“Com
efeito, a história, estudada com paixão, pode e deve ensinar muito, em nossos
dias, tão perturbados e sedentos de verdade, paz e justiça”, disse o Papa aos
participantes no Congresso da Associação dos Professores de História da Igreja.
Manoel Tavares - Cidade do Vaticano
O Santo Padre concluiu sua série de
audiências na manhã deste sábado (12/01), no Vaticano, recebendo na Sala do
Consistório 60 participantes no Congresso da Associação dos Professores de
História da Igreja.
Com esta audiência pontifícia, a
Associação dos Professores de História da Igreja conclui seus dois dias de
trabalhos que se realizaram em Roma, sobre o tema "Atividades, Pesquisa,
Divulgação: a história da Igreja pós-conciliar", por ocasião dos seus 50
anos de fundação.
Em seu discurso aos presentes, o Papa
partiu do lema da Associação “história mestra de vida”, uma matéria que,
infelizmente, conta com poucos alunos. Por isso, agradeceu aos docentes de
História da Igreja pelo seu precioso serviço e testemunho de vida. E
acrescentou:
“Com efeito, a história, estudada
com paixão, pode e deve ensinar muito, em nossos dias, tão perturbados e
sedentos de verdade, paz e justiça. Através da história deveríamos aprender a
refletir, com sabedoria e coragem, sobre os efeitos dramáticos e malignos das
tantas guerras, que atormentaram o caminho do homem nesta Terra”.
Neste sentido, Francisco recordou que
a Itália, em particular a Igreja na Itália, é rica em testemunhos do passado!
Esta riqueza – disse - não deve ser um tesouro conservado apenas com zelo, mas
nos deve ajudar a caminhar no presente rumo ao futuro:
“A história da Igreja na Itália
representa um ponto de referência essencial para todos os que desejam entender,
aprender e apreciar o passado, sem transformá-lo em um museu ou em um cemitério
saudoso, mas torná-lo vivo e bem presente aos nossos olhos”.
Entretanto, como os senhores ensinam,
disse o Papa, “ao centro da história há uma Palavra que não é escrita e nem vem
das pesquisas humanas, mas nos é dada por Deus e é testemunhada com a vida e na
vida; uma Palavra que age na história e a transforma por dentro: esta Palavra é
Jesus Cristo”, que marcou e redimiu profundamente a história do homem, mudando
a sucessão dos anos em “antes dele” e “depois dele”. E Francisco concluiu:
“A capacidade de entrever a
presença de Cristo e o caminho da Igreja na história nos tornam humildes e nos
livram da tentação de nos refugiarmos no passado para evitar o presente”.
Assim, o Santo Padre fez votos de que
“o magistério não fácil e seu testemunho possam contribuir para contemplar
Cristo, pedra angular, que atua na história e na memória da humanidade e de
todas as culturas”. Que Ele lhes conceda a graça de experimentar sempre a sua
presença salvadora nos acontecimentos, nos documentos e nos eventos, grandes ou
pequenos.
Fonte:
Vatican News
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