Vincent
Lambert faleceu às 8h24 desta quinta-feira (11/07) no hspital de Reims, na
França. A notícia foi dada pelo sobrinho. Num tuíte, a Pontifícia Academia para
a Vida fala de uma derrota para a nossa humanidade. Em declaração da Sala de
Imprensa da Santa Sé, o pesar pelo falecimento do enfermeiro francês de 42 anos
Cidade do Vaticano
Vincent
Lambert completaria 43 anos em setembro próximo. O enfermeiro francês faleceu
na manhã desta quinta-feira (11/07) no hospital de Reims, no norte da França,
onde se encontrava internado.
Desde
o dia 2 de julho, há nove dias, lhe tinha sido suspensa a alimentação e
hidratação após uma longa batalha legal. Vincent não se encontrava em fim de
vida. Há mais de 10 anos encontrava-se em estado com consciência mínima – para alguns,
em estado vegetativo – para outros, após o acidente automobilístico que o
deixou tetraplégico.
Tuíte
do Pontífice
O Papa Francisco fez vários apelos sobre o caso. Esta
quarta-feira (10/07), num tuíte, o Santo Padre dissera: “Rezemos pelos enfermos que são
esquecidos e abandonados à morte. Uma sociedade é humana se protege a vida,
toda a vida, do início a seu fim natural, sem escolher quem é digno ou não para
viver. Que os médicos sirvam à vida, não a tirem”.
Tuíte
da Pontifícia Academia para a Vida
Esta quinta-feira, num tuíte, a Pontifícia Academia para a Vida
escreve: “Dom
Paglia e toda a Pontifícia Academia para a Vida rezam pela família de Vincent
Lambert, para os médicos, por todas as pessoas envolvidas neste caso. A morte
de Vincent Lambert e sua história são uma derrota para a nossa humanidade”.
Declaração
da Sala de Imprensa da Santa Sé
E no final da manhã desta quinta-feira o diretor interino da
Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, fez a seguinte declaração: “Recebemos
com pesar a notícia da morte de Vincent Lambert. Rezamos a fim de que o Senhor
o acolha em sua Casa e expressamos proximidade a seus entes queridos e a todos
aqueles que, até o último momento, se empenharam em assisti-lo com amor e
dedicação. Recordamos e reiteramos o que disse o Santo Padre, pronunciando-se
sobre esse caso doloroso: Deus é o único dono da vida do início até o fim
natural e é nosso dever protegê-la sempre e não ceder à cultura do descarte”.
A suspensão da hidratação e alimentação autorizada em 2 de julho
tinha sido determinada pelo Tribunal de Recursos que anulara a decisão do
Tribunal de Apelação de prosseguir o tratamento à espera do parecer do Comitê
da Onu para os Direitos das pessoas necessitadas de cuidados especiais.
De fato, o organismo das Nações Unidas tinha solicitado à França
seis meses de tempo para examinar o caso. Jean e Viviane, seus pais, travaram
uma árdua batalha legal para impedir que fossem interrompidas a alimentação e
hidratação do filho, que o mantinham em vida.
A esposa Rachel e os médicos que tratavam dele tinham parecer
contrário. Os médicos consideravam uma “insensata obstinação” mantê-lo em vida.
Para outros houve uma “insensata obstinação” em fazê-lo morrer.
Fonte:
Vatican News
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