Hoje
recordamos todas as mulheres corajosas que vão ao encontro dos seus irmãos e
irmãs em dificuldade. Cada uma delas é sinal da proximidade e da compaixão de
Deus. #WomenHumanitarians
Bianca Fraccalvieri com Rádio ONU
As Nações Unidas celebram neste 19 de
agosto o Dia Mundial de Assistência Humanitária para homenagear pessoas que
atuam nessa área e realçar que é preciso apoio para os afetados por crises.
Em 2019, a organização destaca a ação
de mulheres em crises em todo o mundo e a elas o Papa Francisco dedicou a sua
mensagem no Twitter:
“
Hoje recordamos todas as mulheres corajosas que vão ao encontro dos seus irmãos
e irmãs em dificuldade. Cada uma delas é sinal da proximidade e da compaixão de
Deus. #WomenHumanitarians ”
Mortos
Entre essas trabalhadoras mencionadas
pelo Papa Francisco está a brasileira Karin Manente, cujo primeiro contato com
os afetados pelo ciclone Idai em Moçambique marcou sua atuação como diretora do
Programa Mundial de Alimentação, PMA, no país.
“Achamos que na nossa resposta é importante
alavancar e colocar o papel da mulher na dianteira. Isso com base no facto do
papel fundamental que elas têm na sociedade, e também na questão do combate à
fome. Então, por exemplo, a nível de comunidades onde nos interagimos, nós
trabalhamos com comunidades, seus líderes e com a nossa contraparte do governo
para pôr as mulheres na dianteira.”
O fenômeno natural provocou centenas
de mortos e afetou mais de 1,8 milhão de pessoas quando passou por Moçambique
em março.
Cerimônia
Em mensagem de vídeo sobre a data, a
secretário-geral António Guterres disse que desde o apoio a civis em crise à
atuação em surtos de doenças, “as mulheres em ações humanitárias estão na linha
de frente”.
Segundo António Guterres, a presença
feminina “torna as operações de auxílio mais eficazes, aumentando seu alcance.
Também melhora a resposta humanitária à violência de gênero, que aumenta
durante as emergências.”
Por ocasião do dia, a organização
incentiva a partilha de histórias desses personagens e que seja reafirmado “o
compromisso de fortalecer o papel das mulheres em operações humanitárias”. Uma
campanha nas redes sociais usa a hastag #WomenHumanitarians.
Ataques Guterres disse que líderes
mundiais e todas as partes em conflitos devem garantir que os funcionários
humanitários sejam protegidos contra danos, como é exigido pela lei
internacional.
O chefe da ONU destaca ainda que
violações graves do direito internacional humanitário e dos direitos humanos
continuam em todo o mundo e “devem ser investigadas e julgadas.”
Ataques
No ano passado ocorreu o segundo
maior número de ataques a trabalhadores humanitários, com 405 funcionários
atacados, 131 mortos, 144 feridos e 130 sequestrados. No total ocorreram 226
incidentes em 2018.
Desde 19 de agosto de 2003, mais de
4,5 mil funcionários humanitários foram mortos, feridos, detidos, sequestrados
ou impedidos de cumprir seus deveres para salvar vidas. As Nações Unidas
estimam que uma média de 280 trabalhadores desse setor sofrem ataques por ano,
um número que corresponde cinco vítimas por semana.
Este ano, o Dia Mundial de
Assistência Humanitária marca 10º aniversário do ataque com um veículo-bomba ao
prédio da ONU em Bagdá, que deixou 24 mortos. Entre as vítimas estava o
brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que era representante máximo das Nações
Unidas no Iraque. Outras dezenas de pessoas ficaram feridas no atentado.
Na
entrada da ONU, em Nova Iorque, está exposta a bandeira da organização que
estava hasteada no prédio do Canal Hotel no momento do ataque em Bagdá. É nesse
ponto na sede da organização que vários trabalhadores realizam uma cerimônia
para lembrar o pessoal que perdeu a vida na capital iraquiana.
Fonte: Vatican News
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