sábado, 26 de janeiro de 2019

MARIA É A MULHER FORTE DO "SIM" QUE DÁ ESPERANÇA, DIZ PAPA NA VIA-SACRA DA JMJ 2019



Papa Francisco no Campo Santa Maria la Antigua, no Panamá. Foto: Flickr JMJ Panamá 2019

PANAMÁ, (ACI).- O Papa Francisco presidiu a Via-Sacra da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Panamá 2019. no Campo Santa Maria la Antigua, onde ofereceu uma reflexão sobre a Virgem como a mulher forte que sustenta, abraça e dá esperança.
Diante de centenas de milhares de peregrinos e depois de ter meditado cada uma das estações da Via-Sacra, o Santo Padre fez uma reflexão na qual ressaltou o papel da Mãe de Deus.
"Contemplemos Maria, mulher forte. D’Ela, queremos aprender a ficar de pé junto da cruz. Com a sua mesma decisão e coragem, sem evasões nem miragens. Ela soube acompanhar o sofrimento de seu Filho, vosso Filho; apoiá-Lo com o olhar e protegê-Lo com o coração. Que dor sofreu! Mas não A abateu. Foi a mulher forte do ‘sim’, que apoia e acompanha, protege e abraça. É a grande guardiã da esperança", disse o Santo Padre.
"Também nós queremos ser uma Igreja que apoia e acompanha, que sabe dizer: estou aqui, na vida e nas cruzes de tantos cristos que caminham ao nosso lado".
De Maria, continuou o Papa, "aprendemos a dizer ‘sim’ à resistência forte e constante de tantas mães, tantos pais, avós que não cessam de apoiar e acompanhar os seus filhos e netos quando estão com problemas".
"D’Ela, aprendemos a dizer ‘sim’ à paciência obstinada e à criatividade daqueles que não desanimam e recomeçam do princípio nas situações em que tudo parece estar perdido, procurando criar espaços, ambientes familiares, centros de atenção que sejam uma mão estendida nas dificuldades".
“Em Maria – prosseguiu – aprendemos a força para dizer ‘sim’ àqueles que não se calaram nem calam perante uma cultura dos maus-tratos e abuso, do descrédito e agressão, e trabalham para proporcionar oportunidades e condições de segurança e proteção".
Francisco ressaltou também que na Virgem Maria "aprendemos a acolher e hospedar todos aqueles que foram abandonados, que tiveram de sair ou perder a sua terra, as raízes, a família e o emprego".
"Pai, como Maria, queremos ser Igreja que favoreça uma cultura que saiba acolher, proteger, promover e integrar; que não estigmatize e, menos ainda, generalize com a condenação mais absurda e irresponsável que é ver todo o migrante como portador de mal social".
Depois de pedir a Deus que os cristãos sejam pessoas que acompanhem com ternura os outros, o Papa Francisco pediu ao Senhor que ensine os fiéis a " estar ao pé da cruz, ao pé das cruzes; despertai nesta noite os nossos olhos, o nosso coração; resgatai-nos da paralisia e da confusão, do medo e do desespero".
"Pai, ensinai-nos a dizer: estou aqui juntamente com o vosso Filho, juntamente com Maria e tantos discípulos amados que desejam acolher o vosso Reino no seu coração", pediu o Pontífice.
O Papa também encorajou a não cair na tentação da "cultura do bullying, do assédio, da intimidação, do deboche com os frágeis".
Além disso, o Santo Padre expressou que "a Via-Sacra do vosso Filho prolonga-se em tantos jovens e famílias que, absorvidos numa espiral de morte por causa da droga, do álcool, da prostituição e do tráfico humano, ficam privados não só do futuro, mas também do presente. E, assim como repartiram as vossas vestes, Senhor, acaba repartida, maltratada a sua dignidade".
Esta Via-Sacra, lamentou o Papa, também "prolonga-se numa sociedade que perdeu a capacidade de chorar e comover-se à vista do sofrimento".
Diante desta dor, o Pontífice questionou: "E nós, Senhor, que fazemos? Como reagimos à vista de Jesus que sofre, caminha, emigra no rosto de tantos amigos nossos, de tantos desconhecidos que aprendemos a tornar invisíveis?".
Francisco também questionou aos peregrinos presentes: "Nos animamos a permanecer ao pé da cruz, como Maria?".
Esta atividade encerrou o quarto dia da JMJ Panamá 2019. Para amanhã está programada a Missa com a dedicação do altar da Catedral Basílica de Santa Maria la Antigua e a Vigília com os jovens.

Fonte ACI Digital

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