Na tarde desta terça-feira, 26/2, os bispos que integram o Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) avançaram na formulação do texto-base da Campanha da Fraternidade 2020 cujo tema é “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10, 33-34). Os bispos foram convidados a sugerir mudanças na primeira parte do texto, que corresponde ao momento de ver a realidade.
A primeira versão da parte do “Ver”, ainda em processo de elaboração, está dividida em três partes: 1 – De que vida falamos; 2 – A vida que se manifesta na beleza e na alegria; 3 – Feridas que machucam e ameaçam a vida. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, pediu observações gerais ao texto. Quanto à linguagem, parte dos bispos destacou a maneira como foram apresentadas a ideias. “Estão muito agradáveis, o que vai gerar interesse pela leitura”, destacou o vice-presidente da entidade, dom Murilo Krieger.
O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom Jaime Spengler, achou importante acrescentar, dentro do bloco que fala das feridas que machucam e ameaçam a vida, o processo de robotização por qual passa a sociedade brasileira, a questão da depressão e a situação dos “órfãos filhos de pais vivos”.
Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, chamou a atenção para o fato de que a cultura atual respira muitos venenos que retiram o amor à vida. E esta campanha, em sua avaliação, propõe o caminho de se se apaixonar pela vida.
Os bispos também foram convidados a colaborar com sugestões sobre a iluminação bíblica com sugestões de textos para integrar a parte do “julgar” dos documentos que é composta também pelos textos do magistério da Igreja.
O bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Juventude, dom Vilsom Basso, sugeriu buscar no Antigo Testamento os textos que falam da dignidade da criação e do sopro do Criador; da sarça ardente e do espinheiro, em passagens que Deus se manifesta à humanidade. No Novo Testamento sugeriu incluir as parábolas de Jesus que falam da natureza: a da videira e do semeador.
Dom João Justino, arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação e Cultura, sugeriu acrescentar a parábola do jovem rico para apresentar a ideia de que atualmente a sociedade prega muito o apego aos bem materiais, fato que atrapalha as pessoas de descobrir o verdadeiro sentido da vida. Outras sugestões foram acrescentadas ao texto.
Fonte: CNBB
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