São José, da descendência de Davi, como nos assegura a Escritura Sagrada, une Jesus de Nazaré à linhagem do povo eleito, o qual esperava pelo Messias. Cabe a nós, pois, pensar na benevolência de Deus, que é a de reconciliar consigo todas as coisas. Vemos que, por meio de simples e humilde carpinteiro de Nazaré, realiza-se a profecia anunciada a Davi: “Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre” (cf. 2 Sm 7, 16).
Eis um santo inigualavelmente grande, na condição de Patrono da Igreja Universal, advogado dos lares cristãos e modelo de operário, que nos ajuda em nossa esperança de realização neste mundo e no outro. Pouco sabemos sobre sua vida, mas ele foi um sinal de fecunda alegria, de tal modo suficiente para destacar, de modo inequívoco, a importância do Carpinteiro de Nazaré na história do novo povo de Deus. Em São José acreditamos, mesmo num contexto adverso ao projeto solidário do nosso bom Deus, que sua solenidade faça crescer em nós a esperança e reavive a alegria de muitos corações.
Voltemo-nos para São José, pensando na vida dos cristãos dos nossos tempos, por ocasião da Quaresma, no nosso peregrinar rumo à paixão, morte e ressurreição de Jesus, mistério luminoso que nele esperamos e cremos “contra toda esperança”, falando-nos em humilde escuta e no diálogo sincero com Deus, reconhecendo a mão de Deus, na sua vontade de salvar o mundo. Que a festividade de São José, Padroeiro do Ceará, Patrono da Igreja Universal e esposo puríssimo da mais excelsa de todas as criaturas, nos convença da mais absoluta certeza: a salvação que nos é oferecida.
Sua missão, além de ser um servo bom e fiel, contando também com o título de o último dos patriarcas, foi a de fixar, na mente e no coração dos seguidores de seu filho, o estreito laço entre o Antigo e o Novo Testamento. Na sua segura esperança, o compreendemos, pela disponibilidade, a de fazer a vontade de Deus, aceitando o cumprimento das promessas divinas, acolhendo-o como doce protetor e implorando seu socorro.
Ó São José, criatura humana extraordinária, em quem a bondade resplandeceu, ao acolher por esposa a mãe imaculada. Que com os pastores glorificaste a Deus, conforme o anúncio do Anjo Gabriel. Conduziste, da cidade de Davi ao Egito, a virgem puríssima e lá, vendo o Menino Jesus nos braços de sua mãe, adorou-o com os magos. Que, assim, possamos pronunciar bem alto: “Eis o servo fiel prudente a quem o Senhor confiou a sua casa”. Amém!
*Pároco de Santo Afonso, Jornalista, Blogueiro, Escritor e Colunista, integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – geovanesaraiva@gmail.com
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