A Igreja no Brasil, por meio de seus organismos, estará reunida em Aparecida (SP), entre os dias 22 e 25 de novembro, durante a 9ª Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus. O evento terá a participação das entidades que congregam os bispos (CNBB), padres (CNP), diáconos (CND), religiosos e religiosas (CRB), consagrados seculares (CNIS) e os cristãos leigos e leigas (CNLB).
O evento marca o encerramento, carinhosamente denominado como a “culminância” do Ano Nacional do Laicato. “A Sinodalidade da Igreja e o protagonismo dos cristãos leigos e leigas” foi o tema escolhido para motivação e aprofundamento nesta ocasião na qual o corpo eclesial estará refletindo e celebrando a presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil, como aponta a carta convite.
No texto, enviado ainda no momento de preparação, os presidentes dos organismos manifestaram o desejo de que a assembleia “possa ser um rico momento onde aconteça a manifestação dos ‘vários sujeitos eclesiais e contribua para a consciência e o testemunho de comunhão como Igreja no Brasil’”, citando o Documento 105 da CNBB, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”.
Alguns dos presidentes de organismos, entrevistados pelo Portal da CNBB, ressaltam a pertinência da temática da sinodalidade neste contexto eclesial, principalmente no momento em que o papa Francisco promove “a Igreja sinodal”.
Nós estamos fazendo a retomada de uma caminhada, já são nove anos sem a realização da Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus. E ela retorna com uma temática muito forte e muito cara para a Igreja hoje que é essa chamada que o papa Francisco tem feito para uma Igreja sinodal, tanto que a nossa temática será a “Sinodalidade da Igreja e o protagonismo dos cristãos leigos e leigas”. São dois eixos de reflexão que o papa Francisco tem insistido, que é uma Igreja sinodal e que os cristãos leigos e leigas sejam efetivamente protagonistas da evangelização. Então, nesta perspectiva, nós esperamos reabrir novos caminhos, novas possibilidades de uma caminhada conjunta com toda a Igreja.
– Marilza José Lopes Schuina | Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB)
A Igreja fala e o papa também tem falado bastante a respeito da Sinodalidade da Igreja, que nada mais é que essa comunhão entre os vários organismos, tanto o magistério da Igreja, quanto o povo de Deus, todos aqueles que tem uma missão na Igreja. E ela é muito importante para que a gente possa caminhar com mais unidade e possa se fortalecer também. Então, para nós dos Institutos Seculares, é muito importante essa assembleia.– Aparecida de Guadalupe Cafaro | Conferência Nacional dos Institutos Seculares (CNIS)
Sempre um momento muito importante o reencontro, ainda mais quando há a possibilidade de nos reunirmos como organismos do povo de Deus. Aquilo que o Concilio Vaticano II resgatou, essa Igreja toda ministerial, esse é o grande momento de celebrar a unidade, a integração de todas as vocações, ordenados, religiosos, consagrados, leigos e fazer uma reflexão da realidade da Igreja no Brasil hoje. Então, é sempre um momento muito importante, muito bonito que há muito tempo está sendo buscado esse encontro, que finalmente vai acontecer. A importância de abordar a sinodalidade estar em retomar a reflexão porque o que a gente percebe é que foram muitos anos sem haver este encontro e aí ficou cada um em seu segmento. E essa sinodalidade é integração, unir todos, unir forças sempre mais e assim, crescermos dentro desse mundo hoje, tão digitalizado, tão individualizado. É o momento de nós, frente a frente, juntos, dialogarmos, tentarmos crescer e ver o que a Igreja espera de nós, como Igreja povo de Deus.
– Diácono Zeno Konzen | Comissão Nacional dos Diáconos (CND)
Primeiro, é um momento muito importante de resgate, porque, como nós sabemos, já faz alguns anos que não existe a Assembleia dos Organismos. E segundo, porque nós retornamos e retomamos essa atividade porque envolve todos os organismos: os presbíteros, os leigos, os bispos, os diáconos, os consagrados, as religiosas. Então é um momento de partilha, de reflexão, de retorno para as comunidades de base, para a reflexão no sentido de que nós somos uma Igreja em missão, estamos nesta longa caminhada. Isso faz com que nos sintamos mais próximos do povo e mais responsáveis diante da nossa missão de cristãos e consagrados que somos.
– Padre José Adelson Rodrigues | Comissão Nacional de Presbíteros (CNP)Nós temos percebido que toda a responsabilidade da Igreja jogam muito nas costas da CNBB, dos bispos, sendo que a Igreja não é só a CNBB. Os organismos do povo de Deus são essas forças vivas desta Igreja. Então, valorizar os leigos, os religiosos e religiosas, os diáconos, a vida consagrada, os institutos seculares, os padres, todos juntos que formam esse corpo. Essa assembleia é exatamente para dar essa força dos organismos, das forças vivas da Igreja. Por isso, é importante essa assembleia, e não se pode deixar passar muito tempo sem esses organismos se reunirem para dar as diretrizes num sentido mais amplo, para além das Diretrizes da CNBB, mas como também para participar, fomentando, ancorando todo esse trabalho que a Igreja produz.– Dom Severino Clasen | Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato da CNBB
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