Dirigindo-se ao povo de Deus, saudando o Papa Francisco e manifestando seu apoio ao trabalho do Sumo Pontífice na tarefa de ser uma Igreja misericordiosa, hospitaleira e em saída, no enfrentamento dos muitos e complexos desafios e na preparação para o Sínodo para a Amazônia, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente eleito da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, que presidiu a Santa Missa de enceramento da 57ª Assembleia Geral da Conferência, nesta sexta-feira (10), no Santuário Nacional em Aparecida (SP), deu início à sua homilia.
“Queremos que chegue ao coração do Santo Padre o quanto nós, bispos do Brasil, a nossa Conferência e todo amado povo de Deus que tanto o ama da nossa profunda comunhão neste caminho missionário”, disse.
Dom Walmor também saudou e pediu ao povo uma salva de palmas aos bispos que estiveram à frente da Presidência da CNBB no último quadriênio, na pessoa do arcebispo de Brasília (DF), cardeal Sergio da Rocha, o arcebispo de Salvador (BA), dom Murilo Krieger, e o bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Leonardo Steiner, aos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e a todos os colaboradores da Conferência.
E continuou: “quero saudar de modo muito especial aos irmãos que compõem agora a Presidência nessa nossa tarefa missionária, mas também muito amorosa de continuarmos esse caminho bonito, na importância grande, incontestável de credibilidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com todos aqueles que presidirão as Comissões, neste caminho bonito nosso quando enfrentamos, é verdade, enormes desafios. Talvez até enchendo um pouco e medo ou de não clareza no caminho, mas como uma oportunidade de ouro de darmos uma resposta nova porque nós temos uma reserva que não é nossa, é do coração Deus na força de sua Palavra e na fortaleza da sua graça para ajudar o mundo a abrir-se ao amor de Deus e para ajudar a nossa sociedade brasileira pelo diálogo para encontrar um novo caminho”, destacou.
Ao refletir sobre as leituras de hoje, o arcebispo, trouxe a trajetória missionária do apóstolo Paulo narrada na leitura do livro do Atos dos Apóstolos, que destaca as três grandes viagens missionárias, os desafios enfrentados, as perseguições e que foram vencidos e superados em nome de Deus.
“Se quisermos dar ao nosso humano a força que ele precisa, se quisermos ter a força para estarmos de pé para não nos faltar a sabedoria, não nos deixar pender em polarização alguma. É preciso cultivar essa profunda intimidade com Ele [Jesus]. Esse é o nosso caminho, não há outro. Esse é o serviço que queremos prestar para que todos os outros serviços que prestarmos se desbordem na verdade do amor, na promoção da justiça e na alegria de sermos irmãos e irmãs uns dos outros. Essa é a lógica que somos chamados a aprender, a lógica que o apóstolo Paulo aprendeu e, por isso, se tornou essa grande referência”, ressaltou.
Antes de encerrar sua homilia, Dom Walmor rogou a Deus que o trabalho na CNBB seja o ponto de encontro da colegialidade que é o voltar em primeiro a Ele, Cristo e cultivar a partir Dele a alegria do respeito fraterno, do respeito das diferenças fazendo delas uma grande riqueza.
E finalizou declamando um poema de Cecilia Meireles.
Fonte: CNBB“’Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo’”.
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