REDAÇÃO CENTRAL, 21 Jan. 19 / 04:00 am (ACI).-
Em 21 de janeiro, celebra-se a Festa de Santa Inês, padroeira das jovens, das
noivas, das prometidas em matrimônio, da pureza e dos jardineiros. Em relação à
santa, surgiu o costume dos cordeiros brancos, cuja lã se utiliza para fazer os
pálios dos Arcebispos.
Seu nome em latim é “Agnes”, associado a “agnus”, que significa
cordeiro. Segundo a história mais conhecida, Santa Inês era uma jovem formosa,
rica e pretendida por muitos nobres romanos. Não aceitou nenhum, expondo que já
estava comprometida com Cristo. Então, acusaram-na de ser cristã.
Foi levada a um prostíbulo, mas anjos e sinais celestes a
protegeram. Então, puseram-na em uma fogueira que não a queimou. Finalmente,
foi decapitada no ano 304. Constantina, a filha do imperador Constantino, edificou uma basílica dedicada a
ela na Via Nomentana e sua festa começou a ser celebrada em meados do século
IV.
No tratado de Santo Ambrósio sobre as virgens, lê-se que por
tradição sabe-se que Santa Inês morreu aos doze anos. Antes de seu martírio,
manteve-se “inalterável ao ser arrastada por pesadas e estridente correntes”.
“Não tinha ainda idade para ser condenada, mas estava já madura
para a vitória… Assim, foi capaz de dar fé das coisas de Deus uma menina que
era incapaz legalmente de dar fé das coisas humanas, porque o Autor da natureza
pode fazer que sejam superadas as leis naturais”, disse Santo Ambrósio.
Diz-se que o carrasco fez o possível para assustá-la e atrai-la
com adulações porque muitos desejaram se casar com ela, mas Santa Inês
respondeu: “Seria uma injúria para meu Esposo esperar a ver se eu gosto de
outro; Ele me escolheu primeiro, Ele me terá. O que esperas, verdugo, para
lançar o golpe? Pereça o corpo que pode ser amado com uns olhos aos quais não
quero”.
A santa rezou e dobrou a nuca ante o verdugo que tremia a mão
direita para dar o golpe, mas ela permanecia serena. “Em uma só vítima teve
lugar um duplo martírio: o da castidade e o da fé. Permaneceu virgem e obteve a
glória do martírio”, concluiu Santo Ambrósio.
Santa Inês é representada como uma menina ou jovem orando, com
diadema na cabeça e uma espécie de estola sobre os ombros, em alusão ao pálio.
É acompanhada por um cordeiro aos seus pés ou em seus braços e rodeada de uma
pira, espada, palma e lírios.
Fonte: ACI Digital
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