domingo, 30 de junho de 2019

TRUMP E KIM NO CONFIM COREANO: BOM EXEMPLO DE CULTURA DO ENCONTRO




Após o Angelus, o Papa Francisco falou do encontro entre Donald Trump - primeiro presidente dos EUA a entrar na Coreia do Norte - e o mandatário norte-coreano Kim Jong-un em Panmunjon, no confim entre as duas Coreias
Alessandro Di Bussolo / Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano
“Um bom exemplo de cultura do encontro”: com essas palavras, o Papa Francisco comentou ao meio-dia deste domingo (30/06), após recitar a oração mariana do Angelus, o encontro ocorrido pela manhã em Panmunjon – localidade construída na linha de demarcação militar estabelecida pelo armistício de 1953 entre a Coreia do Sul e do Norte – entre o presidente estadunidense Donald Trump e seu homólogo norte-coreano Kim Jong-un.
O Pontífice saudou os protagonistas, “com a oração a fim de que tal gesto significativo constitua um passo ulterior no caminho da paz, não somente naquela península, mas em favor do mundo inteiro”.

Proposta de Trump: nos vemos após o G20 do Japão

Proposta pelo presidente Trump, que sábado concluiu o G20 em Osaka, no Japão, os dois líderes se encontraram na linha do 38º paralelo, onde durante a guerra entre 1950 e 1953 morreram muitos coreanos e aliados estadunidenses (os EUA eram aliados da Coreia do Sul e a paz ainda não foi assinada).

Primeiro presidente EUA a entrar na Coreia do Norte

Trump aproximou-se do confim pouco depois das 3h30 do horário de Brasília. “Gostaria que atravessasse?”, perguntou ao líder norte-coreano. “Ele respondeu que se sentiria honrado”, contou depois à imprensa o presidente dos EUA. “A honra é toda minha”, replicou Trump, atravessando sozinho o confim intercoreano – primeiro presidente dos EUA a fazê-lo.
Os dois se saudaram com um aperto de mãos. “É um prazer ver-te novamente”, disse Trump, e o mandatário norte-coreano respondeu dizendo que “jamais esperaria” que teriam podido se encontrar ali em Panmunjon, situada à distância de cerca de 60Km de Seul, capital sul-coreana.

Kim Jong-un entra na Coreia do Sul

Ambos atravessaram o confim e entraram na Coreia do Sul, detendo-se por alguns minutos com a imprensa. “É um gesto que abre um novo futuro”, disse Kim, enquanto Trump frisou “que foi uma honra” ter sido o primeiro presidente EUA a ir à Coreia do Norte. Pouco depois juntou-se a eles o presidente sul-coreano Moon Jae-in.
Após trocar algumas palavras, os três presidentes se dirigiram juntos à Freedom House, no estado sul-coreano, onde Kim e Trump se reuniram num encontro bilateral informal.

3º encontro Trump – Kim Jong-un após Cingapura e Hanói

O encontro bilateral durou cerca de uma hora. Trump convidou o mandatário norte-coreano a Washington, afirma a mídia que acompanha o chefe da Casa Branca. Tratou-se do terceiro encontro entre os dois, após os de Cingapura e Hanói. “Nossa relação é excepcional”, comentou Kim Jong-un, dizendo que o gesto do presidente dos EUA de entrar na Coreia do Norte “foi um ato corajoso e determinado”.

Retomada dos colóquios sobre a desnuclearização da Coreia

Durante o encontro, os dois presidentes estabeleceram a retomada dos colóquios operacionais sobre a desnuclearização da península entre EUA a Coreia do Norte, após o falimento do encontro de cúpula do final de fevereiro em Hanói , no Vietnã.
“Nas próximas semanas designarão uma equipe a fim de que se trabalhe um acordo de amplo alcance. É um grande dia. Depois veremos o que acontece”, disse Trump à mídia, após ter acompanhado o líder Kim Jong-un até a linha de demarcação com o Norte, junto com o presidente sul-coreano.

Sul-coreano Moon: foram muito corajosos

“A um certo ponto durante as negociações” falaremos sobre as sanções, que permanecem atualmente em vigor. Trump estimou “em 2-3 semanas” o reinício das conversações. “A velocidade não é importante, o que importa é se ter um acordo amplo”.
Em coletiva de imprensa conjunta em Seul, o presidente sul-coreano Moon Jae-in louvou os dois líderes “por terem sido assim corajosos” ao aceitar o encontro. “Espero que o presidente Trump entre na história como o presidente que alcançou a paz na península coreana”, disse ele.


