Os dois ataques foram
perpetrados por um único comando formado por quatro pessoas armadas com
metralhadoras.
Cidade do Vaticano
O Papa
Francisco ficou “profundamente entristecido” com a notícia do ataque a tiros
contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, nesta
sexta-feira (15/03), em que 49 pessoas morreram e 48 ficaram feridas, das quais
12 em estado grave.
No telegrama, assinado
pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, Francisco assegura a todos
os neozelandeses, em particular à comunidade muçulmana, “sua solidariedade
sincera”.
“Consciente dos esforços
das forças de segurança e da emergência nesta situação difícil”, o Papa
reza pela cura dos feridos, pelo consolo daqueles que sofrem a perda de seus
entes queridos e por todos aqueles que foram atingidos por essa tragédia,
confiando os que morreram à misericórdia do Deus Onipotente. Por fim, o Papa
invoca ao Senhor conforto e força sobre a Nova Zelândia.
Os ataques foram definidos
pela primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Arden, como “o dia mais triste da
história do país”. Forte a condenação dos atentados também no âmbito
internacional.
Os dois ataques foram
perpetrados por um único comando formado por quatro pessoas armadas com
metralhadoras. Quatro suspeitos foram presos.
Um atirador entrou na
primeira mesquita de Al Noor onde havia 300 fiéis. Matou algumas pessoas e
depois saiu para pegar mais munições em seu carro e continuou atirando contra
os fiéis.
Depois, o ataque na
segunda mesquita. O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que um
dos assassinos é um australiano de extrema direita. Trata-se de Brenton
Tarrant.
A Polícia encontrou
explosivos nos carros e pediu para não compartilhar o vídeo do ataque postado
no Facebook. A empresa está trabalhando para remover as versões.
Um dos agressores gravou
tudo e se definiu numa postagem como supremacista branco que decidiu atacar a
Nova Zelândia para mostrar que também nas áreas mais remotas do mundo existem
imigrações em massa.
Oração e solidariedade dos bispos católicos
Logo depois dos dois
ataques, os bispos católicos da Nova Zelândia enviaram uma mensagem “aos
queridos membros da comunidade muçulmana” neozelandesa de Christchurch,
manifestando sua solidariedade diante dessa violência e assegurando suas
orações.
“Estamos conscientes das
boas relações que temos com os muçulmanos nessa terra e estamos abalados pelo
fato que tenha acontecido num lugar e num momento de oração. Estamos
profundamente tristes pelas pessoas mortas e feridas, e os nossos corações se
voltam para eles, suas famílias e a comunidade em geral. Paz, Salaam.”
Documento sobre a fraternidade humana
No recente documento sobre
a fraternidade humana, assinado há pouco mais de um mês nos Emirados Árabes
Unidos pelo Papa e o Grão Imame de Al-Azhar, destaca-se a importância “do
despertar do sentido religioso” especialmente nos jovens “a fim de enfrentar as
tendências individualistas, egoístas e conflituosas, o radicalismo e
fundamentalismo em todas as suas formas e manifestações”.
Evidencia-se também que “a
proteção dos lugares de culto, templos, igrejas e mesquitas, é um dever
garantido pelas religiões, pelos valores humanos, pelas leis e convenções
internacionais”.
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