21 DE MARÇO DE 2019
5ª. FEIRA DA 2ª. SEMANA
DA QUARESMA
Cor Roxo
1ª. Leitura –
Jr 17, 5-10
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 17,5-10
5Isto
diz o Senhor: 'Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na
carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; 6como
os cardos no deserto, ele não vê chegar a floração, prefere vegetar na secura
do ermo, em região salobra e desabitada. 7Bendito
o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor; 8é
como a árvore plantada junto às águas,
que estende as raízes em busca de umidade, por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos. 9Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável; quem poderá conhecê-lo?
10Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder
e conforme o fruto de suas obras. Palavra do Senhor.
que estende as raízes em busca de umidade, por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos. 9Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável; quem poderá conhecê-lo?
10Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder
e conforme o fruto de suas obras. Palavra do Senhor.
Reflexão
- “em
quem estamos pondo a nossa confiança”
Fazendo o paralelo entre o homem que confia em
Deus e a Ele entrega a sua vida e aquele que se afasta do Senhor e põe a sua
confiança nele ou em outro ser humano, o profeta Jeremias faz um paralelo entre uma árvore que é plantada
junto às águas, cujas folhas mantêm-se sempre verdes e os cardos do deserto,
que não veem chegar a floração. Colocando essa comparação na nossa vida
constatamos que é isso mesmo o que acontece quando estamos perto do Senhor e
quando Dele nos afastamos. Quando deixamos de confiar em Deus para confiar nos
homens, sobretudo, em nós mesmos, somos malditos, isto é, condenados a viver o
mal, o pecado, experimentamos o fracasso e entramos nas trevas. Do contrário,
quando nós nos voltamos para Deus e confiamos no Seu poder vitorioso, somos
então, benditos, isto é, motivados a viver o bem, a vida plena, a vitória e
caminhar sob a luz. Bendito, então é aquele que confia em Deus e não depende da
força dos homens! Cada um de nós, então, pode fazer uma
avaliação para observar em quem estamos pondo a nossa confiança para chegarmos
a uma conclusão se somos benditos ou malditos. As consequências dessas duas
condições manifestam-se dentro de nós, no interior do nosso coração: se temos
paz, esperança e fé, mesmo passando por dificuldades é porque somos como uma
árvore plantada junto às águas e, que se conserva verde até no tempo da seca e
nunca deixa de dar frutos. Nesse caso, com certeza, estamos depositando a nossa
confiança e esperança no Senhor e aguardando Dele a orientação para as nossas
ações, produzindo frutos conforme a Sua vontade. Por
outro lado, a revolta, o desassossego, a ira, o ressentimento e a murmuração
são sinais sensíveis da nossa alma quando colocamos a nossa confiança nos
homens, nos negócios, nas facilidades da vida e nos esquecemos de olhar para
Deus. Quando estamos agindo assim, somos tentados, nunca achamos saída para
nossas mazelas e ao mesmo tempo, também nunca estamos satisfeitos (as) com o
que possuímos, queremos sempre mais, e por isso, a nossa vida se torna amarga. Assim sendo, tenhamos cuidado para não
colocarmos a confiança nas criaturas que passam, mas tenhamos sempre em mente
que o Senhor conhece as nossas necessidades e somente Ele poderá nos ajudar.
– Em quem você coloca a sua confiança?
– Você é
muito autossuficiente?
– Você espera muito dos homens ou seu coração está
voltado para Deus?
- Você é como cardo no deserto ou como árvore plantada junto
às águas?
- Nos seus empreendimentos e problemas em quem
você confia mesmo?
Salmo 1,1-2.3.4.6 (R. Sl 39,5a)
R.É feliz quem a Deus se confia!
1Feliz
é todo aquele que não anda*
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,*
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus*
e a medita, dia e noite, sem cessar. R.
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,*
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus*
e a medita, dia e noite, sem cessar. R.
3Eis
que ele é semelhante a uma árvore,*
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar.*
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R.
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar.*
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R.
4Mas
bem outra é a sorte dos perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca*
espalhada e dispersada pelo vento.
