7
DE ABRIL DE 2019
DOMINGO
DA QUINTA
SEMANA
DA QUARESMA
Cor: Roxo
1ª Leitura - Is 43,16-21
Leitura do Livro
do Profeta Isaías 43,16-21
16Isto diz o Senhor, que abriu uma passagem no mar e um caminho entre águas impetuosas; 17que pôs a perder carros e cavalos,
tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se: 18'Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. 19Eis que eu farei coisas novas, e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis? Pois abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca. 20Hão de glorificar-me os animais selvagens, os dragões e os avestruzes, porque fiz brotar água no deserto e rios na terra seca para dar de beber a meu povo, a meus escolhidos. 21Este povo, eu o criei para mim e ele cantará meus louvores. Palavra do Senhor.
Reflexão – “O
Espírito Santo é o motivador das “coisas
novas” em nós”
Hoje também nós podemos nos colocar no contexto desta profecia de Isaías como protagonistas da grande obra de vida nova que o Senhor nos preparou e, assim, nos encher de esperanças e caminhar por uma estrada também nova. Assim como abriu para o povo que saía do Egito, uma passagem no mar e um caminho entre as águas, o Senhor nos promete abrir também um caminho no deserto e fazer correr rios na terra seca da nossa existência. O deserto significa as dificuldades da nossa vida e os desafios que temos de vencer, assim como também as barreiras que precisamos ultrapassar. Por isso, diz o Senhor: “Não relembreis coisas passadas.... eis que eu farei coisas novas!” Deus deseja fazer em nós uma obra nova a cada dia mostrando-nos novos horizontes, nos dando nova disposição e uma mentalidade diferente daquela que nos foi imposta pelo mundo. Não precisamos mais olhar para trás! A graça de Deus é o que nos renova e, com efeito, já passou tudo o que era velho e gasto. Precisamos, pois, nos apossar dessa graça de um novo tempo no qual podemos nos apoiar nas promessas de Deus, que nos escolheu para ser o seu povo e, assim entoar louvores a Ele. As “coisas novas” que o Senhor nos promete, aconteceram, acontecem e acontecerão de acordo com a nossa fé, a nossa paciência, e a nossa esperança. Mesmo que estejamos no deserto e na solidão, ou mesmo na hora da morte, precisamos ter convicção de que o Senhor faz brotar água no ermo do nosso interior e rios na terra seca da nossa alma, para matar a nossa sede de beber. O Espírito Santo é o motivador das “coisas novas” em nós, portanto, precisamos estar abertos à sua ação para que as novidades aconteçam na nossa vida.
– Você é daquelas pessoas que recordam as coisas passadas e não percebem o que se passa hoje?
– Você tem esperança no que virá amanhã?
– Você está aberto (a) às novidades do Espírito Santo de Deus?
– Jesus abriu uma estrada no deserto do seu coração, ande por ela!
Salmo - Sl 125,1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R. 3)
R. Maravilhas fez conosco o
Senhor,
exultemos de alegria!
1Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,*
parecíamos sonhar;
2aencheu-se de sorriso nossa boca,*
2bnossos lábios, de canções.R.
2cEntre os gentios se dizia: 'Maravilhas*
2dfez com eles o Senhor!'
3Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,*
exultemos de alegria!R.
4Mudai a nossa sorte, ó Senhor,*
como torrentes no deserto.
5Os que lançam as sementes entre lágrimas,*
ceifarão com alegria.R.
6Chorando de tristeza sairão,*
espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão,*
carregando os seus feixes!R.
exultemos de alegria!
1Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,*
parecíamos sonhar;
2aencheu-se de sorriso nossa boca,*
2bnossos lábios, de canções.R.
2cEntre os gentios se dizia: 'Maravilhas*
2dfez com eles o Senhor!'
3Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,*
exultemos de alegria!R.
4Mudai a nossa sorte, ó Senhor,*
como torrentes no deserto.
5Os que lançam as sementes entre lágrimas,*
ceifarão com alegria.R.
6Chorando de tristeza sairão,*
espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão,*
carregando os seus feixes!R.
Reflexão - Nunca poderemos perder a
esperança de que o Senhor assim como já fez, faz e fará maravilhas conosco. A
prova da nossa fé e esperança será, porém, a alegria com que nós caminhamos. O
Senhor está sempre apto a nos reconduzir para perto Dele, mesmo que passemos
por momentos de tristeza e de lamento. Os que choram espalhando a semente do
reino, com certeza cantarão de alegria no momento da colheita.
2ª Leitura - Fl 3,8-14
Leitura da Carta
de São Paulo aos Filipenses 3,8-14
Irmãos: 8Na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele eu perdi tudo. Considero tudo como lixo,
para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele, 9não com minha justiça provindo da Lei, mas com a justiça por meio da fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé. 10Esta consiste em conhecer a Cristo, experimentar a força da sua ressurreição,
ficar em comunhão com os seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na sua morte, 11para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos. 12Não que já tenha recebido tudo isso, ou que já seja perfeito. Mas corro para alcançá-lo,
visto que já fui alcançado por Cristo Jesus. 13Irmãos, eu não julgo já tê-lo alcançado. Uma coisa, porém, eu faço: esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente. 14Corro direto para a meta, rumo ao prêmio, que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus. Palavra do Senhor.
