Marisa Macicior / Foto: Captura
Youtube
MADRI, 15 Abr. 19 / 11:12 am (ACI).- Marisa Macicior é a
única vocação que as Clarissas de Monzon (Espanha) tiveram nos últimos anos,
segundo a jovem explicou em um vídeo publicado poucos dias depois de sua
entrada no convento, no qual assegurou: "Sou mais feliz do que fui em toda
a minha vida".
Marisa Macicior é uma jovem de 23
anos que em 2018 entrou no convento de clausura das Clarissas de Monzón
(Espanha) e, no dia 2 de março deste ano, recebeu o hábito, ou seja, iniciou
formalmente o noviciado nesta congregação em uma cerimônia presidida pelo Bispo
da Diocese de Barbastro-Monzón, Dom Ángel Pérez.
Poucos dias depois de ingressar no
mosteiro, em abril de 2018, Marisa explicou ao site da diocese como encontrou
sua vocação e por que decidiu entrar neste mosteiro de clausura.
"Embora eu venha de uma família
cristã, quando eu era pequena, vivia com a típica ‘sou fiel não
praticante’", assegurou Marisa ao recordar que foi sua tia Marta quem lhe
deixou maravilhada com a fé.
Contou que sua tia lhe disse que ia
para um retiro, ela pensou que estava se referindo ao parque do Retiro que fica
em Madri e não a um retiro espiritual. "Eu acabei no colégio de Cluny.
Quando comecei a ir aos retiros, meus pais também o fizeram e continuam até
hoje. Desde então, tem sido um caminho de encontro, porque Deus existe, Deus
quer e Deus fala", assegurou.
Nesse sentido, Marisa explicou que a
descoberta de sua vocação religiosa foi um processo, "pouco a pouco fui
conhecendo uma pessoa que está viva e é real". Entrar no grupo de Oblatos
de Maria Imaculada foi definitivo para ela. "Tivemos um convívio para
preparar um acampamento e percebi que estava muito longe de Deus",
indicou.
Em um momento de dificuldade, Marisa
pediu a seu diretor espiritual para fazer um retiro de alguns dias e fui ao
mosteiro das Clarissas de Monzón “com a única intenção de me encontrar com Deus
e reorganizar minha vida”.
O retiro durou seis dias e Marisa
garante que não retornou para sua casa em Madri com a decisão de ser Clarissa,
mas com "a convicção de que tinha que viver uma vida autêntica".
Segundo explicou, durante os dias que
passou com as religiosas ficou comovida com "a coerência das irmãs" e
ficou profundamente tocada por "querer ser muito coerente com a minha
fé", porque no mosteiro se encontrou "face a face com Ele", e
também consigo mesma.
Por isso, começou a sentir a
necessidade de ir à Missa,
receber a comunhão e rezar todos os dias; e, "em meio a esse silêncio,
Deus começou a tocar muitas coisas que estavam em meu coração".
No entanto, foi durante a Jornada
Mundial da Juventude (JMJ) na Polônia, quando "o Senhor se colocou
sério", porque ela sentia que "queria algo mais".
Ao retornar da JMJ, Marisa contou que
percebeu que havia muitas coisas em seu coração que ela não poderia
compartilhar com seu namorado, que era ateu.
Depois de terminar esse
relacionamento, começou um processo de discernimento. "Voltei a Monzón com
as irmãs e comecei a conhecer a vida de Santa Clara. Foi bonito e muito
comovente, porque em sua forma de responder ao Senhor, eu encontrei a maneira
que eu queria viver a minha vida", indicou a jovem.
Marisa assegurou que Santa Clara é
"fascinante" e o que mais a atraiu foi "sua maneira tão real e
coerente de responder a Deus".
"Um aspecto chave é a pobreza,
que eu nunca havia vivido. Não ser nada para que Ele seja tudo é muito simples,
mas plenifica a vida. A sensação que temos na sociedade atual é que quanto mais
temos é melhor, mas a realidade é que não estamos sendo felizes. Não estou aqui
nem duas semanas e já sou mais feliz do que fui em toda a minha vida”, indicou
Marisa.
Também garantiu que nunca amou
ninguém como "ama a Deus agora, e sinto que ainda não o amo nada. O coração
vibra de forma diferente". Insistiu ainda que diria aos jovens que
"não se conformem com uma felicidade de fim de semana”, porque "está
em jogo a sua vida".
Apesar de agora viver em um mosteiro
de clausura, Marisa afirmou que ali encontrou uma "verdadeira
liberdade", porque a pessoa "não é mais livre por ter muitas opções
para fazer as coisas que não quer fazer, mas é verdadeiramente livre quando
escolhe o que quer fazer e o faz".
Fonte:
ACI Digital

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