Em
sua homilia na missa matutina, o Papa comentou o Evangelho do dia, extraído de
Lucas, sobre a Igreja e a chegada do Reino de Deus. “A Igreja cresce no
silêncio, é o estilo eclesial”, disse o Papa.
Barbara Castelli – Cidade do Vaticano
A
Igreja cresce “na simplicidade, no silêncio, no louvor, no sacrifício
eucarístico, na comunidade fraterna, onde todos amam e não se prejudicam”. Foi
o que disse o Papa Francisco ao celebrar a Missa na capela da Casa Santa Marta.
Comentando o episódio do Evangelho do dia, de Lucas (Lc 17,20-25), o Pontífice
reiterou que “o Reino de Deus” não é um espetáculo e cresce no silêncio.
As boas obras não fazem notícia
A Igreja, portanto, se manifesta “na Eucaristia e nas boas
obras”, mesmo que aparentemente não “são notícia”. A Esposa de Cristo tem um
temperamento silencioso, gera frutos “sem fazer barulho”, sem “tocar a trombeta
como os fariseus”.
O
Senhor nos explicou como cresce a Igreja com a parábola do semeador. O semeador
semeia e a semente cresce de dia, de noite... – Deus provoca o crescimento – e
depois se veem os frutos. Mas isto é importante: primeiro, a Igreja cresce em
silêncio, escondida; é o estilo eclesial. E como se manifesta na Igreja?
Através dos frutos das boas obras, para que as pessoas vejam e glorifiquem o Pai
que está no céu – afirma Jesus – e na celebração – o louvor e o sacrifício do
Senhor – isto é, na Eucaristia. Ali se manifesta a Igreja; na Eucaristia e nas
boas obras.
A tentação da sedução
“A Igreja cresce por testemunho, por oração, por atração do Espírito
que está dentro – insistiu o Papa na homilia – não pelos eventos”. Certamente
que eles ajudam, mas “o crescimento da Igreja, que dá fruto, é em silêncio,
escondido com as boas obras e a celebração da Páscoa do Senhor, o louvor de
Deus”.
O
Senhor nos ajuda a não cair na tentação da sedução. “Gostaríamos que a Igreja
fosse mais visível; o que podemos fazer para que seja vista?” Eh! E normalmente
se cai numa Igreja dos eventos que não é capaz de crescer em silêncio com as
boas obras, escondido.
O espírito do mundo não tolera o martírio
Num mundo onde com frequência se cede à tentação de fazer
espetáculo, da mundanidade, do aparecer, Francisco recordou que também Jesus
ficou lisonjeado por essas fragilidades, mas Ele escolheu “o caminho da
pregação, da oração, das boas obras”, “da cruz” e “do sofrimento”.
A
Cruz e o sofrimento. A Igreja cresce também com o sangue dos mártires, homens e
mulheres que dão a vida. Hoje existem muitos. Curioso: não são notícia. O mundo
esconde isso. O espírito do mundo não tolera o martírio, o esconde.
Veja um trecho da homilia do Santo Padre
Fonte: Vatican News

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