Francisco
recebeu jornalistas alemães nesta quinta-feira (4), no Vaticano, e atribuiu
importantes responsabilidades à classe num período atual vivido por uma
“evolução preocupante no mundo”, no que tange a liberdade e a dignidade das
pessoas. O Papa acrescentou que as Igrejas católica e evangélica auxiliam nesse
caminho.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
O
Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (4), na Sala dos Papas, no Vaticano,
um grupo de jornalistas católicos e evangélicos da Alemanha. A delegação
participa de um encontro entre as Igrejas e os canais públicos de comunicação
daquele país.
Ao iniciar o discurso, o Pontífice saudou os jornalistas e também representantes da Conferência Episcopal Alemã presentes na audiência, além de se congratular pelo evento que reúne as Igrejas e a mídia pública da Alemanha, numa “expressão do diálogo vivo” que “gera compreensão, abre horizontes” e oferece uma oportunidade para “uma troca livre e aberta de informações, opiniões e análises”.
“
Isso vai em benefício dos homens e das mulheres do país de vocês. Encorajo o
seu empenho de fazer com que sejam fatos, ao invés de fake news; objetividade,
ao invés de boatos; pesquisa de precisão, ao invés de títulos aproximativos. ”
O
Papa Francisco, então, atribuiu importantes responsabilidades aos jornalistas
presentes que produzem o material que vai ao ar nos canais públicos da Alemanha
ao afirmar:
“Há
algum tempo estamos assistindo a uma evolução preocupante no mundo: a
contestação do direito à vida, a eutanásia que está avançando, a negação da
igualdade social, a falta de integração, a violação da dignidade humana e da
liberdade de consciência. Nesse contexto, aos media públicos cabe a
responsabilidade de tomar uma decisão definida para o bem precioso da liberdade
humana.”
Francisco
acrescentou que inclusive as Igrejas apoiam os jornalistas nesse caminho, já
que foi confiada a elas a missão de Cristo. O Pontífice, ao finalizar o
discurso, ainda agradeceu pelo trabalho desenvolvido em prol da comunicação e
convidou que, sempre dentro da atividade diária do jornalismo, haja espaço para
divulgar as “boas notícias”.
“
Como jornalistas, vocês colocam as pessoas ao centro da atenção, com a intenção
de oferecer a sua contribuição para que a vida delas seja e permaneça digna de
ser vivida. Espero que, nas reportagens de vocês, nunca faltem as coisas boas,
as tantas boas notícias que valem a pena ser contadas e que dão esperança. ”
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