Neste
segundo Domingo do Advento o Evangelho nos apresenta a figura de João Batista,
que "percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão
para o perdão dos pecados".
Silvonei José - Cidade do Vaticano
Neste segundo Domingo do Advento o Papa
Francisco rezou ao meio-dia a oração mariana do Angelus com os fiéis e
peregrinos de todas as partes do mundo reunidos na grande Praça São Pedro,
embelezada pelos símbolos do Natal: o presépio e a árvore de Natal.
Depois de recordar que no último domingo
a liturgia nos convidava a viver o tempo do Advento e da espera do Senhor com a
atitude de vigilância, neste segundo domingo do Advento, disse o Papa, nos vem
indicado como dar substância a essa espera: empreendendo um caminho de
conversão.
Como guia para este caminho, -
continuou Francisco - o Evangelho nos apresenta a figura deJoão Batista,
que "percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão
para o perdão dos pecados". Para descrever a missão do Batista, o
evangelista Lucas recolhe a antiga profecia de Isaías: "Esta é a voz
daquele que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas
veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas”.
"Para preparar o caminho para o
Senhor que vem, é necessário levar em conta as exigências da conversão a que o
Batista nos convida. Antes de mais nada, somos chamados a recuperar os buracos
produzidos pela frieza e pela indiferença, abrindo-nos aos outros com os mesmos
sentimentos de Jesus, isto é, com a cordialidade e a atenção fraternas que se
responsabiliza pelas necessidades do nosso próximo, isto é recuperar os buracos
produzidos pela frieza. E não se pode ter uma relação de amor, de caridade, de
fraternidade com o próximo se há buracos, como não se pode caminhar por um
estrada com muitos buracos. E tudo isso fazer com um cuidado especial para com
os mais necessitados"
Então, - prosseguiu Francisco -
precisamos reduzir tantas severidades causadas pelo orgulho e pela
soberba, fazendo gestos concretos de reconciliação com os nossos irmãos,
pedindo perdão pelas nossas faltas. Não é fácil reconciliar-se, acrescentou o
Papa, se se pensa, quem irá dar o primeiro passo? O Senhor nos ajuda nisto se
temos boa vontade.
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"A conversão, na verdade, é
completa se leva a reconhecer humildemente os nossos erros, as nossas
infidelidades e omissões".
O fiel, sublinhou o Papa na sua
alocução antes de rezar o Angelus -, é aquele que, estando próximo de seu
irmão, como João Batista abre estradas no deserto, ou seja, indica perspectivas
de esperança mesmo naqueles contextos existenciais impenetráveis, marcados pelo
fracasso e pela derrota.
"Não podemos nos render a
situações negativas de fechamento e rejeição; não devemos nos deixar sujeitar à
mentalidade do mundo, porque o centro da nossa vida é Jesus e a sua palavra de
luz, de amor, de consolação".
O Batista convidava as pessoas de seu
tempo à conversão com força, vigor e severidade. No entanto, ele sabia ouvir,
sabia como realizar gestos de ternura e de perdão para com as multidões de
homens e mulheres que iam até ele para confessar seus pecados e serem batizados
com o batismo de penitência.
Seu testemunho de vida, - acrescentou
o Papa - a pureza de seu anúncio, a sua coragem em proclamar a verdade
conseguiram despertar as expectativas e esperanças do Messias que há muito
tempo estavam adormecidas. Ainda hoje, os discípulos de Jesus são chamados a
ser suas humildes mas corajosas testemunhas para reacender a esperança, para
fazer entender que, apesar de tudo, o reino de Deus continua a ser construído
dia a dia com o poder do Espírito Santo.
Pensemos, cada um de nós – disse Francisco
–, “como eu posso mudar algo no meu comportamento para preparar o caminho do
Senhor?
Que
a Virgem Maria – concluiu o Santo Padre -, nos ajude a preparar dia após dia o
caminho do Senhor, começando por nós mesmos; e a espalhar em torno a nós, com
tenaz paciência, sementes de paz, de justiça e de fraternidade.
Fonte: Vatican News
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