Após Angelus, o Papa comenta encontro Trump-Kim Jong-un

Fonte: Vatican News

"PROVAS" QUE DEUS EXISTE ?


padre brendan
padre brendan
Recentemente uma pessoa me pediu para explicar “as cinco provas” de Santo Tomás de Aquino para a existência de Deus. Obviamente essas “provas” não devem ser entendidas como provas empíricas que se baseia só na experiência. De fato não são provas no sentido estrito da palavra, mas ajudam pessoas pensantes chegarem à conclusão da existência de Deus através da inteligência.
A primeira “prova” baseia-se no princípio da causalidade. Pelos efeitos que constatamos, chegamos à causa. Onde há um efeito deve haver uma causa. Como exemplo, vamos examinar uma árvore: das folhas passamos aos ramos, ao tronco, descemos às raízes, chegamos à semente. E, na semente, quem colocou a árvore em potencial, a vida? Nada pode ser a causa de si mesmo porque a causa é sempre maior que o efeito. Assim chegaremos a primeira causa que não foi causada. Alguém?
A segunda “prova” fundamenta-se no princípio de movimento. Todo movimento supõe um primeiro impulso, alguém que, lá no começo, deu o primeiro empurrão. Alguém? A terceira “prova” apela para o conceito de contingência. O ser contingente, isto é, transitório, que pode existir ou não existir, supõe o ser necessário, subsistente ao existente. O contingente, o que pode “não ser”, só se explica se existir o que não pode “não ser”. Em outras palavras, o relativo não existe sem o absoluto ou o necessário. Este absoluto pode ser Deus?
A quarta “prova” talvez possa ser chamada a prova da ordem na natureza. O homem percebe que há uma organização no Cosmo, desde a movimentação das estrelas e planetas, até a organização encontrada nas plantas, nos corpos dos seres vivos, nas estações e na natureza em geral. Há realmente uma tendência inata nos seres para uma ordem e uma organização. Assim, o homem chega a concluir pela existência de uma inteligência que organizou e comanda essa organização toda. Esta suprema inteligência pode ser Deus?
A quinta “prova” é interessante. O homem dotado de inteligência e liberdade, percebe em si uma “lei interior” que sempre o adverte da moralidade de seus atos ou, em outras palavras, uma consciência moral. O homem percebe a existência e necessidade de uma sanção moral que recompensa o bem e pune o mal. Assim ele conclui que existe um legislador dessa lei moral, essa consciência. Alguém de ser a Lei Suprema. Deus? Assim, através de sua inteligência e filosofia, o homem pode verificar vários atributos de Deus como: a onipotência, a onisciência, a eternidade, a bondade etc. Porém, mais uma vez, tenho que dizer que estas “provas” não são suficientes para a crença em Deus. O dom da fé é um dom gratuito, iluminado pela revelação provem da graça divina e é concedido por Deus aos seus escolhidos, ou para citar o Catecismo da Igreja Católica: “A graça é o favor, o socorro gratuito, que Deus nos dá para responder a seu convite para tornar-nos filhos de Deus…” (No.1996).
Pe. Brendan Coleman Mc Donald,
Redentorista

NO ANGELUS, O AGRADECIMENTO DO PAPA AOS ARCEBISPOS QUE RECEBERAM O PÁLIO



Neste sábado (29/06), solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Francisco recordou e agradeceu com afeto os Arcebispos Metropolitanos, que receberam os Pálios abençoados, entre os quais três provenientes do Brasil: Dom Dario Campos, arcebispo de Vitória (ES), Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Montes Claros (MG) e Dom João Inácio Müller, arcebispo de Campinas (SP)
Manuel Tavares - Cidade do Vaticano
Após a celebração Eucarística da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica Vaticana, o Santo Padre assomou à janela da Residência apostólica, para rezar a oração do Angelus com os numerosos peregrinos e fiéis presentes na Praça São Pedro.

