Na
Audiência Geral, o Pontífice deu prosseguimento ao ciclo de catequese sobre o
Pai-Nosso, explicando hoje a penúltima invocação: "Não nos deixeis cair em
tentação" (Mt 6, 13).
Bianca Fraccalvieri – Cidade do
Vaticano
Este 1º de maio foi dia de trabalho
para o Papa Francisco, que acolheu na Praça São Pedro milhares de fiéis e
peregrinos para a Audiência Geral.
O Pontífice deu prosseguimento ao
ciclo de catequese sobre o Pai-Nosso, explicando hoje a penúltima invocação:
"Não nos deixeis cair em tentação" (Mt 6, 13).
Esta
invocação, afirmou, nos introduz no âmago do drama, isto é, no terreno do
confronto entre a nossa liberdade e as insídias do maligno. Independentemente
da interpretação do texto, deve-se excluir que Deus seja o protagonista das
tentações que pairam sobre o caminho do homem.
Sempre conosco
“Os cristãos não lidam com um Deus invejoso, em competição com o
homem, ou que gosta de colocá-lo à prova", disse Francisco. Pelo
contrário, quando o mal aparece na vida do homem, combate ao seu lado, para que
possa ser libertado. “Um Deus que combate por nós, não contra nós. É um Pai. É
nesse sentido que rezamos o Pai-Nosso."
Deus está sempre conosco, prosseguiu o Papa: "Quando nos dá
a vida, durante a vida, nas alegrias, nas provações, na tristeza, nos fracassos
quando pecamos. Mas sempre conosco porque é Pai, não pode nos abandonar".
Diabo não é coisa antiga
Se somos tentados em fazer o mal, negando a fraternidade com os
outros e desejando um poder absoluto sobre tudo e todos, Jesus já combateu por
nós essa tentação.
Jesus foi tentado no deserto pelo Satanás. A sua vida pública
começou assim, recordou o Papa. Alguns recriminam: “Mas por que falar do diabo,
é uma coisa antiga, não existe. Mas o Evangelho nos ensina que Jesus enfrentou
o diabo. E saiu vitorioso".
Quando Jesus se retira para rezar no Getsêmani, seu coração é
invadido por uma angústia indescritível, e Ele experimenta a solidão e o
abandono a ponto de pedir aos seus amigos: "Ficai aqui e vigiai
comigo" (Mt 26, 38). Eles adormeceram.
Mas no tempo em que o homem conhece sua provação, Deus ao invés
vigia.
Fonte: Vatican News
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