Durante
a viagem apostólica à Bulgária, que começa no domingo (5), o Papa Francisco vai
visitar um campo de refugiados na capital, Sófia, a maior cidade do país e uma
das mais antigas da Europa. A Caritas local já ajuda com programas de formação
e apoio, como cursos de língua e assistência a domicílio.
Barbara Castelli, Andressa Collet –
Cidade do Vaticano
A atenção do Papa chega aos últimos
também durante a viagem apostólica à Bulgária e Macedônia do Norte, entre 5 e 7
de maio. O Pontífice abraçar as realidades geralmente esquecidas pela
sociedade.
Na
segunda-feira, 6 de maio, em caráter privado, Francisco vai visitar um campo de
refugiados em Sófia. A responsável do setor de Comunicação da Caritas local,
Vanya Klecherova, espera que esse gesto de Francisco “possa encorajar para um
clima de acolhimento”, além de ajudar todos a entenderem “que somos iguais nas
vulnerabilidades. Devemos nos ajudar entre si, como bons cristãos e boas
pessoas. Talvez esse seja o único caminho pelo qual podemos criar um lugar
melhor para viver”.
A Caritas na Bulgária e o apoio aos últimos
Desde 1993, a Caritas local atende os mais pobres e os oprimidos
do país, oferecendo serviços sociais, educativos e de saúde, além de responder
às situações de emergência. No ano passado, segundo Vanya, a instituição ajudou
mais de 5 mil pessoas necessitadas, entre elas: cerca de 550 idosos, 86
mulheres desfavorecidas e suas crianças, mais de mil moradores de rua e cerca
de 2.700 refugiados:
“Um
dos grupos mais vulneráveis é aquele dos idosos: a maior parte deles vive em
solidão, em pequenas vilas, onde não há acesso à assistência sanitária de que
precisam. Entre os serviços que a Caritas oferece está o fornecimento de
remédios, visitas médicas a domicílio e assistência social. Um outro grupo de
pessoas vulneráveis é aquele de moradores de rua, a quem oferecemos um teto,
comida, roupa e assistência social. Aos refugiados, diversos programadas são desenvolvidos,
como o ensino da língua para ajudar a encontrar um trabalho. Também temos um
programa de formação e organizamos encontros entre os representantes de
empresas e os refugiados que procuram emprego. Um outro projeto de assistência
a domicílio ajuda os refugiados a encontrar uma boa acomodação ou um pouso
temporâneo. Na Bulgária, há dois centros desse tipo e a Caritas é a única
organização que oferece serviços às pessoas que precisam desses centros de
assistência.”
O dever de ajudar os refugiados
O referencial de mídia na Bulgária para o Alto Comissário das
Nações Unidas para os Refugiados, Borislav Grozdanov, deposita muita esperança
na visita do Papa Francisco ao campo de refugiados em Sófia, na próxima
segunda-feira. Segundo ele, em entrevista a Marie Duhamel, “o tema não causa
muita preocupação no país”, já que são pouco mais de 2 mil pessoas nessa
situação para uma população de 6 bilhões.
A visita do Pontífice “vai ajudar todos a refletir sobre a
questão dos refugiados que estão aqui por causa da guerra, não porque querem,
mas porque foram obrigados e não tiveram escolha”, afirmou Borislav:
“Penso
que o Papa dirija sempre uma mensagem muito importante à humanidade, ou seja,
procura ajudar aqueles que não são fortunados, quem é vulnerável, sejam eles
refugiados ou outro grupo de pessoas."
“
A sua mensagem é uma advertência: devemos ajudar os refugiados. ”
Fonte: Vatican News
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