No dia 14 de maio de 2019 a Igreja Católica celebra a festa de São Matias, que foi discípulo do Senhor tão constante que o acompanhou durante três anos de vida pública, sem separar-se nunca dele. Não chegou, contudo, a pertencer ao grupo mais íntimo dos doze apóstolos. Porém, após a traição de Judas Iscariotes, “lançaram sorte e a sorte caiu em Matias, que foi incorporado aos onze apóstolos” (At 1, 26). Ocupou o posto que Judas havia deixado, ao enfocar-se na árvore” (cf. Dicionário dos Santos). Para ser membro do grupo dos apóstolos Pedro exigiu: “Deve ser um daqueles que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus andou entre nós, desde quando João anunciava o batismo até o dia em que Jesus foi levado ao Céu e ter visto o ressuscitado” (At 1, 21-22). Assim apresentaram dois homens: José, chamado Barsabás, apelido o Justo e também Matias. São Pedro exigiu três requisitos para o ministério apostólico: pertencer aos que seguiam Jesus desde o começo, ser chamado e enviado. Como foi dito Matias foi escolhido. Dele sabemos também que junto com os apóstolos e a Mãe de Jesus recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecoste. O texto sagrado não diz mais dele (op. cit. p. 179).
Notícias posteriores dizem que Matias era provavelmente natural de Belém. Pregou o Evangelho na Palestina, na Ásia Menor e na Judeia onde foi apedrejado até a morte em Colchis. A lenda apócrifa situa Matias pregando na Judeia e mais tarde na Capadócia, junta ao Mar Cáspio. Outra versão o desloca até Etiópia onde foi apedrejaram, queimaram os olhos e foi depois decapitado (cf. Acta Sanctorum (1658), p.158) . A mãe de Constantino Magno, Santa Helena, trouxe suas supostas relíquias para Roma. Uma parte destas supostas relíquias é venerada na Igreja antiquíssima de Treves, na Alemanha, e outra na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma (cf. O Santo do Dia, p.211).
A festa de São Matias nos relembra a triste apostasia de Judas Iscariotes, a quem Matias substituiu no Colégio dos Apóstolos. Há indícios históricos também de que Matias era um dos setenta e dois discípulos que foram enviados por Jesus. A história deixa-nos, portanto, por completo ignorância relativamente ao tempo e ao lugar da morte ou martírio de Matias.
Pe. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1
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