo oportuno pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, 16o único que possui a imortalidade
e que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém. Palavra do Senhor.
procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão.
12Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé
diante de muitas testemunhas. 13Diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu o bom testemunho da verdade perante Pôncio Pilatos, eu te ordeno: 14guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até à manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. 15Esta manifestação será feita no tempo oportuno pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, 16o único que possui a imortalidade
e que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém. Palavra do Senhor.
Reflexão – “o
bom combate da fé”
São
Paulo aconselha a todos nós que desejamos ser “homens e mulheres de Deus” a
fugir das coisas perversas, isto é, de tudo o quanto nos desvia dos caminhos do
Senhor. Dessa maneira, ele nos recomenda a procurar a justiça, que é a vontade de Deus; a piedade, que é a amizade com Deus e com os irmãos; a fé, que é a confiança e dependência de
Deus; o amor que é a essência da Lei
de Deus; a firmeza e a mansidão que são frutos do Espírito
Santo de Deus em nós. Munidos desses atributos, nós poderemos combater o bom
combate da fé e assim conquistar a vida eterna que nos foi prometida pelo Pai e
alcançada por Jesus Cristo. Foi diante de Pôncio Pilatos que Jesus deu
testemunho da verdade de Deus, com firmeza e convicção de que estava fazendo a
vontade do Pai. Por isso, São Paulo nos
exorta, assim como fez a Timóteo, a que nós também, como Jesus, saibamos dar um
bom testemunho da Sua verdade, assumindo o nosso mandato, isto é, a nossa
missão até a Sua manifestação gloriosa. Isso significa que o tempo em que
estamos vivendo é propício para que ponhamos em prática tudo o que nos é
proposto pela verdade da Palavra de Deus, esperando o tempo oportuno em que nós
também, habitaremos com Cristo numa luz inacessível, que nenhum homem viu nem
pode ver. É a vida eterna em plenitude que nos foi prometida pelo Pai e que
Jesus Cristo conquistou para que a vivamos um dia. – Você tem sido fiel ao seu chamado para ser homem e mulher de Deus? –
Você tem combatido o bom combate da fé? – Você espera a manifestação de Jesus
Cristo em Sua glória? – Você fica feliz quando pensa nisso?
Evangelho - Lc 16,19-31
+ Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31
Naquele
tempo, Jesus disse aos fariseus: 19'Havia um homem
rico,
que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21Ele queria matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado.
24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'. 25Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te
que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. 29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles,
certamente vão se converter'. 31Mas Abraão lhe disse: `Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.' Palavra da Salvação.
que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21Ele queria matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado.
24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'. 25Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te
que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. 29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles,
certamente vão se converter'. 31Mas Abraão lhe disse: `Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.' Palavra da Salvação.
Reflexão – a partilha dos bens é uma necessidade da
nossa alma”
Neste
Evangelho Jesus nos conscientiza de que é aqui na terra que nós recebemos de
Deus as condições para nos apropriarmos dos “terrenos do céu”. No entanto, para
que isso aconteça há uma condição imprescindível: a que partilhemos os nossos
bens e os dons que possuímos nos nossos “terrenos aqui da terra” com os outros
moradores que não receberam o mesmo que nós. Para isso, Ele conta a parábola do
homem rico e do pobre Lázaro, para denunciar a ordem injusta que faz o homem
viver desligado de seu destino eterno, por causa das suas atitudes, que se
baseiam apenas no interesse pessoal e na riqueza. Com efeito, Jesus faz um
apelo de conversão a todos nós, ricos ou pobres e nos dá uma amostra do
julgamento de Deus. Diante disso podemos nos questionar: Será que o rico não
poderá ser feliz no céu, assim como o pobre?
Podemos entender, que o rico avarento da parábola não ficará sem um
justo julgamento, não tanto pela riqueza em si, mas pelo desprezo para com a
situação do pobre que lhe mendigava o pão para saciar sua fome. A avareza, o
luxo, o supérfluo de alguns, continuam favorecendo a miséria, a nudez e a
carência de outros e, enquanto uns têm demais outros nada possuem. Todavia,
ninguém é tão pobre que não possua algo para dar nem tão rico que se baste a si
mesmo e não necessite partilhar com alguém a sua riqueza. A partilha é uma
necessidade da nossa alma e uma questão de sobrevivência. Há uma lei natural
que rege os nossos relacionamentos aqui na terra: é dando que se recebe, é no
esquecimento de nós mesmos (as) que nos encontramos e somos felizes.
Consequentemente, se não seguirmos essa lei enquanto aqui vivemos, com certeza,
na outra vida estaremos como o rico da parábola, recebendo a recompensa
prevista por Jesus no Evangelho. Para nós, hoje, não existem somente a Lei e os
Profetas para nos abrir os olhos, mas o próprio Filho de Deus é quem nos
adverte: ser rico não é ser mal. Ser mal é querer tudo somente para si e
esquecer-se de quem não tem nada material, mas tem um coração agradecido pelo
que receber.
– Qual é o seu conceito de
justiça?
- Quais os bens que você tem recebido na vida?
– Você tem partilhado com
alguém o que possui?
– Será que existe algum Lázaro na sua porta que precisa de
um pouquinho do que você tem?
– Pense nisso!
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