Na
manhã desta segunda-feira o Papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano uma
delegação da Apostolikì Diakonia, da Igreja Greco-ortodoxa, oportunidade em que
destacou os avanços na colaboração conjunta, em especial na área cultural e
educacional, mas também na pastoral familiar, "um campo que requer ser
cultivado com paixão e urgência."
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
A
colaboração existente há mais de 15 anos com o Pontifício Conselho para a
Promoção da Unidade dos Cristãos - com projetos culturais e educacionais com
a participação de jovens estudantes - e a fecunda colaboração entre
ortodoxos e católicos no âmbito da pastoral familiar, foram os aspectos
destacados pelo Papa ao receber em audiência na manhã dessa segunda-feira na
Sala dos Papas, uma delegação da Apostolikì Diakonia, guiada
pelo bispoAgathanghelos.
“Peço-lhes
logo um favor – disse Francisco no início de seu pronunciamento - transmitam,
no seu regresso a Atenas, as minhas cordiais e fraternas saudações à Sua
Beatitude Ieronymos II, que há poucos dias celebrou, no dia 16 de fevereiro, o
décimo primeiro aniversário da sua entronização”.
O Santo Padre também pediu, “por intercessão do apóstolo Paulo -
que pregou o Evangelho na Grécia e realizou o seu testemunho até o martírio
aqui em Roma - para cumular de graças o amado povo grego”.
Jovens ensinam o desejo de caminhar juntos
A colaboração existente há mais de 15 anos entre a Apostolikì
Diakonia e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos
Cristãos, teve como frutos, entre outros, “louváveis projetos culturais
e educacionais”. Este – enfatizou o Pontífice - “é um bom exemplo de como é
frutífero que católicos e ortodoxos trabalhem juntos”.
Nestas iniciativas, especialmente “jovens estudantes de nossas
Igrejas, experimentaram como o que temos em comum é muito mais do que o que nos
mantém distantes. Realizar juntos, ajuda a redescobrir-nos irmãos”, sublinhou
Francisco, que acrescentou:
“Os
jovens nos ensinam a não permanecer prisioneiros das diferenças, mas a
despertar o desejo de caminhar juntos, sonhando a superação das dificuldades
que impedem a plena comunhão. Cabe a nós continuar a caminhar juntos, a fazer
juntos, a redescobrir-nos irmãos. Passo a passo, nas coisas que fazemos,
poderemos vislumbrar, com a ajuda de Deus, sua presença de amor que nos une em
uma comunhão cada vez mais forte”.
Neste sentido, o Papa pede a graça de que se caminhe desta
forma, “não cada um em seu próprio caminho, perseguindo as próprias metas, como
se o outro fosse apenas alguém que a história colocou ao meu lado, mas como
irmãos que a Providência fez encontrar e que seguem juntos em direção ao único
Senhor, carregando os pesos um do outro, regozijando-se um pelos passos do
outro”.
Cuidado pastoral da família
A pastoral familiar – disse então o Pontífice - é um “ulterior
campo fecundo de colaboração entre ortodoxos e católicos, um campo que requer
ser cultivado com paixão e urgência”. E observa:
“Neste
tempo, caracterizado por mudanças muito rápidas na sociedade, que se refletem
em uma crescente fragilidade interior, as famílias cristãs, embora pertencendo
a diferentes áreas geográficas e culturais, são provadas por muitos desafios
semelhantes. E nós somos chamados a estar próximos deles, a ajudar as famílias
a redescobrirem o dom do matrimônio e a beleza de proteger o amor, que se
renova a cada dia na paciente e sincera partilha e na força suave da oração”.
Mesmo que a vida em família não aconteça de acordo com a
plenitude do ideal do Evangelho e não aconteça em paz e alegria, diz o Papa,
somos chamados a estar próximos a ela:
“Juntos,
portanto, no respeito das respectivas tradições espirituais, podemos colaborar
ativamente para promover, em vários contextos nacionais e internacionais,
atividades e propostas que dizem respeito às famílias e aos valores
familiares”.
Ao agradecer novamente a visita, o Papa pediu aos presentes para
que reservassem um lugar para ele em suas orações.
Fonte: Vatican News
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