Apóstolos Pedro e Paulo sustentam edifício da Igreja

Em sua alocução mariana, o Papa voltou a falar sobre a figura dos Santos Pedro e Paulo, representados nos ícones sagrados como aqueles que sustentam o edifício da Igreja, que recordam as palavras do Evangelho de hoje, no qual Jesus diz a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. E Francisco explicou:
É a primeira vez que Jesus pronuncia a palavra Igreja. Porém, gostaria de convidar-lhes a meditar, de modo particular, não tanto no substantivo, mas no adjetivo da palavra “minha Igreja”. Jesus não fala da Igreja como uma realidade exterior, mas expressa seu grande amor por ela. Ele é apaixonado pela Igreja, por nós; ele ama a sua Igreja como sua esposa”.
Para Jesus, disse o Papa, nós não somos um grupo de fiéis ou uma organização religiosa, somos a sua esposa. Ele olha com ternura a sua Igreja, a ama com fidelidade absoluta, apesar das nossas faltas e traições. Como outrora disse a Pedro, hoje também diz a nós a “minha Igreja”. E acrescentou:
Também nós podemos repetir “minha Igreja”. Não o devemos dizer, porém, com um sentido de pertença exclusiva, mas com amor inclusivo. Não para sermos diferentes dos outros, mas para sentirmos a beleza de estar com os outros, porque o Senhor quer que estejamos unidos e abertos aos outros. A Igreja é minha. Por isso, devemos cuidar dela, sustentá-la com amor fraterno como os dois Apóstolos no ícone”.

Apreciar a qualidade dos outros, sem maldade ou inveja

Em outro ícone, recordou ainda Francisco, os Santos Pedro e Paulo são representados como abraçados, apesar da sua diversidade: um era pescador e o outro fariseu, com muitas experiências de vida, carácter, modo de ser e sensibilidade diferentes. Por isso, entre eles não faltaram opiniões contrastantes e debates sinceros. Mas, o que mais os unia era infinitamente maior: Jesus, Senhor de ambos. E o Papa ponderou:
Irmãos na fé, eles nos convidam a redescobrir a alegria de sermos irmãos e irmãs na Igreja. Nesta festa, que une dois Apóstolos tão diferentes, devemos aprender a apreciar a diversidade, as qualidades dos outros; reconhecer seus dons, sem maldade ou inveja. Quanto é belo saber que compartilhamos da mesma fé, do mesmo amor, da mesma esperança e do mesmo Senhor”.
 
O Santo Padre concluiu a sua alocução mariana, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, recordando as palavras conclusivas do Evangelho de hoje, no qual Jesus diz a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”. Ele nos chama “minhas ovelhas” com a mesma ternura com a qual dizia a “minha Igreja”. Eis o carinho que edifica a Igreja.
Por isso, o Papa exortou os fiéis a pedir, hoje, “a graça de amar a nossa Igreja, de ser irmãos e irmãs e de ter um coração que saiba acolher a todos, com o mesmo amor de Jesus por nós”.

Agradecimento ao Patriarcado Ecumênico de Constantinopla

Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos, presentes na Praça São Pedro, Francisco fez uma saudação, de modo particular, aos romanos para que reajam com senso cívico aos sinais de degradação moral e material que, infelizmente, existem na Cidade Eterna.
A seguir, expressou sua gratidão à Delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, que todos os anos participa da solenidade de São Pedro, em Roma, por meio da qual envia sua saudação cordial e fraterna à Sua Santidade Bartolomeu I.

Arcebispos brasileiros que receberam o Pálio

Por fim, Francisco recordou e agradeceu com afeto os Arcebispos Metropolitanos, que receberam hoje os Pálios abençoados, entre os quais três provenientes do Brasil: Dom Dario Campos, arcebispo de Vitória (ES), Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Montes Claros (MG) e Dom João Inácio Müller, arcebispo de Campinas (SP).

Fonte: Vatican News

EVANGELHO DO DIA

 Mateus 16, 13-19

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-19

Naquele tempo: 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" 14Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas". 15Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" 16Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". 17Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz es tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus". Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



30 DE JUNHO DE 2019

DOMINGO SOLENIDADE DE

SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Cor Vermelho

1ª. Leitura – At 12, 1-11


Leitura dos Atos dos Apóstolos 12,1-11

Naqueles dias, 1o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los.  2Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 
3E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos. Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa.  5Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. 7Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: "Levanta-te depressa!" As correntes caíram-lhe das mãos. 8O anjo continuou: "Coloca o cinto e calça tuas sandálias!" Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: "Põe tua capa e vem comigo!" 9Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. 10Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. 11Então Pedro caiu em si e disse: "Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!" Palavra do Senhor.

