As
ruas da Cidade do Panamá estão tomadas por grupos de jovens de várias partes do
mundo, com suas bandeiras e muita alegria: esta é a Jornada Mundial da
Juventude 2019!
Jackson Erpen – Cidade do Panamá
As
atenções, especialmente do mundo católico, voltam-se nestes dias para o
Panamá, pequeno país que liga a América do Sul à América Central,
escolhido pelo Papa em 2016 para sediar esta Jornada Mundial de Juventude.
Assim, Francisco retorna ao continente americano para encontrar novamente a
juventude de todo o mundo depois de 2013 no Brasil, naquela que foi sua
primeira JMJ.
O
pequeno país com pouco mais de quatro milhões de habitantes, 88% dos quais
declaram-se católicos, preparou-se para receber o Papa Francisco e os milhares
de jovens de várias partes do mundo. Há bandeiras de JMJ, do Panamá e do
Vaticano espalhadas pela cidade, e ainda obras em andamento. O evento contou
com total apoio do governo panamenho. O assunto domina os noticiários.
O clima que se percebe nas ruas é de alegria e expectativa, com
grupos de jovens vestindo a camiseta da JMJ e bandeiras de seus respectivos
países e muitos com instrumentos musicais. Muitos destes jovens vieram da Costa
Rica onde participaram da Semana Missionária. A escolha do Papa Francisco
permitiu que um maior número de centro-americanos e do norte da América
do Sul participassem desta Jornada, o que é perceptível pela quantidade de
grupos vindos de El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Venezuela e Colômbia. Se
facilitou para os americanos por janeiro ser período de férias, dificultou um
pouco para os europeus que estão em pleno período de aulas. Os poloneses são o
grupo mais numeroso, com 7.500 jovens, seguidos pelos italianos, com 1.500.
Na capital vivem quase 1 milhão e oitocentos mil habitantes. O
trânsito está caótico, fato agravado pelos bloqueios nas áreas por onde o Papa
Francisco passará e que acolherão os grandes eventos. Altos prédios com
arquitetura moderna e arrojada dominam a paisagem. Mas uma das atrações é o Casco
Antiguo, ou Panamá
Viejo, onde está o centro histórico tombado como Patrimônio da Humanidade
pela UNESCO. Nesta “segunda cidade do Panamá” estão igrejas e monumentos
históricos que remontam à época colonial. Na segunda-feira, justamente um dos
programas dos jovens foi explorar este espaço.
Mas eles também se dirigiram em grande número para outra atração
e principal fonte da economia do país - ao lado das atividades internacionais
bancárias: o Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico ao Pacifico, sendo a
rota por excelência da navegação comercial.
Para ver a importância estratégica da localização geográfica do
Panamá, basta recordar que foi fundado em 1519 como base para as expedições ao
Império Inca, tornando-se a rota de passagem do ouro e da prata que os
espanhóis extraíam da América do Sul. No ano de 1671, a cidade foi incendiada
por piratas, sendo completamente destruída e reconstruída 8 km mais longe da
cidade original.
Em 1821 o Panamá ficou independente da Espanha unindo-se à República
da Colômbia, da qual declarou-se independente em 13 de novembro de 1903. No
mesmo ano, assinou com os Estados Unidos o tratado para a construção de um
canal para a navegação transoceânica, que ficou pronto em 1914. Em 1977 foi
assinado um novo tratado que previa a retirada dos estadunidenses da
administração do canal até o ano 2000. Se por um lado perdeu os 300 milhões de
dólares de financiamento anual, por outro com esta transferência, o Panamá pôde
ficar com os recursos cobrados pelas travessias dos navios.
A Diocese de Santa Maria de Antigua foi fundada em 9 de setembro
de 1513, com a Bula “Pastoralis Officii Debitum” do Papa Leão X. Foi a primeira
na área do continente, tendo como primeiro bispo Dom Juan de Quevedo O.F.M.
Atualmente o rebanho é de 1.727.000 católicos distribuídos em 94 paroquias. O
arcebispo da Cidade do Panamá é Dom José Domingo Ulloa Mendieta.
A recordar, que São João Paulo II visitou o Panamá em março de
1983. O Papa Wojtyla que é um dos padroeiros desta JMJ, ao lado de Santa Rosa
de Lima, São Oscar Romero, São João Bosco, São José Sanchez del Río, beata
María Romero Meneses, São Juan Diego e São Martin de Porres.
Da Cidade do Panamá para a Rádio Vaticano – Vatican News,
Jackson Erpen
Fonte; Vatican News
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