31 DE MARÇO DE 2019
DOMINGO DA IV SEMANA
DA QUARESMA
Cor Roxo
1ª Leitura Js
5, 9ª.10-12
Leitura do Livro de Josué 5,9a.10-12
Naqueles
dias: 9ao Senhor disse
a Josué: 'Hoje tirei de cima de vós o opróbrio do Egito'. 10Os
israelitas ficaram acampados em Guilgal e celebraram a Páscoa no dia catorze do
mês, à tarde, na planície de Jericó. 11No
dia seguinte à Páscoa comeram dos produtos da terra, pães sem fermento e grãos
tostados nesse mesmo dia. 12O
maná cessou de cair no dia seguinte, quando comeram dos produtos da terra. Os
israelitas não mais tiveram o maná. Naquele ano comeram dos frutos da terra de
Canaã. Palavra do Senhor.
Reflexão - “Entrar na terra
prometida é assumir a vida nova no Espírito”
A
leitura nos revela como o povo de Israel, agora livre da escravidão do Egito,
celebrava a Páscoa, provando dos frutos próprios da terra, pois, não havia mais
necessidade do maná que eles recebiam no deserto. Eles, agora, alimentavam-se,
do que colhiam do seu próprio cultivo. Fazendo uma analogia com a nossa vida
humana e espiritual, também poderemos refletir, qual tem sido o alimento da
nossa alma e do nosso espírito, durante o tempo em que estamos vivendo. Comer
dos frutos da terra poderá ser para nós, o alimentar-se daquilo que a nossa
humanidade tem semeado em si mesma, para abastecer-se. Assim, pois, podemos
estar comendo frutos bons ou ruins, na medida em que estamos deixando
espargirem-se dentro de nós as sementes que a Palavra de Deus põe em nossas mãos.
O Senhor Deus, como um Pai providente, está sempre colocando em nossas mãos a
boa semente para o nosso cultivo e consequente colheita dos frutos que saciam a
nossa alma e o nosso espírito. Frutos de amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio... No entanto, o inimigo também se esforça para
nos oferecer a semente imprestável que, muitas vezes, assemelha-se ao que Deus
nos propõe e, por isso, enganados, nos sujeitamos a comer do veneno que pode
nos levar à morte. Entrar na terra prometida é assumir a vida nova no Espírito
que Jesus nos propõe quando nos oferece salvação. Jesus já nos salvou, no
entanto, podemos ou não nos apossar desta salvação dependendo da nossa abertura
para as Suas propostas. A Terra que Deus nos prometeu produz frutos bons que
nos levam à santidade e à justiça, conforme estejamos abertos à semeadura do
Senhor que nos faz viver a vida nova na nova terra que Ele nos oferece.
– Do que você tem se alimentado nessa sua
caminhada terrena?
– O que o seu coração tem oferecido para que você se
alimente?
– A Palavra de Deus tem sido semente para você?
– Quais são os frutos
bons e os frutos maus que você tem provado?
– Você tem provado dos frutos do
amor de Deus?
Salmo
33,2-3.4-5.6-7 (R.9a)
R. Provai e vede quão suave é o
Senhor!
2Bendirei
o Senhor Deus em todo o tempo,*
seu louvor estará sempre em minha boca.
3Minha alma se gloria no Senhor;*
que ouçam os humildes e se alegrem! R.
seu louvor estará sempre em minha boca.
3Minha alma se gloria no Senhor;*
que ouçam os humildes e se alegrem! R.
4Comigo
engrandecei ao Senhor Deus,*
exaltemos todos juntos o seu nome!
5Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,*
e de todos os temores me livrou. R.
exaltemos todos juntos o seu nome!
5Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,*
e de todos os temores me livrou. R.
6Contemplai
a sua face e alegrai-vos,*
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,*
e o Senhor o libertou de toda angústia. R.
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,*
e o Senhor o libertou de toda angústia. R.
Reflexão - O Senhor liberta da angústia
todo aquele (a) que Nele se confia. Quem confia no Senhor e reconhece que só
Ele é a Salvação pode ser chamado (a) de humilde. A humildade é o
reconhecimento da verdade da nossa limitação e da santidade e justiça de Deus
que é a sua misericórdia. Clame ao Senhor e serás atendido (a)!
2ª. Leitura –
II Cor 5, 17-21
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos
Coríntios 5,17-21
Irmãos:
7Se alguém está
em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. 18E
tudo vem de Deus,
que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. 19Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação. 20Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. 21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus.Palavra do Senhor.
que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. 19Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação. 20Somos, pois, embaixadores de Cristo, e é Deus mesmo que exorta através de nós. Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus. 21Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornemos justiça de Deus.Palavra do Senhor.
