No
título da Exortação escolhido pelo Papa, Christus vivit, está contida a
mensagem fundamental que o Santo Padre quer transmitir aos jovens, ou seja,
Cristo não pertence apenas ao passado, mas também ao presente e ao futuro.
Silvonei José – Cidade do Vaticano
"A Igreja é jovem quando recebe
a força sempre nova da Palavra de Deus, da Eucaristia, da presença de Cristo e
da força do seu Espírito: quando é capaz de voltar continuamente à sua
fonte". Foi o que escreveu nos dias passados o Papa Francisco, lançando um
novo tweet na conta Pontifex, inspirado na exortação apostólica pós-sinodal
sobre a juventude Christus vivit, publicada nesta semana no
Vaticano.
Com
a Exortação apostólica pós-sinodal Christus vivit, o Papa Francisco
leva à conclusão, com a autoridade de sucessor de Pedro, o caminho sinodal que
ele mesmo iniciou em outubro de 2016, quando anunciou o tema da XV Assembleia
Geral Ordinária: "Os jovens, a fé e o discernimento vocacional". O
próprio Papa afirma no parágrafo 3 que o Documento é “uma pedra miliar no
âmbito de um caminho sinodal”.
A
Exortação, já na sua publicação, certamente com a visão de uma “Carta de um
amigo” para muitos amigos, é também a carta “magna” para o futuro da pastoral
juvenil e vocacional nas diversas realidades das comunidades eclesiais
presentes em todo o mundo. A “carta” Christus vivit aos
jovens do mundo inteiro está estritamente ligada ao Documento final do
Sínodo, ao qual acrescenta ulteriores e preciosos elementos de reflexão.
Francisco escreve que para a realização da Exortação se deixou
inspirar na riqueza das reflexões e dos diálogos do Sínodo do ano passado. “Não
vou conseguir reunir aqui todas as contribuições”, que os jovens podem ler no
Documento Final. Mas o Papa afirma também que procurou levar em conta, na redação
da carta, as propostas que lhe pareciam mais significativas.
No título escolhido pelo Papa, Christus vivit, está contida
a mensagem fundamental que o Santo Padre quer transmitir aos jovens e com eles
também aos adultos, a todos nós: ou seja, Cristo não pertence apenas ao
passado, mas também ao presente e ao futuro. Cada geração de fiéis descobre em
Cristo um contemporâneo e um companheiro de viagem. Ao mesmo tempo, o Papa
Francisco acrescenta que Cristo vivo pede a todos os homens e especialmente aos
jovens que sejam, "vivos", isto é, pessoas que acolhem, até o fim, o
dom da vida e o faz frutificar no amor.
O Papa espera que os jovens compreendam plenamente a sua
existência, apesar das contradições e dificuldades do mundo atual, do momento
atual, para animar a Igreja e o mundo com o entusiasmo da sua idade; uma Igreja
e um mundo que não raramente parecem envelhecidos.
Esta exortação apostólica é uma carta dirigida principalmente
aos jovens. Por esta razão, em muitos momentos do texto o Papa se dirige
diretamente a eles, chamando os jovens - no nosso português do Brasil -, de
vocês: vocês, queridos jovens, você caro jovem. É o mesmo estilo que
caracteriza Francisco nos seus encontros com a juventude, um estilo feito de
proximidade, franqueza, simplicidade, ternura e simpatia.
Ao mesmo tempo o Papa Francisco pede uma Igreja aberta,
"sem medos", para poder escutar as mudanças que pedem os jovens, uma
Igreja livre daqueles que a querem envelhecer, que a querem ancorada no
passado, que a querem lenta e imóvel".
O Papa conclui a sua longa carta dirigindo-se diretamente aos
jovens: "A Igreja precisa do seu impulso, das suas intuições, da sua
fé...". E pede-lhes: "quando chegarem onde ainda não chegamos, tenham
a paciência de esperar por nós".
Recordamos, a exortação pós-sinodal sobre os jovens "é dada
a todos", para contribuir a tornar as novas gerações atrizes e
protagonistas na Igreja do terceiro milênio, para que possamos nos comprometer
a rejuvenescer o seu rosto em uma hora crucial da história.
Fonte: Vatican News
Nenhum comentário:
Postar um comentário