sábado, 27 de abril de 2019

HÁ CINCO ANOS, FRANCISCO CANONIZAVA JOÃO PAULO I I E JOÃO XXIII



Dois novos Santos, dois Papas amados que tornaram a Igreja sempre mais parecida com Cristo. Há cinco anos, no dia 27 de abril de 2014, no Domingo da Divina Misericórdia, o Papa Francisco canonizava João Paulo II e João XXIII, na presença do Papa Bento XVI.
Benedetta Capelli - Cidade do Vaticano
A Praça São Pedro ainda ornamentada com as cores da Páscoa da Ressurreição, perfumada pelas flores, mas acima de tudo de santidade. É 27 de abril de 2014, o centro do cristianismo oferece ao mundo o testemunho de "dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo", o rosto da bondade e da misericórdia de Deus.
O Papa Francisco assim define João XXIII e João Paulo II na homilia da Missa celebrada na Praça São Pedro, na presença de mais de 500 mil pessoas, provenientes de diversas partes do mundo.
Santos no Domingo da Divina Misericórdia

É o Domingo da Divina Misericórdia, instituído por João Paulo II em 1992, no primeiro domingo depois da Páscoa, a chamada Domenica in albis. Uma decisão também inspirada nas visões da Irmã Faustina Kowalska, a religiosa polonesa que viveu no início do século XX e canonizada pelo próprio Wojtyla no ano 2000.
Na Missa na Praça São Pedro, também a presença de Bento XVI, escolhido por João Paulo II em 1981 para guiar a Congregação para a Doutrina da Fé, e seu sucessor no trono de Pedro. Um verdadeiro vínculo de amizade na fé.
O milagre que permitiu a canonização de João Paulo II foi a cura de uma grave lesão cerebral em Floribhet Mora, em 1º de maio de 2011, dia de sua beatificação. Para João XXII, tratou-se de uma canonização Pro gratia, isto é, sem a comprovação de algum milagre.
Viam Jesus em cada sofredor

Francisco define os dois Papas como aqueles que "tiveram a coragem de olhar para as feridas de Jesus, para tocar suas mãos chagadas e seu lado traspassado". Eles não se envergonharam da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua Cruz;  não tiveram vergonha da carne do irmão, porque em cada pessoa sofredora viam Jesus ”. Olharam e amaram. Dois homens contemplativos, cheios de "esperança viva" e de "alegria indescritível e gloriosa", capazes de restituir ao mundo e à Igreja os dons recebidos de Deus.
Pastores do Povo de Deus

Santos capazes de seguir em frente e fazer crescer a Igreja, explica Francisco, que descreve João XXIII como o Papa da docilidade ao Espírito Santo. Ao convocar o Concílio Vaticano II em 1959, “deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito ”.
"O Papa da Família" foi como Francisco definiu por sua vez João Paulo II; uma luz para o caminho rumo ao Sínodo por ele anunciado em outubro de 2013. O Papa os chama de "pastores do povo de Deus", aos quais recomenda de nos ensinar "a não escandalizar-nos das chagas de Cristo, a entrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama".

Fonte: Vatican News

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