Reflexão - “O Senhor deseja também nos libertar das prisões

O portão abriu-se sozinho”, porque a Igreja rezava continuamente a Deus por ele”. Pedro, que era um homem fraco e cheio de defeitos, mas impulsivo e metido a corajoso estava agora preso em prisão reforçada e se submetia às ordens de Herodes. No entanto, quando Deus mandou o Seu anjo, abriram-se as portas, desamarraram-se as correntes fazendo com que ele passasse diante das guardas, livremente, porque a Igreja rezava continuamente. Quando a Igreja ora unida, o poder de Deus prevalece e o Seu plano tem continuidade. Deus tinha um propósito para Pedro a quem Jesus entregara as chaves do reino do céu na terra. Ele tinha uma missão definida! Assim também acontece conosco. Somos libertos para realizar a obra que Deus nos entregou. O Senhor não nos liberta somente para que estejamos livres, soltos, folgados, mas para que cumpramos bem a nossa missão. Por isso o anjo recomendou a Pedro: “coloca o cinto e calça tuas sandálias; “põe tua capa e vem comigo”. Colocar o cinto, calçar as sandálias e pôr a capa significa estar pronto e preparado para enfrentar desafios e dificuldades, com o apoio, da Palavra, da Oração, da Eucaristia, da devoção à Maria.  Pedro percebeu o poder de Deus, caiu em si, e continuou firme e confiante a sua caminhada. O Senhor deseja também nos libertar das prisões nas quais estamos encarcerados (as). Essas prisões são os estados em que vivemos: amedrontados (as) no pecado, depressivos (as), obcecados (as) pelos valores do mundo. Tudo o que nos prende e nos sufoca, não nos deixando tempo nem condições de amar e servir a Deus, se constitui para nós uma prisão. O trabalho muitas vezes nos aprisiona; o sucesso também é uma forma de nos tirar a liberdade; e assim também muitas situações da nossa vida.  Por isso, o Senhor manda os seus anjos para abrir o portão que nos impede de ter comunhão com Ele. São eles, as pessoas que intercedem por nós e, às vezes, nem sabemos quem sejam. Por isso, há necessidade de que, mesmo sem que as pessoas nos peçam, nós façamos orações pelos pecadores, porque assim o mundo todo será beneficiado.

 - Faça uma analogia do cinto, da calça e da sandália com algo espiritual que você precisa assumir. 
-  Você já entendeu para que Jesus o (a) liberta?
 – Você ainda se sente preso (a) ao pecado? 
– Você tem o costume de orar pelos pecadores? 
  – Por quem você tem rezado ultimamente? 
– Faça uma avaliação da sua intercessão    Você tem intercedido pela Igreja e Pelo Santo Papa? 
– Você acha que isto é necessário?

Salmo 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5)
R.De todos os temores me livrou o Senhor Deus. 

2Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, * seu louvor estará sempre em minha boca. 
3Minha alma se gloria no Senhor;* que ouçam os humildes e se alegrem! R. 

4Comigo engrandecei ao Senhor Deus, * exaltemos todos juntos o seu nome! 
5Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, * e de todos os temores me livrou. R. 

6Contemplai a sua face e alegrai-vos, * e vosso rosto não se cubra de vergonha! 
7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, * e o Senhor o libertou de toda angústia. R. 

8O anjo do Senhor vem acampar * ao redor dos que o temem, e os salva. 
9Provai e vede quão suave é o Senhor! * Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! R.

Reflexão - A certeza de que o Senhor nos livra de todos os temores é a nossa motivação para enfrentarmos as dificuldades. Por isso podemos rezar o salmo 33: “o anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem”.  É feliz o homem que tem o senhor por seu refúgio porque irá sentir a suavidade do Seu amor e não temerá mal nenhum.

 

2ª. Leitura – II Tm 4, 6-8.17-18


Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 4,6-8.17-18

Caríssimo: 6Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 
7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 
8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças;ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 
18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém. Palavra do Senhor.

Reflexão – “A nossa recompensa virá do alto.