Reflexão - “assumir o Senhorio de Jesus e abraçar a Salvação”
Nesta
carta São Paulo nos mostra como poderemos assumir o novo ser que Jesus veio nos
oferecer, quando diz: “se alguém está em
Cristo, é uma criatura nova.” Portanto, o estar em Cristo é o segredo para
que nos tornemos criaturas novas, reconciliadas com o Pai, com a dignidade de
filhos e filhas. “Tudo agora é novo, o
mundo velho passou”, diz a palavra. Isto significa viver segundo o
Evangelho de Cristo assumindo uma nova mentalidade que nos propõe fazer tudo
diferente do que o mundo prega. Jesus
Cristo veio a terra nos religar ao Pai de quem provém o poder de nos transformar
e converter. Reconciliados com Deus nós poderemos assumir o Senhorio de Jesus e
abraçar a Salvação que Ele conquistou para nós. Jesus se fez pecado, adquiriu a
nossa culpa, afim de que nele, nos tornemos justiça de Deus. Por isso, somos
novas criaturas quando nos apropriamos da mentalidade do céu mesmo que ainda
vivamos aqui na terra como embaixadores de Cristo. Recebemos então, o
ministério da reconciliação para ajudar muitas outras pessoas a também
deixarem-se reconciliar com Deus. Jesus é a justiça de Deus para nós porque
assumiu a nossa culpa sem ser Ele culpado, só por Amor.
– Você se considera um homem novo, uma mulher nova?
– Você já assumiu a função de embaixador
(a) de Cristo aqui na terra?
– Você vive reconciliado (a) com Deus e com o
próximo?
Evangelho – Lc
15, 1-3.11-32
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas 15,1-3.11-32
Naquele
tempo: 1Os publicanos
e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os
fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. 'Este homem acolhe os
pecadores e faz refeição com eles.' 3Então
Jesus contou-lhes esta parábola: 11'Um
homem tinha dois filhos. 12O
filho mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte da herança que me cabe'. E o
pai dividiu os bens entre eles.
13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17Então caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: `Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados'.
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos.
21O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. 22Mas o pai disse aos empregados: `Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.
23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete.
24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: `É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde'. 28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: `Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado'.
31Então o pai lhe disse: `Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; perdido, e foi encontrado'.' Palavra da Salvação.
13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17Então caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: `Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados'.
20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos.
21O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. 22Mas o pai disse aos empregados: `Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.
23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete.
24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: `É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde'. 28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: `Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado'.
31Então o pai lhe disse: `Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; perdido, e foi encontrado'.' Palavra da Salvação.
Reflexão – “o Abraço do Pai”
Ao
mesmo tempo em que é uma amostra do grande amor de Deus por cada um de nós, a
Parábola do filho pródigo também nos leva a refletir sobre o grande pecado da
rebeldia e do orgulho que foi inoculado em nós, a partir dos nossos primeiros
pais. Somos assim como o filho pródigo e o filho mais velho. O filho pródigo
pediu ao Pai a sua herança, porque queria ser livre e seguir o seu próprio
caminho, fazendo o que “lhe desse na telha”! Fracassou, foi malsucedido e,
sentindo na carne os efeitos da sua rebeldia, arrependeu-se e voltou
constrangido, esperando ser abrigado apenas como um dos empregados do seu pai.
Consciente de tudo quanto havia feito de errado, ele regressou confiando apenas
na solidariedade humana do seu genitor. Nunca pensou que seria acolhido com um
ABRAÇO DE PAI! O filho mais velho, por sua vez, orgulhoso e pretensioso, se
achava o máximo porque cumpria com a sua obrigação e fazia tudo conforme manda
o calendário. Arrogante, ele não entendia porque razão o pai teria que oferecer
uma festa para aquele filho ingrato e irresponsável! Assim também nós pensamos
e agimos. Ou queremos liberdade e independência para provar de tudo quanto o
mundo nos oferece e damos as costas para Deus ou então, ficamos na casa do Pai,
por obrigação, cheios de razão e não admitimos que outro venha nos tomar o
lugar de filho “perfeito”!
Muitas
vezes, pensamos que só temos direito ao “abraço do Pai” quando fazemos tudo
certinho e seguimos à risca todas as orientações que estão escritas na lei,
assim como os fariseus e os mestres da Lei que criticavam Jesus. Jesus, no
entanto, nos mostra que o Pai está sempre de braços abertos para acolher o
nosso arrependimento e, espera por nós a cada instante da nossa vida, mesmo que
seja no último minuto. Ele nos leva a descobrir que o arrependimento e a
confiança que tivermos na misericórdia de Deus são o passaporte para que
possamos voltar à casa do Pai e sermos abraçados (as) por Ele. Nunca será tarde para nós, mesmo que muito
tempo já tenha se passado e que tenhamos acabado toda a nossa “fortuna”, isto
é, a nossa intelectualidade, o nosso dinheiro, a saúde, os bens, etc... O Pai
está atento e nos espera para também dizer: “Alegrai-vos comigo!” Só se sente
perdoado (a) e necessitado (a) de perdão quem erra e reconhece que errou. Mesmo
que, como o filho mais velho, tenhamos vivido sempre trabalhando para Deus,
enquanto nos acharmos “sem defeitos” não nos sentiremos amados (as) porque não
tivemos a oportunidade de receber o abraço do Seu perdão.
– Você alguma vez já experimentou o abraço do Pai?
– Você se sente
como o filho mais velho ou como o filho pródigo?
– Qual dos dois sentiu mais o
Amor de Deus?
- Quando
você erra volta-se pra Deus com o coração de filho (a) ou de empregado (a)?
-
Qual a diferença entre ser filho (o) e ser empregado (a)?
– Você acha que o
filho mais velho se comportou com a mentalidade de filho ou de empregado?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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