Comentando
a parábola do Bom Samaritano, o Papa Francisco recordou o elo indissolúvel que
existe entre o amor a Deus e o amor concreto e generoso pelos irmãos.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do
Vaticano
O Papa Francisco dedicou a alocução
que antecede a oração do Angelus à parábola do Bom Samaritano, proposta pela
liturgia deste XV Domingo do Tempo Comum.
Para
Francisco, esta parábola se tornou paradigmática da vida cristã:
"Tornou-se o modelo de como um cristão deve agir", convidando os
fiéis a lerem o "tesouro" contido no Evangelho de Lucas.
Quem é o próximo?
Neste episódio, Jesus é interrogado por um doutor da lei sobre o
que é necessário para herdar a vida eterna.
Jesus o convida a encontrar a resposta nas Escrituras: “Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, e ao teu próximo
como a ti mesmo!”. Havia, porém, diferentes interpretações sobre quem seria o
“próximo”. Então Jesus responde com esta parábola.
O protagonista é um samaritano, grupo na época desprezado pelos
judeus. Portanto, não é casual a escolha de um deles como personagem positivo
da parábola. Ao longo de uma estrada, o samaritano encontra um homem roubado e
agredido por assaltantes. Antes dele, por aquela estrada, haviam passado um
sacerdote e um levita, isto é, pessoas que se dedicavam ao culto de Deus. Mas não
pararam. O único que lhe presta socorro é justamente o samaritano,
"justamente quem não tinha fé!".
“
Também nós pensamos em tantas pessoas que conhecemos, talvez agnósticas, que
fazem o bem. Jesus escolhe como modelo alguém que não era homem de fé. E este
homem, amando o irmão como a si mesmo, demonstra que ama a Deus com todo o
coração e com todas as forças - o Deus que não conhecia! - e expressa ao mesmo
tempo verdadeira religiosidade e plena humanidade. ”
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