6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,*
mas a estrada dos malvados leva à morte. R.
Ao contrário, são iguais à palha seca*
espalhada e dispersada pelo vento.
6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,*
mas a estrada dos malvados leva à morte. R.
Reflexão - O salmo é uma confirmação da
profecia de Jeremias. O salmista faz uma comparação entre as pessoas que andam
conforme os conselhos dos perversos, isto é, dos homens que têm a mentalidade
do mundo e as pessoas que meditam na lei de Deus em todos os momentos da sua
vida. Os que seguem a teoria do mundo
são como a palha seca que se espalha e é dispersa pelo tempo. Porém, os que
andam segundo a Lei do Senhor, prosperam e têm uma vida profícua, portanto, são
felizes.
Evangelho – Lc
16, 19-31
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas 16,19-31
Naquele
tempo, Jesus disse aos fariseus: 19'Havia
um homem rico,
que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21Ele queria matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua,
porque sofro muito nestas chamas'. 25Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida
e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 6E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'.
29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. 31Mas Abraão lhe disse: `Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.'Palavra da Salvação.
que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21Ele queria matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. 22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua,
porque sofro muito nestas chamas'. 25Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida
e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 6E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'.
29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. 31Mas Abraão lhe disse: `Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.'Palavra da Salvação.
Reflexão
– “o pobre e o rico”
A nossa vivência aqui na terra
já pode ser um testemunho de que estamos salvos e um dia iremos viver na
companhia dos anjos ou no meio dos tormentos. É também uma oportunidade
preciosa para que possamos nos apropriar dos “terrenos do céu”. Aquele homem rico
viveu aqui na terra aproveitando-se de tudo o que possuía para refestelar-se e
satisfazer apenas a sua carne, isto é, o seu apetite humano, como se um dia não
tivesse que se apartar do seu penhor. O pobre, por força das circunstâncias
teve uma experiência completamente oposta e provou das agruras da vida por
conta da sua completa miséria. O rico teve todas as chances para bem viver com
a sua riqueza fazendo dela um trampolim para alcançar a vida plena depois que
partisse para a outra existência. Infelizmente, muitos ainda não compreenderam
isso, por isso, a parábola do rico e do Lázaro nos mostra uma situação, ainda
hoje, persistente dentro da nossa realidade de vida. A conjuntura do rico e do Lázaro nos dá uma
amostra do julgamento de Deus. Não
podemos nos confundir achando que a riqueza é uma coisa má, no entanto, há uma
condição imprescindível para que ela seja um instrumento para a nossa salvação:
a de partilharmos os nossos bens e nossos “terrenos da terra” com os outros
moradores. O mal é quando queremos ter tudo só para nós e desprezamos àqueles
que vivem à nossa porta implorando por migalhas porque não possuem o suficiente
para viverem com dignidade. Jesus nos fala que o rico recebe os bens durante a
vida e o pobre, os males, mas que na outra vida dar-se-á o contrário. O pobre
existe para dar ao rico uma chance de empregar os seus bens e assim poder obter
ainda muito mais para ajudar a quem precisar. Jesus também nos mostra a
perspectiva da eternidade para o rico avarento e o pobre humilhado: para o
primeiro a região dos mortos que é a ausência de Deus e para o segundo, o seio
de Abraão, isto é, a presença de Deus, na companhia dos anjos e tendo consolo
para as suas dores. Precisamos refletir no tempo atual da nossa vida quando
temos a oportunidade de pôr em prática todos os ensinamentos de Jesus a fim de
não tenhamos a mesma sorte dos mesquinhos. Assim também, precisamos perceber a
responsabilidade que temos de abrir os olhos das pessoas da nossa família que
ainda estão presas aos seus bens e não olham para os Lázaros que estão batendo
à sua porta.
– Como você está usando os bens que tem recebido aqui na terra?
– Você
sabia que aqui na terra estamos preparando o nosso terreno no céu?
– Você tem
partilhado com alguém de tudo que possui ou tem dado somente migalhas que
sobram da sua mesa?
- Você tem a consciência tranquila diante de Deus?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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