Nossa Senhora Aparecida / Foto:
Wikimedia (Domínio público)
SÃO PAULO, 21 Jun. 19 / 03:00 pm (ACI).- Na última
quinta-feira, 20 de junho, durante o evento evangélico Marcha para Jesus, em
São Paulo (SP), o cantor gospel Fernandinho atacou Nossa Senhora, ao dizer que
“o Brasil não tem uma senhora”; diante disso, Pe. Augusto Bezerra, conhecido
sacerdote da Arquidiocese do Rio e influencer digital, publicou uma resposta
“bíblica”.
A declaração do cantor se deu durante
o seu show na Marcha para Jesus, evento evangélico que anualmente reúne milhões
de pessoas na capital paulista. Entre suas músicas, ele afirmou: “O Brasil não
tem uma senhora, o Brasil tem um senhor, e o nome dele é Jesus”.
Por sua vez, Pe. Augusto Bezerra,
sacerdote da Arquidiocese do Rio de Janeiro e conhecido por seu apostolado nas redes
sociais, publicou em sua página do Facebook uma “resposta ao cantor protestante
Fernandinho”, ao qual questionou: “é sério que você disse que ‘o Brasil não tem
uma senhora’?”.
“A minha resposta a sua pessoa será
bíblica, pois quero que seja bem fundamentalista com o versículo que citarei”,
disse o padre.
Nesse sentido, perguntou: “Não está
lembrado da saudação do Anjo à Virgem Maria? Ele a saúda
de uma maneira muitíssimo específica: ‘Ave, Cheia de Graça’ (Lc 1,28)! Por
acaso, sabe o que quer dizer ‘Ave’ na antiguidade?”.
Pe. Bezerra explicou que esta “era
uma saudação dada exclusivamente ao imperador ou ao rei. E pra não deixar
dúvidas de que era uma saudação extraordinária, diz o versículo seguinte:
‘Perturbou-se ela com essas palavras e pôs-se a pensar no que significaria
semelhante saudação’ (Lc 1,29)”.
“Bem, o arcanjo Gabriel a trata como
senhora, e um filho a trata como qualquer. Mas Ela é sim Senhora, Mãe e Rainha,
quer queira, quer não, e do mundo inteiro: ‘Ave, Rainha, Ave, Senhora, da Luz
do mundo és aurora’!”, completou.
Vale recordar que Nossa senhora
Aparecida é chamada pelos católicos de “Rainha e Padroeira do
Brasil” há mais de um século.
Em 1884, como reconhecimento por uma
graça alcançada, a Princesa Isabel ofereceu à Virgem “uma coroa de ouro 24
quilates, 300 gramas, cravejada de brilhantes”, recorda o Santuário de
Aparecida. “Essa mesma coroa serviu, vinte anos depois, para a solene
coroação da Imagem, por ordem do Papa São Pio X”.
Anos mais tarde, em 1929, aconteceu o
Congresso Mariano em Aparecida (SP), em comemoração pelo jubileu de prata da
coroação de Nossa Senhora. Logo após esse evento, surgiu o desejo de solicitar
ao Papa Pio IX que declarasse Nossa Senhora da Conceição Aparecida, até então
Rainha, agora também Padroeira do Brasil junto com São Pedro de Alcântara, o
santo de devoção da família imperial brasileira.
Conforme recorda o site do Santuário,
este pedido foi enviado pelo Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, o
Cardeal Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra, e acolhido pelo Pontífice em 16
de julho de 1930, em uma carta que afirmava:
“Constituímos e declaramos a
Beatíssima Virgem Maria, concebida sem mancha, conhecida sob o título de
‘Aparecida’ Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus”.
A proclamação solene de Nossa Senhora
Aparecida como Padroeira do Brasil aconteceu em 31 de maio de 1931, no Rio de
Janeiro, então capital do país, durante o ato de Proclamação Patronal.
Estiveram presentes cerca de um milhão de pessoas, entre as quais o então
Presidente da República Getúlio Dornelles Vargas, seus ministros e autoridades
civis e militares.
Posteriormente, recorda o Santuário
mariano, “em 30 de junho de 1980, o então presidente João Figueiredo, sancionou
a Lei Nº 6.802, na qual ficava ‘declarado feriado nacional o dia 12 de outubro,
para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil’”.
Recentemente a Consagração do Brasil
à Nossa Senhora foi renovada em um ato solene em Brasília, que contou com a
presença de parlamentares, bispose religiosos
católicos e do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Para conferir o texto de Pe. Augusto,
clique AQUI.
Fonte:
ACI Digital
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