Papa
Francisco realizou sua 19a visita paroquial na Diocese de Roma. Na tarde de
domingo, se reuniu com os fiéis da paróquia de São Júlio, não muito distante do
Vaticano.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do
Vaticano
A tarde de domingo (07/04) foi de
oração, reflexão e festa para os fiéis da paróquia romana de São Júlio, situada
no bairro de Monteverde, que recebeu a visita do Papa Francisco.
O
Pontífice foi acolhido pelo seu vigário para a Diocese de Roma, cardeal Angelo
De Donatis, pelo bispo auxiliar do setor Oeste, dom Paolo Selvadagi, pelo
pároco pe. Dario Frattini, e pelo pe. Rinaldo Guarisco, superior geral dos
Cônegos Regulares da Imaculada Conceição, aos quais é confiada a paróquia.
A Crisma é o sacramento da fortaleza, não do adeus à Igreja
Antes de celebrar a missa, o Papa se reuniu com os vários grupos
que formam a comunidade paroquial debaixo de uma tenda. Devido ao
desmoronamento de parte da paróquia, os fiéis passaram os últimos três anos
realizando as atividades e celebrando a missa numa estrutura coberta de lona.
Francisco respondeu a algumas perguntas, sendo uma delas sobre
as dúvidas acerca da fé.
“Devemos apostar numa coisa: na fidelidade de Jesus. Jesus é
fiel, o único totalmente fiel. Não devemos ter medo da fidelidade”, disse o
Papa a uma animadora catequética.
“Ensine os jovens a duvidar. Em Roma se diz que a Crisma é o
sacramento do adeus, isso acontece porque os jovens não sabem como administrar
as dúvidas. Mas a Crisma deve ser o sacramento da fortaleza que o Espírito
Santo nos dá.”
Intimidade com Jesus
O Papa confidenciou que chegou a duvidar da fé diante das
calamidades, de acontecimentos de sua vida, mas afirmou que não se sai sozinho
das dúvidas, que é necessário a companhia de uma pessoa que ajude a ir avante,
além da intimidade com Jesus.
O Santo Padre relatou que recebeu uma carta dias atrás de um
jovem de 30 anos, que se dizia “despedaçado” depois de uma experiência amorosa
falida. “Nestes casos, aconselhou o Papa, é preciso olhar para Jesus,
lamentar-se com Ele. Todos caímos. O único momento em que é lícito olhar uma
pessoa de cima para baixo é na hora de ajudar alguém a se levantar.”
O Pontífice saudou em seguida as crianças e suas famílias e
confessou três jovens e uma mãe. Com a finalização das obras, a missa presidida
por Francisco previa o Rito de Dedicação do Altar. O Papa não pronunciou a
homilia.
Fonte: Vatican News
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