Paulo e Pedro, as duas colunas da Igreja tiveram chamados distintos, porém há algo em comum entre eles: ambos viveram a conversão antes de assumirem cada um o seu papel na Igreja de Jesus Cristo. Paulo, era um homem forte, decidido e firme, porém, cheio de si. No entanto, mesmo assim, ele foi como Pedro escolhido por Deus para servir ao Evangelho. São Paulo não conviveu com Jesus Cristo, contudo foi com o próprio Jesus que ele apreendeu toda a mensagem evangélica. Nesta carta a Timóteo, o próprio Paulo faz um relato da missão que ele viveu como coluna da Igreja. Com a consciência tranquila pelo dever cumprido ele espera do alto a recompensa pela sua luta. Apesar de exaltar a sua fé e sua fidelidade, ele proclama que tudo o que lhe aconteceu foi porque o Senhor esteve sempre ao seu lado. Assim também podemos pensar nós todos que vivemos e lutamos pelo Evangelho. A nossa recompensa virá do alto e não será aqui na terra que teremos a recompensa pelo nosso trabalho. A certeza do bom combate nos deixará serenos (as) quanto a nossa vida futura. Um dia, com a graça de Deus, todos nós poderemos também anunciar: “combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”!  O Senhor também está do nosso lado e nos liberta de todo o mal. É Ele quem nos ajuda no cumprimento da nossa missão de homens e mulheres a serviço do reino de Deus aqui na terra.

 – Você tem certeza da vitória final? 
– Você espera receber a coroa de Deus? 
– Por que você pode afirmar isto? – Quem lhe garante isso?

Evangelho – Mt 16, 13-19

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-19

Naquele tempo: 13Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" 14Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas". 15Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" 16Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". 17Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz es tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus". Palavra da Salvação.

Reflexão - “as chaves do reino dos céus

Com o propósito de fazê-los participantes do mistério da Salvação, Jesus quis dar ciência aos Seus discípulos de quem era Ele, enquanto caminhava com eles na Sua missão evangelizadora. Por isso, os motivava a que refletissem a Seu respeito, e lhes inquiria: “E vós quem dizeis que eu sou?” Ele os provocava a fim de que eles próprios se situassem e tivessem conhecimento espiritual da Sua verdadeira identidade. Todos nós precisamos ter convicção da nossa missão aqui na terra, portanto é também muito importante ter conhecimento acerca de nós mesmos, e de quem somos para aqueles (as) com quem nos relacionamos e interagimos. Cada um de nós tem uma incumbência muito especial aos olhos de Deus. Somos instrumentos Seus na concretização do Plano de Salvação. E, por isso, a nossa maneira de ser e de agir, as nossas aptidões naturais vão dando o matiz para que as pessoas nos ajudem a descobrir a nossa vocação. Quanto mais temos consciência de quem somos aos olhos do nosso próximo, mais facilmente poderemos descobrir o nosso carisma e, consequentemente a missão que a nós foi destinada por Deus.   No entanto, para que possamos entender a nossa identidade e das pessoas que nos cercam precisamos entrar em comunhão com o Espírito Santo, que nos convence da verdade e ilumina a nossa inteligência. Inspirado pelo Espírito Santo Simão foi aquele que apontou a verdadeira identidade de Jesus. Por isso, o próprio Jesus o congratulou!   Ele soube escutar a revelação do Pai e proclamar que “Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo”. E foi aí, então, que Jesus o conscientizou da sua missão aqui na terra, dando-lhe poder e autoridade para ser o chefe da Sua Igreja. “Tu és Pedro”, disse Jesus, mostrando que o seu nome identificava a sua missão de pedestal da Igreja nascente. Quando entregou a Pedro as chaves do reino dos céus, Jesus mostrou que o reino dos céus começa aqui na terra, na Igreja que Ele fundou e que tem autoridade para ligar ou desligar.   Somos felizes na medida em que, como Pedro, também reconhecemos que “Jesus é o Cristo o Filho do Deus vivo”, por isso está no meio de nós.   

-   Você também diante de Deus tem um nome que designa uma missão muito especial.     O que pode significar? Pergunte ao Espírito Santo!
 - Você sabia que tudo o que você fizer na terra, terá também repercussão no céu?
 -  Dê a você mesmo (a) um nome que designe uma virtude, uma qualidade, ou uma maneira de ser. 