Reflexão –
“correr direto para a meta”
“Considero tudo como lixo, para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele”! Esta é a mensagem central desta carta de São Paulo aos Filipenses! Conhecer Jesus Cristo e segui-Lo até onde Ele nos levar é o objetivo principal do ser cristão. “Por causa dele eu perdi tudo!”, afirma São Paulo. No entanto, São Paulo deixa bem claro que isto pode acontecer conosco, não por causa da nossa justiça, porque somos perfeitos e cumpridores da lei, mas por meio da fé no próprio Jesus que é a justiça de Deus para cada um de nós. Se estivéssemos firmes nesta verdade a nossa vida de cristãos seria muito mais edificante. Somos convidados, a esquecer tudo o que ficou para trás, as nossas fraquezas, o nosso pecado, as nossas faltas e correr para a meta, que são os braços misericordiosos do Pai a quem Jesus veio nos religar. Cada afirmação de São Paulo, nesta carta, é, para nós, como um maná descido do céu alimentando a nossa alma e revigorando a nossa fé em Jesus Cristo. Com efeito, São Paulo nos motiva a conhecer a Cristo e experimentar a força da Sua ressurreição, tendo comunhão com Ele nos sofrimentos e nas dificuldades para, no final, alcançar a vitória junto com Ele. É necessário, porém, que tenhamos a firme convicção de que também poderá ser preciso que cheguemos a “perder tudo” considerando como “lixo” todas as coisas das quais usufruímos, temos apego e nos apoiamos, como se fossem pilares da nossa felicidade. Conhecer a Jesus Cristo é ter com Ele uma experiência de salvação, um verdadeiro encontro pessoal e, por isso, estar unido a Ele, não por causa da Lei que pode nos intimidar, mas por meio da fé que nos garante a justiça de Deus. Quando verdadeiramente conhecemos a Jesus Cristo também somos movidos a considerar tudo o mais como lixo. É o novo homem que nasce e tem como meta receber o “prêmio que, do alto, Deus o chama a receber em Cristo Jesus!”
- Será esse também, o seu pensamento e o seu sentimento?
– Será que conhecer a Cristo, participar da sua Cruz e ressuscitar com Ele, também é o seu ideal?
– Será que você já está convencido de que perder tudo para ganhar Cristo é a ambição da sua alma?
- Para onde você está correndo?
– O que você pretende com a sua luta, com a sua vida?
– O que tem importância ou não na sua vida?
Evangelho - Jo 8,1-11
+ Proclamação do Evangelho
de Jesus Cristo segundo João 8,1-11
Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?'
6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho,
com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?'
11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse: 'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.' Palavra da Salvação.
Reflexão – “quem
poderá atirar a primeira pedra?”
Os mestres da lei e os fariseus faziam de tudo para desmoralizar Jesus, no entanto, na medida em que Lhe armavam carapuças, mais Ele se firmava na missão de redentor dos homens. A redenção de Jesus é fundamentada na Misericórdia do Pai e é isto que Ele deseja nos ensinar até os dias de hoje. Aquela mulher que fora surpreendida em adultério, segundo a Lei, teria que ser apedrejada, todavia, enquanto todos queriam cumprir a Lei dos antigos, Jesus a perdoava para que se cumprisse a Lei da Misericórdia de Deus. O Evangelho de hoje é, pois, para nós uma verdadeira lição de Misericórdia. Assim sendo, diante da revolta dos que estavam ali, Jesus nem precisou argumentar muito nem debater com os acusadores daquela mulher adúltera. Somente com o gesto de escrever na areia Ele derrubou os seus argumentos quando disse: “quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Diante de tal apelação eles se afastaram começando pelos mais vividos e, por isso, mais experientes. Jesus conhecia tanto o coração dos acusadores como o daquela mulher acusada e usava a misericórdia do Pai como parâmetro para o seu julgamento. “Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais!” Diante de tudo isso, devemos ter muito cuidado quando tivermos que enfrentar situações de “pecados” das pessoas com quem convivemos. Nunca teremos autoridade para condenar alguém porque pecou nem tampouco lhe atirar pedra porque errou. Somente o Senhor conhece os corações, os motivos e as razões de todos. Ele também conhece o nosso pecado, mas não nos julga, entretanto, apela para nossa consciência e nos propõe conversão! Jesus não isentou aquela mulher do seu pecado, mas também não a condenou nem lhe jogou pedra. Pelo contrário, usou de misericórdia e lhe propôs uma vida nova. Que assim, também, aprendamos a compreender as fraquezas do nosso próximo ajudando-o a reencontrar o caminho novo que o Senhor abre para ele. A conversão daquela mulher partiu da misericórdia que Jesus usou para com ela. Se ela tivesse sido apedrejada, com certeza, não teria se convertido, talvez, pudesse ter se emendado, com medo de infringir a lei, no entanto a revolta e a dor permaneceriam dentro do seu coração, portanto sejamos misericordiosos como Jesus.
- Você tem aprendido com Jesus a ser misericordioso (a)?
– Você costuma também condenar e jogar pedras nas pessoas porque erram?
– Com quem você tem traído a confiança de Deus?
– Qual o seu menor pecado?
– Será que o pecado tem tamanho?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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