“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fiel à sua missão profética, sente que é sua obrigação manifestar-se sempre quando a vida humana nascente é ameaçada”. A frase está na apresentação do livro “Em defesa da vida”, uma publicação da editora Edições CNBB com várias mensagens e notas, pronunciamentos e declarações sobre o aborto.
A publicação traz uma série de textos oficias da Presidência, Conselhos Pastorais, da Assembleia Geral e participações de representantes da entidade em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF).
Há vários pronunciamentos em defesa dos nascituros e da família e contra o aborto, principalmente dirigidas ao Poder Legislativo e à sociedade como um todo, iniciando com um comunicado da Presidência da CNBB datado de 1973. Há também um pedido de apoio a uma Proposta de Emenda à Constituição, de 1995, que sugeria o acréscimo das palavras “desde a sua concepção” ao caput do artigo 5º da Constituição Federal de 1988.
Nos últimos 19 anos, as notas foram mais frequentes e começaram a se dirigir ao STF, onde diversas tentativas de descriminalização do aborto começaram a ser impetradas, algumas com êxito, como o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 54. “Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como morto cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções”, lamentou a CNBB em 12 de abril de 2012.
O arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger, recorda que a Igreja tem consciência de que faz parte de sua vocação defender o ser humano contra tudo aquilo que poderia porventura corrompê-lo ou rebaixá-lo. “É sua vocação defender a vida, que é um dom e uma responsabilidade”, ressalta.
“O cristão tem consciência da gravidade do mandamento de Deus: ‘Não matarás’ (Ex 20,13) e é guiado por uma certeza: sua vida eterna dependerá daquilo que, com a graça de Deus, fizer com sua vida sobre a terra”, exorta.
Dom Murilo ainda sublinha a argumentação que pede a liberalização do aborto considerando que tal permissão “não violaria a consciência de ninguém, pois cada um ficaria livre para seguir a própria opinião a respeito”. Para o vice-presidente da CNBB, no entanto, este linha de pensamento configura o pluralismo ético “reivindicado como consequência normal do pluralismo ideológico”. Contudo, prossegue, “não se pode invocar a liberdade de opinião para lesar os direitos dos outros, especialmente seu direito à vida”.
https://www.edicoescnbb.com.br/em-defesa-da-vida-textos-oficiais-da-cnbb-sobre-o-aborto
Fonte: CNBB
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