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho



SANTO DO DIA - PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA


Depois da solenidade universal dos apóstolos São Pedro e Paulo, a liturgia nos apresenta a memória de outros cristãos que se tornaram os primeiros mártires da Igreja de Roma, por isso, protomártires.
O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus, principalmente nos momentos mais difíceis que todos nós temos. Os mártires viveram tudo em Cristo.
No ano de 64, o imperador Nero pôs fogo em Roma e acusou os cristãos. Naquela época a comunidade cristã, vítima de preconceitos, era tida como uma seita, e inimiga, pois não adoravam o Imperador.
Qualquer coisa que acontecia de negativo, os cristãos eram acusados. Por isso, foram acusados de terem posto fogo em Roma, e a partir daí, no ano 64, começaram a ser perseguidos.
Os escritos históricos em Roma narram que os cristãos eram lançados nas arenas para servirem de espetáculo ao povo, junto às feras. Cobertos de piches, como tochas humanas e muitos outros atos atrozes. E a resposta era sempre o perdão e a misericórdia.
O Papa São Clemente I escreveu: “Nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao nosso criador.”
Protomártires da Igreja de Roma, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

sábado, 29 de junho de 2019

QUADRILHA "O REDENTOR" NA COMUNIDADE DA LIBERTAÇÃO


Hoje, dia 29 de junho, o Arraiá da Comunidade Libertação, com apresentações das quadrilhas "O Redentor" e uma outra, dentro da programação cultural da Paróquia São João Eudes, no bairro Luciano Cavalcante. Primeiramente, `18h30miin, haverá a Santa Missa. E ainda na programação, venda de comidas típicas. 

PAPA: A ÚNICA MEDIDA POSSÍVEL PARA QUEM SEGUE JESUS É AMAR SEM MEDIDA



"Os Apóstolos, tendo encontrado Jesus e experimentado o seu perdão, testemunharam uma vida nova: não mais se pouparam, deram-se a si mesmos. Não se contentaram com meias medidas, mas adotaram a única medida possível para quem segue Jesus: a dum amor sem medida", disse o Papa na Missa este 29 de junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano
“A santidade não está no elevar-se mas em humilhar-se: não é uma subida na classificação, mas confiar dia a dia a própria pobreza ao Senhor, que realiza grandes coisas com os humildes.” Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na Basílica Vaticana na manhã deste sábado, 29 de junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, na qual abençoou os pálios destinados aos trinta e um arcebispos metropolitanos nomeados nos últimos doze meses, dos quais três brasileiros.
Na homilia da santa missa concelebrada, entre outros, por estes arcebispos metropolitanos de recente nomeação, o Pontífice ateve-se à figura dos Santos Pedro e Paulo, colunas da Igreja que em Roma sofreram o martírio qual testemunhas do Evangelho.
De fato, Francisco destacou que os dois apóstolos “aparecem aos nossos olhos como testemunhas. Nunca se cansaram de anunciar, viver em missão, a caminho, desde a terra de Jesus até Roma. E aqui levaram o seu testemunho até ao fim, dando a vida como mártires”.
A partir daí, o Papa desenvolveu sua reflexão sobre Pedro e Paulo qual testemunhas de vidatestemunhas de perdão e testemunhas de Jesus.

Testemunhas de vida

Testemunhas de vida… e, todavia, as suas vidas não foram límpidas nem lineares, destacou o Pontífice. “Eram ambos de índole muito religiosa: Pedro, discípulo da primeira hora; Paulo, acérrimo defensor das tradições dos pais. Mas cometeram erros enormes: Pedro chegou a negar o Senhor; Paulo, a perseguir a Igreja de Deus”.
Jesus chamou-os pelo seu nome e mudou a sua vida. E, depois de todas estas aventuras, fiou-Se deles, dois pecadores arrependidos. Poderíamos perguntar-nos: Porque é que o Senhor não nos deu duas testemunhas integérrimas, com a ficha limpa, com a vida ilibada? Porquê Pedro, quando havia João? Porquê Paulo e não Barnabé? – frisou Francisco, acrescentando que nisto encerra-se uma grande lição:
“O ponto de partida da vida cristã não está no fato de ser dignos; com aqueles que se julgavam bons, bem pouco pôde fazer o Senhor. Quando nos consideramos melhores que os outros, é o princípio do fim. O Senhor não realiza prodígios com quem se crê justo, mas com quem sabe que é necessitado. Não é atraído pela nossa habilidade, não é por isso que nos ama. Ele ama-nos como somos, e procura pessoas que não se bastam a si mesmas, mas estão prontas a abrir-Lhe o coração. Pedro e Paulo apresentaram-se assim transparentes diante de Deus.”
Pedro disse-o imediatamente a Jesus: «Sou um homem pecador». Paulo escreve que era «o menor dos apóstolos, nem [era] digno de ser chamado Apóstolo». E, na vida, mantiveram-se nesta humildade até ao fim, prosseguiu o Papa.

