Irmã Lúcia com o Papa São João Paulo
II / Foto: Santuário de Fátima
REDAÇÃO CENTRAL, 28 Mar. 19 / 05:00
am (ACI).-
Há exatos 112 anos, nascia em Portugal, a Irmã Lúcia de Jesus, que em 1917 foi
uma das videntes de Fátima, ao lado de seus primos, os Santos Francisco e
Jacinta Marto.
Lúcia Rosa dos Santos nasceu em
Aljustrel, no dia 28 de março de 1907, e foi batizada dois dias depois. Recebeu
a Primeira Comunhão em 30 de maio de 1913, por mediação do Pe. Cruz – de acordo
com a documentação conhecida –, impressionado com os seus conhecimentos
catequéticos.
Em suas 'Memórias', relata que em
1915 teve pela primeira vez visões de uma espécie de nuvem, com forma humana,
por três ocasiões diferentes, quando estava com outras amigas. E, a partir do
ano seguinte, Lúcia e seus primos Francisco e Jacinta receberam as manifestações
do Anjo de Portugal.
Em 13 de maio de 1917, apareceu aos
três pastorinhos a Virgem Maria e,
a partir de então, a vida deles
se transformou completamente. As crianças acolheram o apelo de Nossa
Senhora, passaram a recitar diariamente o terço, fazer sacrifícios pelos
pecadores e, durante seis meses, sempre no dia 13, comparecem ao local onde a
Virgem lhes aparecia.
Além disso, Lúcia, Francisco e
Jacinta passaram a ser constantemente interrogados sobre o que viram e acusados
de mentirem e inventarem os acontecimentos. Mas, nada disso desanimou a fé
daquelas crianças, que seguiram firmes no amor a Deus e à Nossa Senhora.
Após a última aparição em 13 de
outubro de 1917, Lúcia se recolheu no Asilo de Vilar, a conselho do Bispo de
Leiria, Dom José Alves Correia da Silva, começando assim uma vida retirada do
mundo.
Em 5 de janeiro de 1922, escreveu o
primeiro relato das aparições e, em 8 de julho de 1924, respondeu, no Porto, ao
interrogatório oficial da Comissão Canônica Diocesana nomeada por Dom José
Alves Correia da Silva, sobre os acontecimentos de Fátima.
Posteriormente, em 1925, Lúcia
ingressou na Congregação de Santa Doroteia, na Espanha, onde se deram as
aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa
Senhora e do Menino Jesus.
Desejando uma vida de maior
recolhimento para responder à mensagem que a Senhora lhe tinha confiado, entrou
no Carmelo de Coimbra, em 1948, onde se entregou mais profundamente à oração e
ao sacrifício e tomou o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração
Imaculado.
Foi neste Carmelo que Irmã Lúcia
faleceu em 13 de fevereiro de 2005. Atualmente, seus restos mortais se
encontram sepultados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de
Fátima, desde o dia 19 de fevereiro de 2006.
Durante sua vida, Ir. Lúcia respondeu
a milhares de cartas e pedidos de orações das mais variadas pessoas, entre
Papas, chefes de estado e de governo, cineastas e gente simples. Tais
correspondências foram analisadas durante a fase diocesana do processo de
canonização que chegou ao fim em 13 de fevereiro de 2017.
Agora, o processo de canonização de
Irmã Lúcia se encontra na competência direta da Santa Sé e do Papa.
Fonte:
ACI Digital
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