Testemunhas de perdão

Qual foi o segredo que, no meio das fraquezas, os fez continuar para diante? O perdão do Senhor, disse Francisco. “Descubramo-los, pois, como testemunhas de perdão.
“Nas suas quedas, descobriram a força da misericórdia do Senhor, que os regenerou. No seu perdão, encontraram uma paz e alegria irreprimíveis. Com o mal que fizeram, poderiam viver com sentimentos de culpa: quantas vezes terá Pedro pensado na sua negação! Quantos escrúpulos para Paulo, que fizera mal a tantas pessoas inocentes! Humanamente, faliram; mas encontraram um amor maior do que os seus fracassos, um perdão tão forte que curava até os seus sentimentos de culpa. Só quando experimentamos o perdão de Deus é que renascemos verdadeiramente. Recomeça-se daqui: do perdão.”

Testemunhas de Jesus

Testemunhas de vida, testemunhas de perdão, Pedro e Paulo são sobretudo testemunhas de Jesus, continuou o Pontífice. “Para a testemunha, mais do que um personagem da história, Jesus é a pessoa da vida: é o novo, não o já visto; a novidade do futuro, não uma lembrança do passado. Por isso, não é testemunha quem conhece a história de Jesus, mas quem vive uma história de amor com Jesus. Porque, no fundo, o que a testemunha anuncia é apenas isto: Jesus está vivo e é o segredo da vida”, disse ainda.
Diante destas testemunhas, interroguemo-nos: Renovo eu cada dia o encontro com Jesus? Talvez sejamos curiosos sobre Jesus, talvez nos interessemos por coisas de Igreja ou notícias religiosas. Abrimos sites e jornais, e conversamos sobre coisas sagradas. Mas, assim, ficamos no que dizem os homens, nas sondagens, no passado. Mas isto, a Jesus, interessa-Lhe pouco. Não quer repórteres do espírito, e muito menos cristãos de capa de revista. Ele procura testemunhas, que Lhe digam dia a dia: «Senhor, Tu és a minha vida», ressaltou o Papa.
“Os Apóstolos, tendo encontrado Jesus e experimentado o seu perdão, testemunharam uma vida nova: não mais se pouparam, deram-se a si mesmos. Não se contentaram com meias medidas, mas adotaram a única medida possível para quem segue Jesus: a dum amor sem medida.”
Francisco exortou-nos a pedir “a graça de não ser cristãos tíbios, que vivem de meias medidas, que deixam resfriar o amor. Encontremos as nossas raízes na relação diária com Jesus e na força do seu perdão. Como a Pedro, Jesus pergunta também a ti: Quem sou Eu, para ti? Amas-me tu? Deixemos que estas palavras penetrem dentro de nós e acendam o desejo de não nos contentarmos com o mínimo, mas de apontar para o máximo: sermos, também nós, testemunhas vivas de Jesus”.

Os pastores não vivem para si mesmos, mas para as ovelhas

O Papa concluiu referindo-se aos pálios precedentemente por ele abençoados no início da celebração eucarística. Destacou que o pálio recorda a ovelha que o Pastor é chamado a carregar aos ombros: “é sinal de que os Pastores não vivem para si mesmos, mas para as ovelhas; é sinal de que, para possuir a vida, é preciso perdê-la, dá-la”.
Dos trinta e um arcebispos metropolitanos precedentemente mencionados, os três são brasileiros são o de Vitória (ES), Dom Dario Campos; o de Montes Claros (MG), Dom João Justino de Medeiros Silva; e o de Campinas (SP), Dom João Inácio Mϋller.
Por fim, Francisco saudou a Delegação do Patriarcado Ecumênico, presente na celebração, “segundo uma bela tradição”, frisou. “A vossa presença lembra-nos que não podemos poupar-nos sequer no caminho rumo à plena unidade entre os crentes, na comunhão em todos os níveis.”

Fonte: Vatican News